A missa, como toda celebração cristã é ação simbólica e ritual, uma reunião festiva, um encontro e não uma simples reza, ou ação devocional!
E quem é sujeito desta ação, quem participa desta reunião, quem realiza este encontro?
Podemos afirmar que a Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo é que toma a iniciativa nesta ação e se mantém com agente invisível, atuando em nós, e através de nós, seu povo reunido. Somos então o sujeito visível desta ação realizada em conjunto com Deus. Ele nos convida, nos convoca para que, reunidos como irmãos e em seu nome, celebremos com Ele uma aliança de amor e compromisso.
A primeira resposta que damos a esta convocação é nossa decisão interior, alegre e convicta de sair de casa e caminhar para o local da celebração. Nossos passos, nossa caminhada pessoal feita no decorrer da semana, junta-se com a caminhada comunitária e social de tantos que peregrinam pelas estradas do mundo em busca de justiça, fraternidade e paz. Junta-se também com todo o universo. Temos aí a primeira ação simbólica, abrindo a celebração. São os ritos iniciais.
Ao chegar, é o próprio Deus que nos acolhe nos gestos fraternos das pessoas que prepararam com carinho o local, das pessoas que estão à porta nos recebendo afetuosamente, das que criam um clima alegre de entrosamento e oração, ensaiando os cantos para que toda a assembléia, constituindo-se com Cristo, um só corpo, entoe numa só voz, o louvor pascal ao Pai.
É o Senhor Ressuscitado na pessoa de quem preside que, de coração, nos saúda, abre a reunião em nome da Trindade, acolhe com amor os motivos que trazemos para celebrar e apresenta-os em oração ao Pai na comunhão do Espírito Santo.
Nossa resposta é primeiro uma benção, uma “bendição” a Deus que nos congrega pelo Espírito Santo, em Cristo: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. A seguir, pelo ato penitencial, confessamos a bondade e a misericórdia de deus que sempre ultrapassa nossas falhas e pecados. No tempo pascal e aos domingos renovamos nosso compromisso batismal com o rito de aspersão com água.
O encontro não é só de Deus com seu povo ou de irmãos entre si. A celebração é também o encontro do povo com seu Deus. Ele nos chama, nos reúne e nós, chegamos, nos apresentamos, ainda que pecadores, para escutar sua palavra, proclamar sua ação salvadora e firmar nova aliança em seu amor.
Os ritos iniciais são um conjunto de vários elementos: procissão e canto de entrada, beijo do altar, saudação, recordação dos fatos da realidade, aspersão com água, retomando o batismo, ou ato penitencial, ou abraço da paz, a ladainha do “Senhor, tente piedade de nós”, o canto de “Glória”.
O ponto alto e elemento indispensável dos ritos iniciais é a oração inicial, feita por quem preside, após oração silenciosa da assembléia que se dispõe a entrar em dialogo com Deus no rito da palavra.
Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB
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