A rainha Ester, tão
humilde, tão temente a Deus, vendo o perigo da morte se aproximar, aproximou-se
do Senhor e não da morte. Veja que maravilha! Quando nós vemos o medo, o
perigo, as situações difíceis se aproximarem de nós, não precisamos nos
aproximar deles, mas do Senhor, e nos colocarmos diante da Sua presença e buscarmos
n’Ele o nosso refúgio.
A rainha Ester
prostrou-se por terra, de manhã até o anoitecer, e suplicou ao Deus de Abraão,
ao Deus de Isaac e de Jacó, exaltou o Senhor Nosso Deus, pedindo perdão pelos
seus pecados. Ela suplicou, implorou a intervenção divina, a mão e a ação do
Pai.
Amados irmãos e irmãs,
aprendemos com a rainha Ester, com tantos homens e mulheres das Sagradas
Escrituras, sobretudo com Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que a oração
movimenta o céu, chega ao colo de Deus. Temos de aprender que a nossa oração
precisa ser suplicante, de quem bate para a porta se abrir, de quem procura
para poder achar, a oração de quem pede para ser dado.
Não deixemos, meus
irmãos, de sermos insistentes, persistentes e suplicantes. Acima de tudo, de
sermos confiantes. Não adianta fazermos a oração do desespero. Quando a morte
se aproximou da rainha Ester, ela não se jogou no pranto do desespero, mas no
pranto da confiança no Senhor. Ela suplicou sem cessar, entregou-se de alma e
coração ao Senhor Nosso Deus.
Quem dera que todos
nós, diante das diversas circunstâncias da vida, fizéssemos a oração de
confiança e súplica! O modo de nos relacionarmos com Deus, quando vêm as
provações e situações difíceis é, para alguns, de desespero. Algumas pessoas
recorrem a meios nada santos ou saudáveis para a vida humana; outros se deixam
corromper por práticas condenadas por Deus, desesperam-se e aceitam o “tudo
vale” para resolver as situações da vida.
Aquele que é do Senhor
coloca n’Ele sua confiança. Aquele que não quer simplesmente viver, mas viver
em Deus, busca n’Ele a razão para sua vida. Por isso, meus irmãos, que a nossa
oração seja cada vez mais uma oração de um filho que confia no pai, pois sabe
que este lhe dá coisas boas, dá a seu filho o que ele pede quando está
necessitado. Sejamos um bom filho, que sabe confiar e sabe quem é o pai que
tem.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
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