Na 1ª
leitura, a presença e as ações do justo incomodam e denunciam o opressor. Sua
confiança, provações e humilhações prefiguram o sofrimento de Jesus.
O salmista
reconhece a bondade do Senhor, que o socorre nos perigos e aflições.
A 2ª
leitura sublinha que a vida trilhada conforme a sabedoria que vem do alto é
pura, pacífica, conciliadora, cheia de misericórdia.
O evangelho
apresenta o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus, seguido
por uma instrução aos discípulos, como ocorreu, também, no primeiro (8,31s).
Enquanto atravessava a Galileia a caminho de Jerusalém, Jesus ensinava os
discípulos: O Filho do Homem será
entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão e, morto, ressuscitará depois de três dias. Os discípulos não compreendiam essa palavra de Jesus, pois
esperavam um Messias glorioso. No caminho, discutiam quem era o maior, uma vez
que ainda não tinham entendido que Jesus é o Messias servidor. Em casa, com sua
pedagogia e palavra, Jesus conduz a comunidade discípula a superar a ideologia
do poder e da ambição. Sentado, na posição de Mestre, chamou os Doze, os que
estavam mais intimamente ligados à sua missão e lhes disse: Se alguém quiser ser o primeiro, seja
o último e o servidor de todos. No
caminho do seguimento a Jesus, que veio para servir e dar a
própria vida (10,45), os discípulos aprendem a praticar suas palavras, que
invertem os valores vigentes e mostram a verdadeira ordem das grandezas aos
olhos de Deus. A imagem da criança, no meio dos discípulos e abraçada por
Jesus, ensina a acolher os pequenos e indefesos, a resgatar a dignidade dos
excluídos. A criança simboliza o acolhimento à Boa-Nova do Reino de Deus
presente em Jesus (10,15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário