Domingo de Jesus e Zaqueu

Na liturgia de hoje, somos chamados a compreender quem é o nosso Deus. Nosso Deus é amigo da vida, Jesus é o Deus que procura quem se perdeu.

Hoje a salvação entrou em sua casa. A casa do seu coração, casa da sua família, do seu trabalho, do seu grupo, da sua missão. É um chamado à conversão.

Domingo passado Jesus falava da Oração, como devemos rezar. A oração do Fariseu e do Publicano mostrou a nós como deve ser a nossa oração. A oração do bem, da paz, da gentileza, da educação, do respeito, da humildade, da simplicidade. Zaqueu era pecador, cobrador de impostos. Era uma pessoa de baixa estatura.

O que o Evangelho de hoje quer nos ensinar? Três coisas:

1º - Precisamos querer ver Jesus. Ver Jesus na Palavra, na Eucaristia, no Irmão...

2º - Superar os obstáculos que impedem de ver Jesus. Zaqueu subiu na árvore. Jesus disse: Zaqueu desce desta árvore, eu quero ficar em tua casa. Jesus quer mostrar a todos sua missão e ao mesmo tempo convocar os cristãos para uma missão.

3º - Conversão. Jesus depois de conversar com Zaqueu é capaz de convertê-lo. Diz Zaqueu: “Senhor, metade dos meus bens vou doar para os pobres. Senhor se eu exigi injustamente de alguém, vou devolver quatro vezes mais.

Descer da árvore significa: se afastar do egoísmo, da maldade, do pecado, do individualismo, é afastar o nosso coração da desonestidade, do mal.

Quem vem a este Santuário é capaz de tomar uma nova atitude diante das interpelações que Deus nos faz. Somos chamados a sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo. O convite continua: Senhor ajudai-nos a viver o vosso amor, minha casa é a casa do Senhor!


Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima

Em torno do Tríduo e da Vigília Pascal

Bem nos inícios do cristianismo, o domingo era o grande dia da Páscoa. Esta era celebrada toda semana, quando chegava o domingo. Não existia a celebração organizada de uma Páscoa anual.

Bem cedo, no entanto, inspirando-se no costume religioso judaico, os cristãos começaram a realizar a celebração de um domingo especial, um grande domingo, isto é, uma especial celebração anual da Páscoa.

Foram organizando esta celebração primeiro por meio de uma vigília noturna. A saber: as comunidades passavam a noite toda reunidas. Nesta reunião, à luz do mistério pascal, primeiro liam os textos bíblicos relativos à história da salvação, entremeando-os com cantos de salmos e hinos bíblicos. Depois vinha a celebração da Ceia pascal.

Portanto, dois eram inicialmente os componentes essenciais desta vigília pascal: a Palavra e a celebração da Ceia. Mas logo aparece um outro componente: a celebração do batismo.

Como se vê, na altura do século III, nesta vigília, as comunidades cristãs celebravam a Páscoa de Jesus, primeiro, por maio da Palavra proclamada e ouvida, em seguida, por meio da ação ritual e profundamente pascal de batizar, e enfim, vinha a celebração da Ceia pascal propriamente dita, de todos os membros da comunidade, incluindo os neo-batizados.

Toda esta vigília era preparada por um jejum durante três dias. Quem fazia o jejum? Os que se preparavam para o batismo, bem como os cristãos já batizados. Começava na quinta-feira à noite.

Mas, á medida que o tempo vai passando, durante este jejum de três dias os cristãos tendem a valorizar sempre mais os acontecimentos “histórico” dos últimos dias da vida terrena de Jesus, narrados pelos Evangelhos, tais como: a ultima ceia, o lava-pés, a traição de Judas, a condenação, o sofrimento, a cruz, a morte. Inclusive com o acréscimo de celebrações em torno de tais fatos! Resultado: a mente dos cristãos vai se distanciando do sentido profundo da vigília pascal. Pois o interesse se concentra mais em fatos da vida terrena de Jesus do que na Páscoa em si, como passagem da morte para a vida, que é o centro e o núcleo da nossa fé.

Resultado: a vigília pascal vai se esvaziando. E com isso o povo também não tem muito interesse em passar a noite pascal ouvindo a história da salvação. Importante mesmo passa a ser os dramas da Sexta-feira santa, da paixão de Jesus.

Para resolver este grave problema da Igreja se esvaziando da celebração da páscoa propriamente dita, resolveram então antecipar a vigília para as 13h ou 14h do sábado santo. Depois, no século XII, anteciparam-na ainda mais, para as 11h ou 12h. no século XVI, com o papa Pio V, a vigília pascal passa a ser antecipada ainda mais, para as 9h da manhã! E tudo isso com terríveis incongruências, pois em plena luz do dia de sábado santo, o diácono canta diante do Círio aceso: “Ó noite santa esta, iluminada pela luz da ressurreição!”.

E mais, celebrando absurdamente a vigília pascal em plena luz do dia no sábado santo, que é o do dia do silencio, o dia da sepultura, o dia de Jesus na mansão dos mortos fazendo uma visita de esperança de ressurreição a todos os falecidos, de repente a Igreja irrompe com o solene canto de “Aleluia!”... Por isso, erroneamente, passaram a chamar o sábado santo de “sábado de aleluia”.

Em 1951, o papa Pio XII mandou celebrar a vigilia pascal de novo como era nas origens, a saber, na noite do sábado santo para o domingo da páscoa. A reforma do concilio Vaticano II a confirmou. Com isso se resgatou o valor e sentido supremo da Páscoa da ressurreição. Mas tem gente que ainda continua chamando equivocadamente o sábado santo de “sábado de aleluia”!

Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB

Ser ricos da verdadeira riqueza

E propôs-lhes esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito. E ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’. Disse ele então: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei outros, neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens. E direi à minha alma: ò minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos, descansa, come, bebe e regala-te’. Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirei de ti a tua alma. E as coisas que ajuntaste de quem serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”.

Relendo o texto

Entre os personagens desta parábola é preciso citar também Deus, que intervém por último, mas certamente é o mais importante. O primeiro a ser citado é, ao invés, um homem rico que possui campos que produziram uma abundante colheita. O homem rico faz um discurso inteiro para si mesmo: não intervêm, de fato, outros personagens para escutar o seu raciocínio, é a seguir interpelado pelo próprio Deus sobre o bem mais precioso que todos recebem como dom e que é a vida.

As ações que se desenvolvem, somente porém nos pensamentos do homem rico, descrevem uma ansiedade, uma verdadeira e exata corrida pela posse. Demolir os celeiros e construir novos, recolher o grão e todos os outros bens e, depois, repousar, comer e beber, entregar-se à alegria. É um homem, esse da parábola, que aparentemente não tem necessidade de ninguém, não procura mais nada, porque obteve tudo na sua vida, pode viver feliz e satisfeito porque possui muitas riquezas.

Uma outra particularidade deve ser salientada: do homem não se diz nada além do fato de que era um “homem rico”. Parece que Jesus quer tornar esse homem conhecido pelo que ele possui e não pelo que ele é.

