A Primeira Leitura da
Missa de hoje nos apresenta o exemplo da rainha Ester, que, ao temer o perigo
de morte que se aproximava, ela foi buscar refúgio no coração do nosso Deus, se
prostrou diante do Senhor e fez uma
oração fervorosa do amanhecer até que a noite chegasse. Pediu que Deus
interviesse em favor do seu povo, que Ele livrasse, socorresse e ajudasse o seu
povo. ”Livra-nos, Senhor, das mãos dos nossos inimigos. Transforma, Senhor, o
nosso luto em alegria e as nossas dores em bem-estar” (Ester 4, 17ss).
Ester, para nós, é o
exemplo da mulher intercessora, do homem intercessor, daquele que se coloca na
presença de Deus e acredita que tudo pode ser mudado, tudo pode ser alcançado
pela força da oração. A oração confiante não é a oração daquela pessoa que é
conformista, que diz assim: ”Não, tem que ser assim, vai ser assim, não tem
mais jeito!”. Não existe isso para aquele que confia em Deus! Claro que a
oração, ao mesmo tempo que nos ajuda a vivermos situações que não conseguimos
mudar, também movimenta o céu, movimenta o coração de Deus, por isso ela
alcança milagres. Coisas que nós achamos que não têm mais jeito, eu tenho que
dizer a você e ao seu coração que elas têm jeito sim [com a oração]!
Imagina, se nós que não
somos pessoas tão boas, quando nossos filhos insistem muito conosco, cedemos
aos pedidos deles só para nos ver livres da chateação deles. Imaginem o Nosso
Pai o que não fará para mudar até coisas naturais que, muitas vezes, irão
acontecer [para nos socorrer].
Como nós precisamos de
intercessores nos dias de hoje! Não de intercessores desesperados, sem
confiança, mas de intercessores que sejam sóbrios, confiantes, que sabem que Deus
é o refúgio seguro. De intercessores que se prostrem no chão, que supliquem à
mão poderosa de Deus que nos livrem dos males deste mundo, das tragédias, das
desgraças. Precisamos de intercessores que supliquem a oração do livramento,
porque, ao vermos coisas ruins acontecerem, nós simplesmente podemos lamentar.
Lamentamos muito, mas
oramos muito também e precisamos orar mais ainda, pedir mais ainda, suplicar
mais ainda a luz de Deus sobre as situações difíceis que nossa família, que a
nossa casa, que nosso filho ou que algum parente esteja enfrentando. Desespero
não salva nem ajuda ninguém, pode até fazer as coisas piorarem, mas a oração
suplicante e confiante daquele que se coloca nos braços de Deus faz milagres e
transforma coisas ruins em boas.
Que sejamos homens e
mulheres da oração que movimenta o coração de Deus!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
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