Muitos pais sentem
dificuldades de encontrar o limite entre cuidar e superproteger os filhos.
Desde a gestação, a maioria dos pais se preocupa com o desenvolvimento físico,
mental, emocional e social da criança, mas o equilíbrio é a medida certa para
que as coisas sigam seu curso natural.
No início da vida dos
filhos, os pais precisam fazer muitas coisas por eles, para garantir-lhes a sobrevivência,
mas permitir pequenas ações de independência ajuda-os a vencer na vida futura.
Elas precisam aprender a cuidar de si, para depois também cuidar do outro. A
aprendizagem acontece pelos exemplos e estímulos dos pais.
Para buscar e estimular
uma atitude de autonomia, os pais precisam observar o ritmo de cada um com
relação à independência, mas se as crianças não buscam isso ou se buscam em
excesso, com certeza precisam de uma verificação. Acredite: as crianças deixam
fraldas, mamadeiras e chupetas mesmo que os pais queiram ou não; a atitude dos
progenitores pode contribuir para que seja na forma e no tempo corretos.
Não podemos definir a
idade, mas em torno de dois anos podem ser delegadas tarefas dentro de casa,
aumentando a complexidade diante das respostas das crianças. Um fator
importante nessa delegação é colocar limites para que os filhos não mandem nos
pais em vez de obedecer-lhes.
Capacidade cognitiva
Uma pesquisa na
Pensilvânia mostrou que as crianças que tinham o QI mais alto tiveram
brinquedos para se divertir, livros para aprender e atenção dos pais para se
sentirem amadas. Os pais também cooperam com o desenvolvimento mental quando
cuidam da alimentação dos filhos, porque isso ajuda a aumentar a capacidade
cognitiva delas.
Desenvolvimento
emocional
Os pais têm papel
fundamental no desenvolvimento emocional das crianças, pois elas precisam de
amor e carinho para desenvolver sua capacidade afetiva e de diálogo para
melhorar a linguagem e brincar para aumentar a capacidade de imaginação.
No que diz respeito ao desenvolvimento
neurológico, principalmente o andar e falar, o apoio emocional e a contratação
de profissional especializado, quando necessário, ajuda a superar barreiras ou
evitá-las. Ofereça estímulos, mas respeite os limites de cada um.
Desenvolvimento escolar
Com relação ao
desenvolvimento escolar, os pais podem ajudar quando verificam as lições
diariamente, dialogam sobre o que acontece na escola, cooperam nos deveres de
casa sem fazer por eles, participam das reuniões para saber a opinião dos
professores, apoiam no estudo para as provas, procuram um professor particular
quando as dificuldades são maiores que a capacidade da criança. Para um bom
desempenho escolar, é preciso disciplina, portanto, as crianças precisam ter
horário de estudo, não faltar às aulas sem motivo real entre outras coisas.
Desenvolvimento social
O desenvolvimento
social é fator de sucesso na futura carreira e convivência dessas crianças com
outras pessoas; portanto, elas precisam aprender a interagir, relacionar-se e
comunicar-se. Os pais contribuem quando motivam as crianças a expressar sentimentos,
ideias e sensações.
Por maiores que sejam
as suas expectativas, não se deixem dominar por tabelas que indiquem níveis
para maturidade física, mental e emocional das crianças, pois a maioria
alcançará o desenvolvimento desejado se puder contar com o carinho dos pais e
os estímulos da aprendizagem.
Ângela Abdo
Coordenadora do grupo
de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES)
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