Numa fazenda, havia um ratinho muito curioso. Ele vivia espiando pelos buracos da parede para saber o que acontecia centro da casa. Certo dia, viu o fazendeiro chegar com um pacote. Parou para ver se era alguma comida especial, assim poderia pegar a sobra mais tarde.
Quando a mulher do fazendeiro abriu o pacote, o ratinho viu que era uma ratoeira. Ficou aterrorizado, quase não conseguia se mexer. Juntou suas forças e fugiu dali. No caminho para o celeiro, viu uma galinha ciscando. Aos prantos, o rato anunciou:
- Dona galinha, tem uma ratoeira na casa.
A galinha, mal levantando a cabeça, disse:
- Uma ratoeira? Eu entendo que é um grande problema para você, mas não me interessa, não me prejudica em nada. Posso apenas rezar por você.
O rato continuou seu caminho e encontrou-se com o porco:
- Seu porco, tem uma ratoeira na casa.
- E eu com isso, não é problema meu. Uma ratoeira não me incomoda em nada – disse o porco sem nem ao menos se levantar.
No celeiro, o ratinho encontrou a vaca.
- Dona vaca, dona vaca, tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira.
- Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Olha só o meu tamanho. Não é problema meu – Declarou a vaca.
Abatido e bastante decepcionado com os companheiros, o rato voltou para sua toca. De lá ainda pôde avistar a ratoeira, o que aumentou seu desespero.
Naquela mesma noite, ouvi-se o barulho da ratoeira. Ela pegou algo. A mulher do fazendeiro, já cansada de ver o ratinho roer os seus queijos, saiu correndo alegre para ver o que era. No escuro, sem ver direito, colocou a mão e sentiu uma pecada. Quando seu marido acendeu a lâmpada, percebeu que era uma cobra venenosa que estava presa na ratoeira. Ao ver que sua mulher tinha sido picada, ficou desesperado e levou-a imediatamente ao hospital.
Depois de medicada, a mulher voltou para casa. Deveria repousar, pois ainda estava com muita febre. Para ajudar na recuperação, o fazendeiro decidiu fazer uma canja. Matou a galinha e preparou um prato delicioso. Passaram alguns dias e a mulher não reagiu. Os parentes ficaram preocupados e vários foram para a fazenda a fim de ajudar no que fosse preciso. Como eram muitos, o fazendeiro precisou matar o porco para alimentá-los.
Mais um tempo se passou e enfim a mulher ficou boa. Para celebrar, o fazendeiro convidou todos os vizinhos e parentes para uma festa. Matou a vaca e fez um saboroso churrasco.
Para refletir
Nunca diga “isso não é problema meu”. Por mais distante que o problema esteja, ele pode interferir em nossa vida. Quando a ameaça está próxima, ou é contra alguém muito próximo a nós, o caso fica ainda mais perigoso. Devemos tomar consciência de que o problema de um membro da equipe é problema de todos, pois se ele não for resolvido, todos sofrem as conseqüências. Cumpra com suas funções e colabore com seus colegas no que for possível para a realização das funções deles. Você conhece aquele ditado: “uma mão lava a outra”? No trabalho em equipe, ele vale mais do que nunca. O líder deve estar atento a todos esses sinais para agir na hora certa.
Para discutir
-Como os problemas ao seu redor costumam lhe afetar?
-Como reage quando alguém lhe apresenta um problema ou situação delicada?
-Você poderia ser mais solidário com os outros na solução de problemas?
Retirado do Livro Parábolas de Liderança – Ed. Paulus
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