Esta dinâmica de autoconhecimento tem como objetivo fazer refletir sobre o fato de que todos transmitimos uma imagem às outras pessoas. Esta imagem é reflexo de nosso modo de ser, de nossas atitudes, de nosso comportamento... Somos, porém, conscientes desta imagem que transmitimos? A dinâmica pode ajudar a descobrir isso. Para iniciá-la são necessários os seguintes materiais: fita crepe e caneta. Cada um dos participantes é convidado a escrever como vê o outro se tivesse que usar o nome de um animal, mas em letra de forma, para que ninguém reconheça a letra do outro. Cada um pega quantos pedaços de fita quiser e escreve nomes de animais com os quais gostaria de descrever alguém do grupo. Deve-se ir escrevendo e colando nas costas da pessoa em questão o nome do animal com o qual quero descrevê-la. Cada um pode colocar quantos nomes quiser nas costas do outro, mas cada um deve colocar pelo menos um nome em cada um do grupo. Deve-se evitar que a pessoa em questão veja quem colocou tal nome em suas costas. O coordenador deve orientar para que cada um coloque os nomes dos animais que achar interessante, sem ficar copiando dos outros. Esta parte da dinâmica deve ser feita da forma mais descontraída possível, mas se o coordenador perceber que há um clima de falta de seriedade ou mesmo de avacalhação, deve intervir e pedir seriedade. Espera-se o tempo necessário para que todos tenham se expressado. Terminado isto, todos são convidados a sentar em circulo. Começando aleatoriamente, o coordenador chama uma pessoa para o centro, descola os adesivos que estão em suas costas e os coloca no chão. A pessoa em questão volta a sentar-se no seu lugar e é convidado a refletir sobre os nomes dos animais ali colocados. O coordenador deve dirigir a reflexão e partir de constatações, tipo: Há coincidências de nomes de animais ali colocados? Quantos nomes diferentes foram usados? O que significa tal animal? O grupo deve ser levado a participar da reflexão, mas de forma alguma a ficar praticando uma analise pessoal. Não deve ser feita nenhuma referencia à pessoa em questão, tipo, “eu acho que foi posto este animal, por que você faz isto ou aquilo”.
Terminada a analise de constatação e impessoal por parte do grupo, a pessoa em questão é convidada a pronunciar-se sobre como se sentiu, como acolheu os nomes colocados, se viu algo com surpresa, se achou interessante algum animal ali colocado... Dependendo da capacidade de abertura da pessoa no grupo ou da sua timidez, o coordenador pode facilitar atuando como moderador. Terminada a reflexão sobre uma pessoa, os nomes são arrancados de onde estavam colados e jogados fora. Outra pessoa então vai ao centro e se recomeça o mesmo exercício, até que todos tenham passado pelo centro. O coordenador deve estar atento para que o tempo de análise individual não seja muito longo – a menos que perceba que a pessoa esteja totalmente à vontade –, pois, afinal, ninguém gosta de ficar na berlinda. A dinâmica deve ser encerrada com uma reflexão geral da coordenação sobre o aprendizado de se viver em grupos, sobre como é importante ter consciência de que transmitimos uma imagem aos outros, sobre o fato de que nem sempre somos vistos pelos outros como imaginamos ou gostaríamos...
Retirado do Livro Dinâmicas para encontros de Grupos – Ed. Vozes
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