Meditando o texto

A parábola coloca em realce um primeiro ensinamento de Jesus sobre a verdadeira riqueza, que não está no fazer tantas coisas, ou ter muitas coisas, mas no fato de continuar a ser pobre. Sim, pode parecer impossível que os pobre sejam as pessoas que Jesus olha com mais carinho, das quais ele mais gosta. Pois o pobre, aquele que nada possui, é aquele que pode deixar-se aproximar melhor, porque é livre e, não preocupado com nada das coisas do mundo, pode deixar encher-se seu coração com a presença de Deus.

Um outro ensinamento de Jesus nessa parábola é que, se não precisamos preocupa-nos com as coisas, podemos olhar mais e melhor para Deus e para aquilo que ele pede. Deus, por isso, é o bem supremo oferecido a todos, o único pelo qual vale verdadeiramente a pena empenhar-se. Não devemos esforçar-nos tanto para ter muitas riquezas, Jesus nos ensina que dependemos de tal maneira de Deus, que precisamos fatigar-nos somente para entender qual é a sua vontade, o que quer Deus verdadeiramente de cada um de nós.

Procurando, agora, questionar-nos

-Com que coisa realmente eu me preocupo? Com as coisas que não possuo ou com as pessoas que não acolho, que não sei escutar, que não ajudo?
-Sei verdadeiramente viver com a atitude do pobre?Ou seja, nas situações, sei procurar naquele maravilhoso “tesouro”, que é o Evangelho, uma atitude de Jesus que posso imitar, ou penso chegar a resolver tudo só com as minhas forças?

Retirado do Livro A Palavra para os Jovens – Ed. Ave Maria

Dinâmicas de Grupo – Quem me chama a atenção

Esta dinâmica demanda um pouco mais de tempo e tem como objetivo fazer com que os participantes, na dinâmica de apresentação, revelem um pouco mais sobre si mesmo e, ao mesmo tempo, interajam. Não é indicada para um grupo muito grande de pessoas. Os participantes são convidados a sentar-se, de preferência em circulo e em cadeiras com braço que permita escrever. Cada um recebe uma folha de papel. Supõe-se que cada qual tenha uma caneta. Cada um é convidado a escrever na folha de 6 a 8 coisas que julga caracterizar a si mesmo. Esta descrição não precisa ser feita em forma de frases completas, mas, sim, com letras relativamente grandes e somente de um lado da folha. Ninguém deve, porem, escrever o nome na folha. Combina-se um tempo não muito longo para esta tarefa. Terminado o tempo, a pessoa da coordenação recolhe as folhas, as embaralha e distribui lado a lado sobre a mesa, de modo que as pessoas ao circularem ao redor da mesa possam ler, sem muito esforça, o que está escrito nas folhas. Os participantes são então convidados a ir até a mesa e ler as descrições. Cada um dos participantes deve pegar uma folha com a descrição que primeiro lhe chamar a atenção. Tendo pegado uma folha, o participante deve voltar para o seu lugar e esperar até que todos tenham pegado a sua folha. Quando todos tiverem já sua folha, cada um é convidado a achar o autor que fez a descrição e colhe mais algumas informações (principalmente o nome da pessoa). Depois de todos terem se encontrado, o coordenador convida todos a tomarem seu lugar e cada qual apresenta ao grupo quem desejou conhecer, explica as coisas que aquela pessoa escreveu e por que quis conhecer esta pessoa.

Retirado do Livro Dinâmicas para encontro de grupo – Ed. Vozes


Pastoral Familiar

Arquidiocese de Fortaleza
Região São José
Santuário Nossa Senhora de Fátima

Pastoral Familiar
É um serviço que se realiza na e com a Igreja, de forma organizada e planejada.

Concilio Vaticano II
Começou aderirem na Igreja uma proposta inspiradora para os esforços da evangelização da família no Brasil em 1980.

A missão da Pastoral Familiar é a defesa e promoção da pessoa em todas as etapas e circunstâncias da vida e a defesa dos valores cristãos para o matrimonio e os relacionamentos pessoais e familiares.

Objetivo: Apoiar a família a partir da realidade em que se encontra.

As Metas:
    - Fazer da família uma comunidade cristã;
    - Família santuário de vida;
    - Resgatar a família;
    - Família missionária / Igreja doméstica

Como está organizada:
17 regionais a nível Diocese e Paróquia.
    - Setor pré-matrimonial;
    - Setor pós-matrimonial;
    - Setor casos especiais.

Responsáveis: Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Religiosos (as) e leigos.

Sua presença nos alegra! Venha e participe!
Toda terça-feira, 20hs00 no Salão Azul

A escada de Jacó – Gênesis 28 e 30

Jacó fugiu de sua casa e tomou o caminho para Harã. Quando anoiteceu, sentiu-se muito só. Recostou-se sobre uma pedra e adormeceu enquanto olhava as estrelas no céu.

Sonhou com uma grande escada que subia de onde ele estava até alcançar o céu. Por ela subiam e desciam anjos. Deus estava no topo e dizia: “Esta terra é para você e seus descendentes. Eles serão tantos quanto o povo da terra. Estou com você e não o abandonarei. Onde quer que vá, ali cuidarei de você”.

Depois do sonho, Jacó não teve mais medo e continuou o caminho em direção ao povoado de sua mãe. Um dia, junto a um poço, encontrou um rebanho de ovelhas. Jacó perguntou aos pastores se conheciam seu tio Labão. Responderam que sim e apontaram para Raquel, filha de Labão, que naquele momento chegava ao poço com seu gado. Jacó viu se aproximar uma bela mulher. Ficou muito emocionado, correu até ela e disse quem era.

Jacó foi bem recebido na casa de seu tio Labão. Em agradecimento e para ter permissão para casar com Raquel, Jacó trabalhou sete anos com seu tio.

Quando chegou o tempo do matrimonio com Raquel, Labão preparou uma grande festa. Mas no dia do casamento apareceu com Lia, irmã mais velha de Raquel, e obrigou-o a casar-se com ela.

Jacó ficou bravo e reclamou, mas Labão alegou que o costume era casar primeiro a filha mais velha. Pôs como condição para casar-se também com Raquel, que trabalhasse mais sete anos para ele. Como Jacó estava apaixonado por ela, esperou os sete anos. Foi assim que Jacó teve duas esposas.

Retirado do Livro Minha Bíblia – Ed. Paulus

A crise anunciada

Numa cidadezinha do interior, havia um homem que vendia cachorro-quente em uma barraquinha. Não costumava ouvir rádio nem ler jornais. Passava o dia apenas vendendo cachorro-quente e conversando com as pessoas. Era bom nisso. Fazia lanches muito gostosos e anunciava muito bem, pois todos da cidade o conheciam.

Não demorou para o homem aumentar as vendas, comprar muitos pães e salsichas. Seu negocio cresceu e ele comprou uma van. Mais um tempo e já tinha uma lanchonete.

Certo dia, seu filho que vivia na cidade grande ligou e falou que o pai não deveria investir porque a economia passava por uma forte crise, o dólar estava caindo, os juros aumentando etc. o jovem questionou o pai por não ler jornais e não se informar sobre a grave crise internacional.

O homem pensou:

- Meu filho está na universidade, ele entende dessas coisas, vou parar de investir.

