Jesus estava exercendo
Seu ministério público, atuando no meio do povo, anunciando o Reino de Deus,
curando, libertando e fazendo a graça do Pai acontecer. Nem sempre Ele era bem
recebido e aceito, sobretudo entre seus conhecidos e parentes. Conheciam Jesus
desde pequeno, conheciam Sua humanidade; e quando conhecemos uma pessoa desde
muito cedo, nós o tratamos como um de nós; algumas vezes, até como menos do que
nós.
Escutamos o conselho de
todo mundo, menos da mãe e do pai. Damos atenção para todos, menos para o irmão
da própria casa. Gostamos demais do padre da outra comunidade, e só enxergamos
os limites do nosso padre e do nosso pastor. Muitas vezes, valorizamos o que é
de fora e não sabemos valorizar a riqueza de dentro; assim, desprezamos uns aos
outros, porque não sabemos colher e acolher o bom de quem está ao nosso lado.
Meu filho, escute seu
pai e sua mãe. Por mais defeitos, limites e fragilidades que possam ter, eles
são os profetas da sua casa. “Ah, meu pai é desse jeito!”. Relativize, dê
desconto, peneire o que não edifica e fique com o que é bom. Não despreze seu
pai e sua mãe, aqueles que estão próximos de você, porque o outro eles têm
sempre algo a ensinar, estão ao nosso lado!
Precisamos apanhar na
vida para aprendermos a ter juízo. Escutamos, nossa vida inteira, nossa mãe nos
ensinar, mas, como era a mãe falando, ficávamos bravos, pulávamos,
esperneávamos; mas, depois que apanhávamos da vida, damos valor à palavra de
nossos pais. A nossa memória nos diz: “Bem que a minha mãe falou!”.
Que aprendamos, hoje, o
que muitos judeus não aprenderam: não souberam acolher os profetas da própria
terra, da própria casa. Que saibamos acolher os que estão próximos de nós e
fiquemos com a sabedoria que vem do coração de cada um!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
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