Hoje a liturgia coloca diante de nós Jesus atravessando uma
região povoada por não judeus, isto é, pagãos. Muita gente ao seu redor.
Trazem-Lhe um surdo e com problema de fala. Pedem para Jesus curá-lo pela
imposição das mãos. Jesus retira-se a sós com o moço. Coloca os dedos nos
ouvidos dele. Com saliva toca a língua dele. Olhando para céu, dá um gemido e
ordena: “Éffata”, isto é, “Abre-te”.
Na hora o moço começou a ouvir, a sua língua se soltou e começou
a falar normalmente. E não adiantou Jesus proibir a divulgação do acontecido.
Todo o povo ali maravilhado sai proclamando em alto e bom som: Ele tem feito
tudo bem; faz tanto os surdos ouvirem como os mudos falarem (cf. Mc 7,37).
Bem como profetizou Isaias, carca de 500 anos antes, intuindo a
futura restauração messiânica projetada por Deus: Ânimo, pessoal” Não tenham
medo” Deus virá um dia para salvar … Os ouvidos dos surdos vão se abrir e a boca
do mudo vai gritar de alegria (cf. Is 35,5). E esse Deus de fato agora veio: na
pessoa de Jesus!
Por isso que hoje cantamos o Salmo 146, exaltando o Deus
libertador do ser humano sofrido (oprimidos, famintos, prisioneiros, cegos,
caídos, estrangeiros, órfãos, viúvas …). “Louva o Senhor, Minh’alma, louvarei o
Senhor, enquanto eu for vivo, enquanto viver, cantarei hinos a meu Deus”, é o
refrão da exaltação.
De quem Deus veio ao encontro na pessoa de Jesus? Dos pobres.
Sim, dos pobres, deserdados da vida; não importando raça, cor gênero ou
religião. Esta é a grande verdade enfatizada hoje pela Palavra de Deus, também
na carta de São Tiago, como ouvimos na segunda leitura: “Escutai, meus
caríssimos irmãos: não escolheu Deus os pobres aos olhos do mundo para serem
ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu as que o amam?” (Tg 2,5). Logo,
se é assim, quem de fato tem fé em Jesus, também age como ele agiu, a saber:
Jamais discrimina os pobres (cf. Tg 2,1-4).
Diocese de Limeira
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