Vendeu a lanchonete e parou de anunciar seus cachorros-quentes. De volta à pequena barraquinha, viu os clientes sumirem e as vendas despencarem. Não tinha mais lucro algum. Novamente pensou:

- Meu filho tinha razão, a crise é muito grave!

Para refletir

Como surge um momento de crise? Muitas vezes ela é conseqüência de um panorama geral, da situação externa. Porém, muitas vezes ela é criada por nós mesmo: por nossa mentalidade fechada, por nossa falta de iniciativa, pelo medo de inovar, de contrariar as tendências. O vendedor da parábola nunca iria entrar em crise se alguém de fora não interferisse em seus negócios, injetando nele certo pessimismo. Em sua humildade, conduzia com excelência os negócios e para ele não fazia diferença se existia ou não uma crise externa. Tudo ia bem, até ele começar a pensar negativamente. Isso acontece com muita freqüência em nossas equipes. Quando pensamos que as coisas vão dar errado, elas darão. Porém, quando todos contrariam as tendências e procuram inovar, o êxito será certo. Isso vale tanto para uma empresa, uma loja, quanto pra um grupo de trabalho, uma comissão, uma equipe pastoral etc.

Para discutir

-Quanto o ambiente externo influencia nas suas decisões?

-A opinião das outras pessoas, principalmente as mais próximas, interfere no seu modo de agir e pensar?

-O que você precisa para ser mais otimista?

Retirado do Livro Parábolas de Liderança – Ed. Paulus

Domingo do fariseu e do publicano

O evangelho de hoje é ação de duas personagens profundamente diferentes: o fariseu e o publicano. O fariseu representa o justo reconhecido como tal perante a lei. Visto que a lei exprimia a vontade de Deus, ele não só a escuta nos mínimos detalhes, como observa escrupulosamente todos os mandamentos e proibições, e além do que estava prescrito.
O publicano não é um santo, pelo contrário, é um grande pecador público. Bem sabe disso e nem procura se desculpar. Tudo acontece como se aceitasse o julgamento do fariseu. Nem tem a coragem de levantar os olhos para o céu e de erguer as mãos para rezar, como era costume. Olha o chão e bate no peito dizendo: “Meu Deus, tem piedade de mim, pecador!”
Lucas conclui o evangelho dizendo que o publicano voltou justificado para a sua casa e não o outro. O fariseu, apesar de todos os seus méritos, cometeu um duplo erro: primeiro, ele se autojustifica, não esperando nada de Deus. Depois, não age por amor. Ele dá graças a Deus não porque Deus é a fonte de toda justiça, mas porque não se sente “como o resto dos homens...”
Lucas diz, no inicio, que Jesus contou essa parábola para “alguns que, convencidos de serem justos, desprezavam os outros”. E quem de nós não carrega dentro de si um pouco desta convicção?
Que o Senhor mesmo venha tirar de nós toda atitude de auto-suficiência e nos dê a graça de reconhecer sinceramente que só ele é justo e capaz de nos justificar diante dele. Graças a Deus a salvação não depende da nossa santidade, mas da sua misericórdia. E essa é a boa nova do evangelho de hoje
Retirado da Revista de Liturgia

Discípulos e Discípulas de Jesus, Missionários e Missionárias do Reino

Na passagem da última ceia, Lucas menciona as seguintes Palavras de Jesus: “Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal, antes de sofrer. Pois eu lhes digo: nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus”. Então Jesus pegou o cálice, agradeceu a Deus, e disse: “Tomem isso, e repartam entre vocês, pois eu lhes digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”. Jesus celebrou a ultima ceia tendo em vista o Reino de Deus. Foi enviado pelo Pai como missionário do Reino. Toda sua vida esteve em função disso, foi perseguido, condenado à morte de cruz por causa disso, enviou os discípulos e discípulas em missão para continuar anunciando com Palavras e com o trabalho, com a ação, com gestos concretos: O Reino de Deus chegou até vocês! Por isso, não há como celebrar a Eucaristia, nem o domingo, Dia do Senhor, a não ser na perspectiva do Reino de Deus. Como Jesus, a comunidade cristã, e cada um/a de seus membros, pode dizer, com Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Noticia aos pobres, enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor”. Este programa de vida de Jesus é também nosso programa de vida.

A celebração do domingo, Dia do Senhor, situa-se nesta dupla perspectiva: celebrar a Eucaristia na intimidade do Ressuscitado e ser por ele, de novo, enviados em missão. Somos discípulos e discípulas de Jesus, chamados para permanecer com ele, e de novo, sermos enviados como missionários e missionárias do Reino, na realidade de nosso dia-a-dia, na dinâmica social da convivência humana, em todos os níveis, em todos os ambientes, em comunhão com todas as pessoas de ‘boa vontade’, de qualquer religião ou cultura.

Como redescobrir este eixo fundamental da celebração dominical? Como romper o formalismo que como uma capa de chumbo ou como um muro de cimento armado impede que o encontro e a comunhão com o Cristo e entre nós aconteçam e renovem nossa visão do mundo, nosso animo, nossa vontade de atuar na sociedade como testemunha da ressurreição, como militantes da libertação, obreiros do diálogo, da paz, da misericórdia e da reconciliação? Como fazer para que a celebração de domingo volte a esta sua finalidade primeira e primária e esteja aberta, voltada para a realidade da vida pessoal e social?

É preciso celebrar em comunidade, com grupos menores, onde as pessoas tenham um mínimo grau de convivência, de relacionamento na fé e possam, também durante a celebração, dialogar, trocar idéias, emitir sua opinião, expressar sua maneira de ver a realidade, sua maneira de compreender a palavra de Deus. São momentos preciosos os da ‘recordação da vida’, da homilia dialogada (para nos debruçar sobre a realidade do mundo e encontrar uma luz na Palavra meditada), das preces de verdade (e não das intenções formalmente lidas de um ‘jornalzinho’ ou folheto!), da reunião familiar ao redor da mesa do Senhor para a ação de graças, a partilha do pão e da comunhão.

Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB

Ser portadores da Paz

Dizia também: O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. Dorme, levanta-se, de noite e dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber. Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita

Relendo o texto

Desta vez os personagens da parábola têm algo de especial, de fato, além de um homem que lança a semente na terra, pode-se dizer que o personagem principal é essa semente que é lançada.

Efetivamente a semente, pela bondade de Deus, torna-se antes planta, depois espiga, depois grão cheio na espiga, portanto um fruto completo que pode ser colhido. O que deve levar-nos a refletir, lendo este trecho de Marcos, é a expectativa do homem que lança a semente.

Jesus, de fato, não diz dele nada mais que poucas ações: lança, dorme ou levanta-se, tudo está embebido, podemos dizer, de uma grande confiança, doa abandono, da paz.

Lança a semente e se confia em paz a Deus, é como se esse homem pusesse todas as premissas ou condições para que Deus realize os seus prodígios, e depois retira, coloca-se de lado, sem se preocupar a pensar de que maneira a semente cresce, muda e se transforma em grão, mas em paz espera o resultado, certo de que Deus pensará nisso, providenciará.

Essa atitude de paz pode-se ler também nas ações da semente e da terra.

Jesus parece querer dizer, com isso, que tudo se submete, ou melhor, se confia a Deus em paz.

