Domingo do Batismo do Senhor

O batismo de Jesus marca o início da sua vida pública. Solidário com o povo que busca, nas águas do Jordão, o batismo de penitência pregado por João Batista, Jesus se deixa batizar por aquele que preparou sua chegada. Ao sair das águas, o Espírito vem sobre Ele e uma voz, vinda do alto, declara: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”.

A 1ª Leitura nos fala do tempo em que o povo de Israel vivia em situação de exílio, o profeta Isaias procurou animar a fé falando de um servo de Deus que trazia consigo a missão de renovar a aliança e reconduzir os exilados. Estes poemas com a figura do servo ficaram conhecidos como cânticos do servo do Senhor. Hoje nós escutamos o primeiro cântico do profeta Isaias que procura encontrar uma palavra de Deus sobre a missão de Jesus e a nossa.

Segundo o costume do povo Judeu, era proibido ir à casa de alguém que não era Judeu. Inspirado por Deus, Pedro, que era judeu, vai até a casa de Cornélio, um não judeu. A salvação destina-se a todos os povos, pois Deus não faz distinção de pessoas, afirma a 2ª Leitura.

O Evangelho conta o primeiro acontecimento da vida pública de Jesus, São Mateus procura explicar porque Jesus se colocou no meio dos pecadores para ser batizado com eles no Jordão. Foi o início da Missão de Jesus.

O batismo no Jordão constitui, em primeiro lugar, uma revelação ou Epifania de Deus em Jesus Cristo. A voz do Pai se faz ouvir e Jesus foi declarado o Filho de Deus: “Este é meu Filho, em que ponho todo o meu agrado”.

Debaixo do céu aberto, Jesus recebe o Espírito e é consagrado para a missão. Ele é o servo da confiança de Deus, encarregado de estabelecer o reino.

Ele é a luz das nações, para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e do lugar de detenção os relegados às trevas.

Celebrando hoje a memória do dia em que Jesus foi batizado, nós também descemos com ele às águas e anunciamos as maravilhas daquele que nos chamou das trevas à sua luz.

Assim, participando deste cargo de confiança, a nós também é dada a possibilidade de ver o céu se abrindo e o Pai se manifestando a nós pelo seu Espírito Santo. É importante a gente se deixar batizar de novo, na dor, no sofrimento, na fidelidade.

Peçamos que o Espírito Santo crie em nós essa atitude de expectativa, esse desejo de ver, de ouvir a voz vinda do céu.

Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima


 

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