Enquanto
o inimigo tenta nos derrubar, seguimos com os olhos no Alto, vivendo na mais
legítima esperança: estamos caminhando para Céus Novos e uma Terra Nova, que
estão muito próximos. E o Senhor nos trará a humanidade nova, onde toda lágrima
se enxugará e todo joelho se dobrará diante de Deus.
“Filhinhos,
esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o anticristo vem. Eis que já há
muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora. Eles saíram dentre
nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente
conosco. Mas isso se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos” (1 Jo
2,18-19).
Se a
época de João era o começo dos últimos dias, agora estamos nos últimos
momentos, na última hora. Como nos alerta a Palavra de Deus, precisamos ficar
atentos, pois muitos anticristos estão surgindo em nosso meio.
O
Filho de Deus deixou, nesta terra, a semente do Reino do Céu, que durante anos
germinou e floresceu. Em nossos dias, encontramo-nos diante de duas realidades:
há a semente que o demônio semeou, cujos frutos são um mundo sem Deus, semeadas
por Jesus, que, de maneira pobre e humilde, regou-a com Sua Palavra e Seu
Sangue. O Senhor, cuja semente é de paz e fraternidade, foi arrebatado pelo Pai
e levado de volta para o céu, onde aguarda a separação do joio e do trigo:
“Na
hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no
meio do trigo e partiu. O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o
joio. Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: – Senhor, não
semeaste bom trigo em teu campo? Donde vem, pois, o joio? Disse-lhes ele: – Foi
um inimigo que fez isto! Replicaram-lhe: Queres que vamos e o arranquemos? Não,
disse ele; arrancando o joio, arriscais a tirar também o trigo. Deixai-os
crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores:
arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o
trigo no meu celeiro” (Mt 13,25-30).
Duas
sementes foram plantadas: a semente do Reino, plantada pelo Pai, e a semente do
joio, plantada pelo demônio. Quando os operários perceberam que o joio crescia
com o trigo, ficaram espantados, pois não souberam explicar a sua origem.
Receberam a orientação: “Você não devem tentar arrancar o joio antes da
colheita, senão fatalmente irão arrancar junto o trigo. Deixem que o joio e
trigo cresçam juntos”.
O
termo “julgar” era muito utilizado pelas
gerações passadas para definir um trabalho de separação de dois opostos, do bom
e do ruim, como fazemos com o feijão antes de cozinhá-lo: separam-se os feijões
carunchados de um lado e os sadios de outro. O Senhor está voltando para julgar
a terra. Alegre-se, pois toda a sujeira irá embora. Todos aqueles que não
possuem amor no coração serão colocados de lado. Não seremos nós que
realizaremos isso, mas o Senhor que virá para fazer o julgamento: a separação!
O
Pai, então, mandará os anjos do céu para arrancar o joio. Isso acontecerá no
tempo de Deus. Por enquanto, cabe a nós suportar as críticas e humilhações
provenientes dos que não temem ao Senhor.
Precisamos
ser um povo tenaz, que aguarda ansiosamente pelo Senhor. Não podemos estar
despreparados, portanto decida-se pelo Senhor e assuma e sua posição de
combatente: “Desperta, tu que está dormindo, levanta-te dentre os mortos, e
Cristo te iluminará” (Ef 5,14).
Monsenhor
Jonas Abib
Artigo
extraído do livro ‘Combatentes na Esperança’
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