Jesus lembra aos seus seguidores que o discipulado é opção, acima de tudo, por Deus e pelo seu reino. O dinheiro é rival irreconciliável com o Deus verdadeiro, que é doador generoso. Jesus quer ver os seus seguidores livres da preocupação excessiva com comida e roupa. Eles são convidados a olharem os pássaros do céu e os lírios do campo e perceberem o cuidado de Deus com a sua criação, e, mais ainda, com o ser humano. A cobiça está profundamente ligada à ansiedade e leva a pessoa a ser possuída por seus bens, mais do que a possuí-los. O que está em jogo é a concentração nos valores do reino e a confiança em Deus.
Vivemos num mundo em que, cada vez mais, consumir parece ser a meta fundamental para ser feliz. A pessoa fica dividida entre o seu desejo mais profundo e as “coisas” que o mercado oferece. Há uma profunda relação entre a procura do reino e o desapego das preocupações consumistas que a sociedade nos impõe pela propaganda e pela ideologia individualista. Esse apelo nada tem a ver com o desencanto pela vida e pelas coisas que ela oferece. Jesus nos ensina a mudar o objeto da preocupação e colocar o reino como valor absoluto.
Na assembléia litúrgica, expressamos esta opção fundamental por Deus e pelo seu reino e recebemos o seu carinho na palavra que nos orienta e na mesa que sacia a nossa sede e fome de amor e de felicidade.
Retirado da Revista de Liturgia
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