Meditando o texto

Da parábola narrada por Jesus podemos extrair, para reflexão, a atitude de grande paz que preenche esta cena. Existe paz no trabalho do homem, que entrega ao seu destino aquilo que semeia. Existe paz quanto ao que acontece com a semente, escondida e mal e mal visível, que depois dá um fruto extraordinário.

Tudo isso nos recorda que o Reino de Deus já está presente na vida de todos os dias, não é só um acontecimento que viveremos num dia distante, mas algo que já desde agora podemos experimentar, e que, mesmo que pequeninos, precisamos empenhar-nos a construir e difundir.

Podemos se colaboradores de Deus na difusão do Reino, portadores de paz com a atitude que Jesus ensina nessa parábola. Nós não somos os donos da semente, nem somos os que a fazem crescer, mas para difundir paz nós podemos preparar a ação de Deus, facilitá-la, testemunhando a sua bondade. Não podemos provocar a resposta favorável de Deus, mas podemos, em certo sentido, preparar-lhe o caminho, cumprindo obras de caridade para com os outros, que facilitem a igualdade e a justiça.

Procurando, agora, questionar-nos

-Sou portador da paz, no sentido de que, quando me encontro em discussão com os outro ou em desavenças, sei ceder também em primeiro lugar?

-O Senhor está sempre presente, também naquilo que me parece ser obrigação minha?

-Para ser portadores de paz será necessário sempre estar conscientes de que os outros são melhores que nós. O que penso a respeito disso?

Retirado do Livro A Palavra para os Jovens – Ed. Ave Maria

Dinâmicas de Grupo – Passando a bola

Esta dinâmica tem como objetivo promover a apresentação dos participantes repassando aos demais alguns dados mínimos, mas de uma maneira descontraída e em forma de jogo. Ela não é indicada para um grupo muito de participantes. O ideal é que não ultrapasse 20 pessoas. Antes do inicio da dinâmica, a coordenação deve providenciar uma pequena bola. Os participantes são convidados a ficarem de pé formando um circulo. A bola é passada aleatoriamente a um dos participantes. Este deverá dizer seu nome, de onde vem, seu apelido e hobby. Após ter falado estes dados em voz alta de modo que todos possam ter ouvido, esta pessoa deverá jogar a bola a uma outra pessoa qualquer do grupo. Quem recebe a bola deve, por sua vez, dizer também seu nome, de onde vem, seu apelido e hobby. Terminada a apresentação, deverá jogar a bola adiante. Sempre quem pega a bola deve se apresentar. Mas, atenção: se a pessoa para quem for jogada a bola deixar esta cair no chão, deverá apanhar a bola e antes de se apresentar deverá repetir os dados das últimas duas pessoas que se apresentaram. Após ter dito isso, irá então apresentar-se e jogar a bola adiante. No caso de alguém jogar a bola para uma pessoa que já se apresentou, terá que repetir os dados da última pessoa que se apresentou e os dados da pessoa para quem erroneamente jogou a bola. Após a repetição, a pessoa que estiver com a bola deverá jogar a bola adiante para que outra se apresente. A dinâmica termina quando todos já tiveram se apresentado.

Retirado do Livro Dinâmicas para encontro de grupos – Ed. Vozes


Esaú e Jacó – Gênesis 24-27

Isaac tinha quarenta anos quando casou-se com Rebeca. Desde o dia de seu casamento pediram a Deus a benção de um filho. Deus ouviu suas preces. E Rebeca teve gêmeos: Esaú e Jacó.

Quando os irmãos cresceram, não se pareciam em nada. Esaú era forte e alto, gostava de estar no campo e se tornou um grande caçador. Era o favorito de seu pai. Jacó era magro e frágil, gostava da vida tranqüila e era o preferido de sua mãe.

Esaú era o primogênito. Estava destinado a ser o chefe de um grande povo e seria abençoado pelo pai. Ele não se importava muito com o destino. Um dia, quando voltava do campo com muita fome, trocou a primogenitura com seu irmão por um prato de lentilha. Jacó estava comendo e Esaú disse: “Dá-me esse prato que você tem, estou com muita fome. Eu troco pela minha primogenitura!”

Então Jacó deu o pão e o prato de lentilha. Esaú comeu e bebeu, depois se levantou e saiu.

Quando Isaac estava já bem idoso e seus olhos não podiam ver, chamou seu filho maior e lhe disse: “Estou quase morrendo. Vai ao campo caçar algo e prepare um bom prato de comida para mim. Comeremos e lhe darei a minha benção.”

Rebeca estava escutando e disse ao filho menor, Jacó: “Escute com atenção e faça o que eu lhe disser. Traga dois cabritos para eu preparar com eles uma saborosa comida. Depois, você levara a seu pai e receberá a benção dele.”

Vestiu Jacó com a melhor roupa de Esaú e cobriu-lhe os braços e o pescoço com a pele d=o cabrito, para que Isaac não conseguisse diferenciá-los.

Jacó levou o prato de comida ao pai e disse-lhe: “Sou Esaú, teu primogênito”. Isaac disse: “A voz é a de Jacó, mas as mãos são de Esaú. Cheguei mais perto e eu lhe abençoarei”. Ao cheirar a sua roupa, não teve duvidas e o abençoou.

Ao voltar do campo, quando Esaú soube como seu irmão havia lhe roubado a benção, ficou enfurecido e queria matá-lo. Para evitar a briga entre os irmãos, Rebeca e Isaac enviaram Jacó para outro país, à casa de um parente chamado Labão.

Retirado do Livro Minha Bíblia – Ed. Paulus

Tomar a frente

Todos já ouvimos falar de Napoleão Bonaparte e de sua grande fama como líder. Sem duvida ele é um dos maiores lideres da história. Conta-se que, certa vez, Napoleão deveria enfrentar um exercito três vezes maior do que o seu. Para piorar, o armamento do inimigo era muito melhor. Enquanto seus soldados se preparavam para a batalha, ele anunciou que iria à frente, conduzindo seus homens. Muitos tentaram convencê-lo do contrario, dizendo que era loucura diante da situação de grande inferioridade do seu exercito. Diziam que a batalha seria difícil perigosa, que ele não poderia se arriscar, pois era o líder maior.

Em uma ultima tentativa, um de seus generais foi procurá-lo para tentar persuadi-lo. Napoleão não hesitou em afirmar:

- Eu vou, nada pode mudar isso.

- Por que, comandante? – insistiu o auxiliar.

- Porque é mais fácil puxar do que empurrar.

Para refletir

A resposta curta de Napoleão nos traz um importante ensinamento: é mais fácil guiar do que tentar consertar. Um líder deve estar sempre disposto a tomar a frente, a guiar a sua equipe. Ele deve tomar a iniciativa, principalmente nos momentos de crise, de perigo, quando os problemas forem maiores e mais evidentes. Nos momentos de crise é que conhecemos o verdadeiro líder, pois ele assume com firmeza a responsabilidade e dá exemplo à equipe. Ele não teme ser o alvo, pois confia em suas capacidades e em sua força. Seu exemplo se torna o incentivo que fará a diferença na equipe e dará ânimo e confiança a todos.

Para discutir

-Normalmente, você prefere puxar ou empurrar?

-Como você conduz sua equipe?

-O que espera de um líder nas horas de maior dificuldade?

