O primeiro
domingo da Quaresma nos ajuda a entender que todos nós, nesta vida, passamos
pelas tentações, tão constantes na vida humana. Nosso Senhor e Salvador, quando
foi iniciar Sua vida, Seu ministério público, dirigiu-se ao deserto para
dedicar-se à oração, para recolher-se interiormente e encher-se mais de Deus.
Ali, Ele foi conduzido pelo Espírito.
Talvez você
se pergunte: “Como Jesus, tão cheio do Espírito, conduzido e guiado pelo
Paráclito em oração, foi tentado?”. Para que entendêssemos que, em toda e
qualquer circunstância da nossa vida, a tentação está presente.
Na oração, na
falta de oração, na igreja ou fora dela, no deserto, no campo e na cidade, as
tentações estão dentro e fora de nós. Precisamos de uma armadura, uma decisão
interior para sabermos combater o mal que vem nos questionar, interrogar,
interpelar e nos seduzir, para deixar esse caminho e ir pelo outro.
O demônio
apresentou a Jesus três caminhos de facilidade. O que todos nós buscamos na
vida são caminhos mais fáceis, os quais nos conduzem à estrada do prazer e da
vida mais cômoda. Isso, muitas vezes, acaba sendo a grande tentação que nos
desvia da rota, a tentação do prazer, do poder e da idolatria, de idolatrarmos
a nós, aos outros ou às coisas.
Revestido
como era da Palavra de Deus e do Santo Espírito, Jesus resistiu a cada uma das
tentações, e para cada uma delas deu uma resposta única, fortalecida pelo poder
de Deus. Nós precisamos responder às tentações da vida.
Primeiro, nós
não podemos dialogar com a tentação, porque, se nos deixarmos enveredar por
ela, correremos o risco de cair e ficarmos prostrados por causa dela. Para
resistirmos às tentações da vida, o Espírito que está em nós nos enche da
Palavra para que, com muita humildade, respondamos com Deus àquilo que não é de
Deus, respondamos com a Palavra aquilo que tenta nos desviar do caminho d’Ele.
Não se
engane, as tentações fazem parte da vida, mas ninguém é tentado acima das suas
forças, ninguém é tentado a fazer aquilo que não quer. O que não podemos é
brincar com as tentações, achar que somos super-heróis; porque quando ela nos
pega e arrasta-nos; depois, muitas vezes, é difícil não cair.
Deus abençoe
você!
Padre Roger Araújo
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