A expressão “Cordeiro de Deus” lembra duas figuras bíblicas distintas, mas relacionadas: a do servo de Deus, anunciado pelo profeta Isaías, e a do cordeiro pascal, rito que está na origem do povo de Israel. Este nome que João Batista deu a Jesus encontrou grande aceitação nas comunidade dos discípulos e discípulas como anúncio do destino final do Cristo, o servo de Deus que vai tirar o pecado do mundo com o seu amor até o fim, até dar a própria vida, cordeiro vitorioso na ressurreição.
Nossa missão, como a de Jesus, abrange: tirar o pecado do mundo e batizar no Espírito Santo. Temos que vigiar sobre este “pecado do mundo”, que promove guerra, que aceita ver velhos e crianças sob o fogo cruzado de armas pesadas e que investe em armamentos muito mais do que necessitamos para resolver as questões sociais; este pecado que está na grande estrutura que rege as nações e está perto e até dentro de nossas vidas. Por isso, recebemos o batismo no Espírito não apenas na água. O Espírito de Jesus em nós e a força da sua ressurreição são as garantias que recebemos na luta contra o pecado do mundo.
É para lembrar disso que tantas vezes rezamos em nossas celebrações: “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, tem piedade de nós!” Hoje vamos centrar o nosso coração nas palavras desta oração, sabendo que só do alto pode vir a força para nos redimir do pecado e para exercer a nossa vocação de continuar a missão de Jesus.
A 1ª leitura, tirada do segundo cântico do Servo, reflete a expectativa do povo exilado na Babilônia de voltar à pátria. O Servo é chamado para exercer uma missão profética, universal, sendo luz das nações. O salmo ensina a cumprir a vontade de Deus, proclamando a sua justiça com fidelidade. Paulo, na 2ª leitura, saúda os cristãos de Corinto como apóstolo de Cristo. Mostra que a comunidade foi santificada e escolhida por Deus em Cristo mediante sua vida, morte e ressurreição.
Retirado da Revista de Liturgia
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