Retirado do Livro Pará bolas de Liderança – Ed. Paulus

Domingo da viúva persistente

Os cristãos do tempo de Lucas esperavam para logo a vinda do Senhor. Sentiam o peso dos sofrimentos e das perseguições. É como se Deus estivesse em silencio. Perante esta espera capaz de se tornar decepção, o evangelista lembra a promessa de Deus e garante que ele vai “fazer justiça aos seus escolhidos”.

Mas será que da parte dos discípulos haverá a perseverança necessária para esperar o Filho do homem? A viúva é a imagem do discípulo, que deves permanecer firme, superando as dificuldades, acreditando na possibilidade de uma vida feliz, apesar das dificuldades.

Quanto a nós, como as antigas comunidades, sentimos o peso do tempo que passa, do aumento da doença, do empobrecimento das massas e de todo tipo de marginalização. Como a viúva, perseveremos na confiança e na oração. Peça, os ao Senhor a graça de não desanimarmos, mesmo quando se faz escuro em nossa caminhada.

Retirado da Revista Liturgia

Domingo, Páscoa semanal dos cristãos

O “primeiro dia da semana” tornou-se dia do Senhor. Portanto, agora é do Senhor este dia! E quando dizemos do Senhor, falamos do Cristo ressuscitado, vivo. Isto significa: Este é o dia especial, “primordial”, no dizer do concilio vaticano II, em que as comunidades cristãs, reunidas em assembléia, fazem esta experiência: O Senhor Jesus Cristo está vivo em nós e nós temos vida em sua vitória sobre a morte. Este é o dia semanal da Páscoa, ou seja, dia em que a Páscoa do Senhor e nossa é experimentada como bem viva, presente, aqui e agora. Como diz São Jerônimo, cheio de entusiasmo: “O domingo é o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia”.

Por isso que em algumas línguas esse dia até recebeu o nome, não de domingo, mas de “dia da ressurreição”. Por exemplo, entre os gregos bizantinos, o domingo é chamado de “anastasimós”. Na língua russa, por influencia da cultura religiosa bizantina, é chamado de “vosskresenije”. São nomes que significam a mesma coisa: “ressurreição”, “dia da ressurreição”. O domingo é o dia semanal da Páscoa.

Quando os discípulos e discípulas de Jesus, no primeiro dia da semana, perceberam que Jesus está vivo, encheram-se de intenso júbilo: Não estava tudo perdido, não! Muito pelo contrário: Agora é que começa o tempo bom, o tempo novo, o dia novo e eterno. Estamos salvos, para sempre. O futuro é garantido e certo. Na Páscoa de Cristo passamos da situação de frustração e de morte para uma situação de vitória certa e de vida. Essa é a grande riqueza deste dia, dia do Senhor, dia dos cristãos, dia das comunidades cristãs, dia de toda a criação renovada.

Verdadeiro “sacramento da Páscoa”, este dia nos faz reviver, toda semana, a mesma experiência dos primeiros discípulos e discípulas: O Senhor está vivo nas lutas e vitórias da gente, e as lutas e vitórias da gente ganharam sentido na luta e vitória definitiva de Cristo. Neste dia, como aos apóstolos reunidos no cenáculo, ele aparece a nós reunidos em assembléia e nos diz: “A paz esteja com vocês”. Em outras Palavras: Fiquem tranqüilos, não fiquem tristes, não se desesperem. Estou vivo, sou eu! Sintam-se comigo, também vencedores...

Como celebramos este “sacramento” semanal da Páscoa, que chamamos domingo? Pela Eucaristia, pois nela celebramos precisamente a memória daquilo que é essência mesma do dia do Senhor; Páscoa!... “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição...”, dizemos nós na oração eucarística.

O domingo é também o dia da escuta da Palavra. Pois foi nesse dia que o Senhor ressuscitado abriu o sentido das Escrituras aos dois discípulos de Emaús. É nesse dia que Jesus continua a nos falar mediante a Palavra proclamada nas assembléias dominicais.

Neste dia os cristãos celebram a sua páscoa semanal, também pelo repouso. Pois, pelo repouso dominical, que renova nossas energias, celebramos o repouso total que a Páscoa de Cristo nos garantiu a partir deste dia.

Celebramos este dia como um dia de festa, por ser o dia mais bonito da semana: Páscoa semanal, dia do Espirito Santo que reúne e anima nossas assembléias, dia do Evangelho e da evangelização, dia da solidariedade pela visita aos doentes e participação em mutirões, dia da própria natureza em festa recebendo nossa visita. O canto dos pássaros, o murmúrio das águas, o calor do sol, a sombra das arvores, a brisa afagante, a beleza das flores, a dança das borboletas, tudo evoca e celebra o mistério da vida que a Páscoa de Cristo resgatou. É a natureza em festa, sob o olhar contemplativo do ser humano, celebrando o Senhor dos dias que deu novo brilho e sentido a tudo. Por isso, faz sentido neste dia entrar no primeiro de todos os dias e, ao mesmo tempo, ouvir sua voz suplicante: Deixem-me viver, não me destruam, para poder celebrar sempre, com vocês, a nossa vitória, a vitória da Vida sobre a morte, que o domingo tão bem representa!

Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB

Dinâmicas de Grupo – Balão com nomes dos participantes

Para esta dinâmica de apresentação é necessário que a coordenação tenha previamente a lista dos nomes de quem vai participar do encontro e se tenha à mão balões de ar. Antes do inicio da apresentação, é necessária a seguinte preparação: devem ser recortados bilhetes contendo cada um o nome de um dos participantes. É de grande importância que não haja falha no sentido de que o nome de alguém seja esquecido. O nome da pessoa da coordenação também deverá ser incluído. Depois de se ter os bilhetes com os nomes, pega-se os balões e se coloca um nome em cada balão, enchendo depois disso o balão. Estes balões com os nomes devem ser levados para a sala na hora da apresentação e colocados no centro da roda. Quem está na coordenação deverá saudar os participantes e convidar todos a um desafio conjunto: manter no ar todos os balões. Os participantes deverão, pois, em conjunto, tocar nos balões de modo que fiquem todos no ar. Quando todos os balões estiverem flutuando por um ou dois minutos, a coordenação deverá dar um comando para que cada um peque um balão. Quando cada participante já estiver com o seu balão, a coordenação deverá explicar que dentro de cada balão há um bilhete com o nome de um participante. Cada qual deverá estourar o balão, pegar o bilhete e procurar a pessoa com este nome. Encontrando esta pessoa, terá que fazer algumas perguntas a ela para depois poder apresentá-la ao grupo. Dá-se, então, um tempo para cada que cada um ache a respectiva pessoa e colete os dados para a apresentação. Quando todos já tiverem deito isso, os participantes são convidados a sentar em circulo. Quem está na coordenação deverá dar inicio apresentando a pessoa cujo nome estava no bilhete que pegou. A pessoa apresentada deverá continuar a rodada, apresentando quem estava no seu bilhete e assim sucessivamente até todos terem se apresentado. Quando uma pessoa que for apresentada já tiver ela mesma apresentado alguém, a rodada de apresentação continua com a primeira pessoa à sua direita que ainda não tiver sido apresentado o nome que estava no seu bilhete. Se ocorrer, por acaso, que alguém pegue o bilhete com seu próprio nome, deverá apresentar-se a si mesmo para o grupo.

