O
Evangelho nos fala de um casamento em Caná da Galileia (Jo 2,1-11). Entre os
convidados lá se fez presente a “mãe de Jesus”, bem como “Jesus e seus
discípulos”.
A
certa altura da festa, vindo a faltar vinho, Jesus ouve de “sua mãe” a
observação: “Eles não têm vinho”. “Mulher, para que me dizes isso? A minha hora
ainda não chegou” (v.4). E logo “sua mãe” tomou a iniciativa de avisar o
pessoal de serviço: “Fazei tudo o que ele vos disser” (v.5). De fato, eles obedeceram.
A pedido de Jesus, encheram de água, seis enormes vasilhas de pedra, cada qual
com capacidade de mais ou menos cem litros.
Em
seguida, a mando de Jesus, fizeram o mestre-sala provar desta água. Era vinho,
e da melhor qualidade (cf. v. 6-10)! E o escritor do Evangelho, João, finaliza
com esta observação: “Este início dos sinais, Jesus o realizou em Caná da
Galileia. Manifestou sua glória, e os seus discípulos creram nele” (v.11).
A
figura de Maria, portanto, aparece aí como “Mulher” mulher intercessora, “mãe
de Jesus” expressando um pedido: “Fazei tudo o que ele vos disser”.
Remete-se
à rainha Ester, outra grande mulher, lá do Antigo Testamento, como ouvimos na
primeira leitura (Est 5, 1b-2; 7,2b-3): junto ao rei Assuero encantado por sua
beleza, ele intercede pelo seu povo manifestando seu maior pedido e desejo:
“Concede-me a vida (…) e a vida do meu povo” (est 7,3).
Ester
é uma figura de Maria que, por sua vez, é figura da própria Igreja pela qual o
divino Rei se encanta. Por isso cantamos hoje o Salmo 45, cujo refrão soa
assim: “Ouve, filha, inclina o ouvido, que agrade ao rei a tua beleza” (v.
11a.12a).
De
fato, é no céu que depois o mesmo evangelista João vislumbra o “grande sinal”
de “uma mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés, e, sobre a
cabeça, uma coroa de doze estrelas” (Ap. 12,1).
Diocese
de Limeira
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