Retirado do Livro Dinâmicas para encontro de grupos – Ed. Vozes

Novenário de Fátima - Outubro/2010

Foram 10 dias de novenas, terços, missas e festas! O Novenário de Outubro/2010, iniciado no dia 04/10/2010, foi, mais uma vez, uma grande festa de agradecimentos, pedidos, conversões, graças alcançadas e muita, muita fé.

Durante os nove dias de novenas, o Santuário ficou lotado de fiéis que agradeceram a Nossa Senhora por todas as bênçãos derramadas e por sua interseção junto ao seu Filho Jesus. As novenas eram encerradas com a famosa feirinha, com comidas típicas, brincadeiras para as crianças, bingos, leilões e música da melhor qualidade.

Mas o ponto alto da festa ainda estava por vir, o encerramento no dia 13. Como acontecem todos os dias 13, as missas no Santuário ocorreram de hora em hora, começando as 05h00min. Às 18h30 a Procissão saiu da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo e atraiu uma multidão de fiéis para a missa campal com mais de 70 mil pessoas.

A Festa da nossa Padroeira deixou um gostinho de quero mais... então até Maio/2011.

Paz e Bem!!!

12 de Outubro – Nossa Senhora de Aparecida

Após cerca de 17 dias de viagem, a 12 de outubro de 1717, chegava o governador e Conde de Assumar, com sua comitiva, à região de Guaratinguetá. Os manuscritos da época relatam que:

“A Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem haver para o dito governador. Entre muitos, foram pescar em suas canoas Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso e, principiando a lançar suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguassú, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a sua rede de rasto tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse. A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.

E, continuando a pescaria, não tendo até então peixe algum, dali por diante foi tão copiosa em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).

Após limpar e recompor a imagem os pescadores a levaram para as suas casas; mas verificaram-se alguns sinais milagrosos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá. Certa vez, durante uma dessas práticas aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de alguém, se reacenderam.

O Padre José Alves então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela para satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Depois esta capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte).

Em 1846 foi iniciada a construção de templo maior, que ainda existe em Aparecida do Norte. No ano de 1980 foi abençoada a nova e grande Basílica pelo Papa João Paulo II., alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro.

Em 1884 a Princesa Isabel doou uma coroa a Nossa Senhora Aparecida. Com a doação desta jóia, a princesa pagava uma promessa feita a Maria, em que pedira, em 1868, um herdeiro para o trono. Sete anos após ter feito o pedido, a princesa Isabel deu à luz D. Pedro de Alcântara.

Em 1884 a princesa retornou a Aparecida com a coroa e com os três filhos, D. Pedro de Alcântara, D. Luiz Felipe e D. Antônio. A Coroação aconteceu em 1904.

Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Presidente da República Washington Luiz, e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares.

Entre os milagres que provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e famoso nos tempos subseqüentes. Segundo a versão mais abalizada, as correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem. Eis como o refere o Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:

“Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).

O Papa Pio XI houve por bem acolher o pedido da hierarquia e dos fiéis, que desejavam fosse Nossa Senhora Aparecida proclamada Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava S. Santidade o seguinte “Motu proprio”:

“… Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.

D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil. A presença do sobrenatural em Aparecida exigiu que se empreendesse a construção de nova e mais vasta Basílica. Esta, iniciada em 1955 pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Nossa Senhora, Padroeira desse bom povo que a seus pés busca socorro espiritual.

O fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de comentários… Na verdade, o fenômeno se explica pela longa permanência da estátua dentro da água do rio, mas é inegável que ela apareceu no Brasil bem na época da escravidão dos negros, e é difícil não ver na sua cor uma mensagem aos brancos de que os negros são seus irmãos.

Retirado do Blog da Canção Nova

Transmissão da Santa Missa - Santuário de Fátima


Abraão e Sara – Gênesis 12, 15 e 17

Na cidade de Ur dos caldeus vivia um homem chamado Abraão, com sua esposa Sara. Tinham uma casa muito boa e eram donos de grandes rebanhos de ovelhas, cabras e camelos. Um dia Deus disse a Abraão: “Deixe esta cidade e vá a terra que eu indicar. Abençoarei você e farei seu nome famoso”.

Abraão respondeu ao chamado de Deus. Reuniu seus rebanhos e partiu para a terra de Canaã com sua esposa e com as pessoas que trabalhavam para ele.

Abraão e Sara eram de idade avançada e não tinham filhos, mesmo sendo o que sempre desejaram. Abraão não havia perdido a esperança e, todas as tardes sentava-se à porta de sua casa e suplicava a Deus por um filho.

Em uma tarde de muito calor, Abraão viu três homens que se aproximavam caminhando. Convidou-os a descansar à sombra das árvores e também a comer.

Enquanto Sara preparava a comida, um dos visitantes disse a Abraão: “Dentro de um ano, quando voltarmos, tua mulher terá um filho homem”. Sara escutou e começou a rir. Não acreditou, pois era muito idosa.

O homem ouviu suas risadas e continuou: “Para Deus nada é impossível, mesmo que Sara não acredite, vocês terão um filho”. Logo que os três saíram, Abraão e Sara perceberam que aqueles homens eram anjos enviados por Deus para dar-lhe a boa noticia.

Tal como Deus havia prometido, no tempo mercado, Sara deu à luz um filho homem e lhe puseram o nome de Isaac.

Retirado do livro Minha Bíblia – Ed. Paulus

Liderar com sutileza

Em um pequeno país do Oriente Médio, o líder Xing Lee procurava entender por que seu governo estava conduzindo os negócios ao fracasso enquanto o governo anterior só via prosperidade. Decidiu procurar um mestre muito respeitado na região. Ao encontrar o sábio e explicar-lhe o que estava acontecendo, Lee esperava uma resposta.

O mestre nada respondeu. Apenas sorriu e convidou o líder para uma caminhada pelo bosque. Andaram até o rio e ali ficaram por vários minutos, contemplando o movimento das águas. A noite chegou e fizeram uma fogueira. Sentados ao lado dela, não pronunciaram nenhuma palavra, apenas contemplavam as chamas. Quando o fogo apagou, o mestre perguntou ao líder:

- Entendeu por que você não é capaz de liderar o povo e os negócios como o seu predecessor?

Lee, surpreso, disse que não havia entendido nada. Então o mestre continuou.

- Reflita sobre o que acabou de ver. O fogo é forte e poderoso. Nenhuma arvore ou animal se iguala a ele em força. Facilmente ele toma conta de um grande espaço e destrói tudo o que encontra. O rio, por sua vez, começa muito pequeno, apenas um fio de água na montanha. Ele é sutil, vai descendo de mansinho, por vezes enfrentando terrenos adversos e obstáculos, mas sempre os vencendo. No final, o que vemos? Do poderoso fogo, apenas cinzas. Seu poder destrói tudo à volta. Ele se consome em sua própria força. A água é diferente. Ela é calma, sutil. Ela vai se fortalecendo com o tempo, conforme vai fazendo seu caminho. Ao longo do percurso, o rio cresce e também dá vida a tudo o que está ao seu redor.

Para refletir

Assim como a natureza, a liderança pode ser forte como o fogo ou sutil como o rio. Existem lideres orgulhosos, soberbos, arrogantes, autoritários, que confiam excessivamente em seu poder e acabam por consumir tudo ao seu redor. Há, porém, os que são humildes, que sabem se integrar com os membros da equipe, que na sutileza vão crescendo esse tornando cada vez mais fortes e bem-sucedidos. São estes que conseguem os melhores resultados, porque vão conquistando seu especo ao mesmo tempo em que aprendem a lidar com as adversidades. Ao final, terão aprendido a superar as adversidades e terão uma equipe e bastante ativa ao seu redor.

Para discutir

-Que tipo de líder você é?

-O que considera importante: a força ou a humildade?

-Como você pode extrair o melhor de sua equipe?

Retirado do Livro Parábolas de Liderança – Ed. Paulus


Domingo dos dez leprosos

A cena do evangelho de hoje se passa no caminho que Jesus faz para Jerusalém, entre Samaria e Galiléia. Essa localização geográfica não é por acaso, indica que a salvação não depende da religião, mas da fé em Jesus Cristo. Por isso, Jesus chama a atenção para o fato de o samaritano, e somente ele, ter vindo para dar glória a Deus e agradecer-lhe o dom da cura.

A prostração do samaritano é um gesto de profissão de fé. Ele reconhece em Jesus o Salvador, capaz de curar sua enfermidade sem a mediação da lei. Julgam que são merecedores da cura por serem filhos de Abraão, por isso não voltam para agradecer.

Como o leproso do evangelho, reconheçamos que tudo o que temos e somos vem de Deus e que somente a sua graça em nós pode nos dar forçar para aliviar os sofrimentos que nos circundam.
Retirado da Revista de Liturgia

Dinâmicas de Grupo – Sou fulano e gosto de ...

O objetivo desta dinâmica é fazer, por um lado, com que os participantes gravem os nomes das outras pessoas do grupo e, por outro lado, se apresentem de uma maneira descontraída. Os participantes são convidados a ficar de pé, formando um circulo. O coordenador explica a dinâmica, dizendo que cada participante se apresentará, falando seu nome, revelando algo de que goste e fazendo um gesto com o corpo que imite aquilo que gosta. Assim, alguém pode, por exemplo, dizer: “Eu sou João e gosto de dançar”, e faz o gesto com o corpo imitando um passo de dança. Cada um, porém, antes de dizer seu próprio nome e do que gosta, terá que dizer sempre o nome de todos os que já se apresentaram anteriormente e repetir o que gostam, com o respectivo gesto. Cada qual, portanto, que vai se apresentando terá que guardar um nome a mais, com aquilo que a pessoa gosta e o gesto correspondente. Quando alguém não se lembrar do nome e daquilo que a pessoa gosta, o grupo pode em coro ajudar, dizendo o nome e fazendo o gesto. Desta maneira todos irão gravar os nomes dos participantes sem dificuldade.
Retirado do Livro Dinâmicas para encontro de grupos – Ed. Vozes

Como nasceu o Domingo

Geralmente, quando morre uma pessoa muito querida, de repente, dois ou três dias depois, bate na gente uma profunda saudade... E dá uma vontade louca de visitar a sepultura daquela pessoa. E a gente vai, leva flores, faz orações, chora. Foi o que aconteceu comigo quando faleceu minha irmã e, logo depois, minha mãe.

Foi o que aconteceu quando Jesus morreu. Três dias depois – era o primeiro dia da semana -, Maria Madalena e outras mulheres foram bem cedinho fazer uma visita à sepultura de Jesus. Ao chegarem lá, um imenso susto! Encontraram a sepultura aberta! Vazia! Apavoradas, não contiveram as lágrimas. Ali mesmo, de repente elas têm uma visão, avisando que Jesus ressuscitou... E Jesus mesmo logo aparece, e fala com Maria Madalena e as outras mulheres.

Elas, então, saem correndo a avisar: “Vimos o Senhor! Ele está vivo! Ele falou com a gente!” João e Pedro vão correndo para ver a sepultura, e constatam: Realmente, aconteceu como as mulheres disseram. E se fosse só isso! Jesus também aparece e conversa com dois discípulos a caminho de Emaús, aparece e conversa com os apóstolos escondidos numa sala de jantar, falando-lhes de paz, dando-lhes o Espírito Santo e ordenando-lhes a anuncias a noticia por todos os cantos da terra.

Numa palavra, tudo isso deve ter causado grande alvoroço... Era até difícil acreditar! O luto e a tristeza pela morte do Senhor, o desanimo, a frustração, a sensação de derrota amargando a vida. De repente são substituídos por uma imensa alegria, um intenso júbilo, um saboroso gosto de vitoria... Jesus está vivo! Ressuscitou!

Agora vejam: Tudo isso aconteceu no “primeiro dia da semana”! Naquele tempo, entre os judeus, a semana começava no dia seguinte após o sábado. Jesus morreu no sexto dia (sexta-feira) e passou o sábado na sepultura... E foi precisamente a partir do seguinte, o “primeiro dia da semana”, que os discípulos e discípulas sentiram que tudo se renovou... A partir deste dia a Vida foi sentida como mais forte do que a morte.

Por isso, por ser o “primeiro dia da semana”, este dia passou a ter para os cristãos um sentido simbólico especialmente profundo. Primeiro, porque ele nos lembra o inicio da criação do mundo. A saber, foi nesse “primeiro dia” que Deus deu inicio à criação. E fazendo o que? Criando o sol! Agora, com o despontar do novo Sol na pessoa do Ressuscitado, esse mesmo dia, passou a ser o dia da Nova Criação, o dia da Nova Vida para Jesus e sua Comunidade.

O “primeiro dia da semana” se tornou, para os cristãos, o dia memorável, inesquecível. O dia mais importante da semana! Precisamente por causa da impressionante vitoria da Ressurreição. Tanto que até deram um nome a este dia. Passaram a chamá-lo de dia do Senhor. Em latim: dies Dominica, que em português virou “Domingo”. Assim surgiu o “domingo”, que significa exatamente isso: “dia do Senhor”.

Nesse dia, passando da morte para a vida. Cristo se tronou “o Senhor dos vivos e dos mortos”. Ninguém mais domina Ele. Ele é o Senhor... Por isso que o primeiro dia da semana agora é d’Ele, do Senhor, é Domingo. Mais que isso, podemos até dizer que Domingo é Domingo. Pois, como vencedor das trevas, do pecado e da morte, Ele agora é o Dia que não tem fim, O Primeiro Dia, o Senhor dos dias... O primeiro dia da semana agora é do Senhor, é Domingo, porque, neste dia, Cristo vem como o Senhor dos dias, o Primeiro, a Luz que nunca mais se apaga, o Sol que não conhece ocaso.
Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB

A arca de Noé – Gênesis 6 e 7

A terra se encheu de seres humanos cruéis e malvados. Deus era um homem bom e justo. Deus ficou muito irritado com o comportamento dos homens e decidiu enviar um dilúvio sobre a terra para que todos morressem. Apenas Noé e sua família seriam salvos.

Deus disse a Noé: “Construa um grande barco e suba com sua esposa, com seus filhos e com as esposas de seus filhos. Você deve levar na arca um casal de cada animal e comida suficiente para os animais”.

Noé fez tudo o que Deus havia mandado. Assim que fechou as portas do barco, começará a cair cascata de água do céu, durante quarenta dias e quarenta noites. O nível das águas subiu e a arca começou a flutuar. Todos os seres vivos da terra morreram afogados.

Depois de cento e cinqüenta dias, Noé quis saber se a terra já estava seca para poder sair. Soltou um corvo, que voltou à arca por não encontra onde pousar. Na semana seguinte, soltou uma pomba que, depois de certo tempo, entrou pela janela do barco com um ramo de oliveira no bico. Noé entendeu que era o momento de descer.

Tirou a cobertura da arca e começou a soltar todos os animais. A primeira coisa que fizeram, depois de colocar os pés sobre a terra, foi olhar para o céu e agradecer a Deus por tê-los salvo. Deus disse a Noé e a seus filhos: “Nunca mais voltarei a destruir os seres vivos. Como sinal desta promessa colocarei no céu o arco-íris”.

E neste mesmo instante apareceu no céu um arco que iluminava a terra com muitas cores.

Retirado da Minha Bíblia – Ed. Paulus

Meu filho, trabalhe para mim

“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Meu ilho, vai trabalhar hoje na vinha.’ Respondeu ele: ‘Não quero.’ Mas em seguida, tocado de arrependimento, foi. Dirigindo-se ao outro disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu: ‘Sim, pai!’ Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” “O primeiro”, responderam-lhe. E Jesus disse-lhes: “Em verdade vos digo, os publicanos e as meretrizes vos precedem no Reino de Deus! João veio a vós no caminho da justiça e não crestes nele. Os publicanos, porém, e as prostitutas creram nele. E vós, vendo isso, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele”.

Relendo o texto

Antes de tudo, notemos quais são os personagens da parábola: o pai e os dois filhos. Destes filhos pode-se dizer que o primeiro é certamente mais sincero, sobretudo porque, conhecendo-se a si mesmo, responde que não está com vontade, mas depois, arrependendo-se, vai trabalhar na vinha, ao passo que o segundo não é exatamente sincero, porquanto aceita o convite do pai para ir trabalhar na vinha, mas depois não vai.

A característica do pai, ao invés, é a de amar os filhos da mesma maneira: ele não tem preferências, aquilo que ele pede a um, ele pede também ao outro.

Fazendo uma releitura do texto, notamos que Jesus, pela figura do pai, quer tornar conhecido dos seus ouvintes o tema chamado a cumprir a sua vontade, existe um convite da parte de Deus que chega a quem se põe à escuta. Ao passo que, pelas figuras dos dois filhos, Jesus faz conhecer o tema da resposta àquele chamado de Deus: pode-se responder com uma recusa, mesmo fechando o próprio coração diante da bondade de Deus. Ou então pode-se responder com a obediência, cumprindo a vontade que Deus nos faz conhecer.

Meditando o texto

Narrando essa parábola, Jesus nos quer dizer substancialmente que o convite para cumprir a sua vontade sempre tem as características da festa, da alegria, do deixar livres de aceitar ou não. O pai dirige aos dois filhos o convite para irem para a vinha, sem considerar um melhor que o outro, ou um mais merecedor que o outro. E os filhos são, ambos, da mesma maneira, livres para responder.

Certamente o convite a cumprir a vontade de Deus é um convite sério e comprometedor: é um convite de amor que envolve a vida, que a empenha seriamente. Por isso o primeiro filho, antes diz que não tem vontade, porque algumas vezes é difícil dizer sim ao Senhor. Percebemos muito bem que dar a vida quer dizer pôr-se a serviço, tomar a cruz, lavar os pés dos irmãos, palavras duras para nós e, talvez, nos sintamos tentados a dizer: “Não estou com vontade”. O convite do Senhor, porém, exige obediência e desapego, não é suficiente dizer “sim” com as palavras, como no caso do segundo filho, mas é preciso esforçar-se verdadeiramente: melhor do que muitas palavras, o que importa são os fatos.

Procurando, agora, questionar-nos

-Eu me limito a ler algumas páginas do Evangelho, ou procuro também pô-las em prática na minha vida? Não é simples entender aquilo que o Senhor quer de cada um de nós, mas com uma pequena ajuda pode-se conseguir.

-Sei dar tempo para obedecer ao que Deus me pede por meio dos irmãos?

-Freqüentemente, por iniciativa própria, posso ser capaz de renuncias e sacrifícios enormes, mas se alguém me pede alguma coisa, como me comporto?




Retirado do Livro A Palavra para os Jovens – Ed. Ave Maria

Espírito de Equipe

Conta-se que, numa antiga carpintaria, as ferramentas fizeram uma reunião. Estavam preocupadas com a notícia de que, seguindo as tendências de mercado, a empresa deveria fazer alguns cortes e remanejamentos. Os cortes seriam feitos principalmente porque não existia mais harmonia entre a equipe. Deveriam buscar uma solução.

O martelo tomou a iniciativa para liderar a comissão, mas logo os outros se manifestaram.

- Você não pode ser o líder, porque faz muito barulho e vive dando golpes.

O martelo aceitou as críticas, mas denunciou a broca, que vivia se metendo no trabalho dos outros.

A broca não deixou por menos e acusou a furadeira, afinal, ela não largava do seu pé.

A furadeira concordou, mas disse que pior era o parafuso:

- Ele vive dando voltas, não serve para nada.

O parafuso se defendeu:

- É verdade, mas sou influenciado pela chave de fenda. Ela mexe muito com a minha cabeça.

A chave de fenda saiu pela tangente e apontou para a tábua, que era sempre muito chata.

A tábua então acusou a lixa de ser áspera e sempre gerar atrito.

A lixa concordou, mas disse:

- O culpado por isso tudo é o metro, que vive medindo os demais, como se fosse o único perfeito.

Assim se seguiram diversas acusações e um apontando o defeito do outro.

Nisso chegou o carpinteiro. Ele pegou um pedaço de madeira. Utilizou primeiro a lixa, depois o metro, depois o martelo, o parafuso e assim por diante. Ao final de algumas horas, haviam construído juntos uma bela mesa.

Logo que o carpinteiro saiu, a reunião recomeçou e todos concordaram que, apesar dos defeitos, tinham suas qualidades e eram igualmente importantes no trabalho.

Para refletir

Todos temos qualidades, mas muitas vezes só percebemos os nossos defeitos e principalmente os dos outros. Se soubermos reconhecer nossas habilidades, teremos muito a contribuir no trabalho em equipe. É a partir do especifico de cada um que se faz um bom conjunto. Cada membro da equipe é importante na sua especialidade. Se aprendermos a elogiar e incentivar, em vez de criticar e cobrar, teremos muito mais êxito. O papel do líder é exatamente igual ao do carpinteiro: conhecer as pessoas de sua equipe para extrair delas as qualidades necessárias para alcançar o sucesso.

Para discutir

-Qual é a sua postura na equipe?

-Faz mais elogios ou mais criticas?

-Consegue ver e incentivar as qualidades de seus colegas?

Retirado do Livro Parábolas de Liderança – Ed. Paulus