4º Domingo do Advento

Maria foi com pressa visitar Isabel, que estava no sexto mês da gravidez de João Batista (1,36). Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Sua presença, como arca da aliança (2Sm 6,9.11), faz exultar de alegria pela Boa Nova da salvação que é Jesus. João, chamado por Deus como os antigos profetas (Is 49,1; Jr 1,5), é pleno do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe (1,15). Isabel, conduzida pela força do Espírito, bendiz com palavras que evocam a ação libertadora de Deus: Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre! (1,42; cf. Jz 5,24; Jt 13,18). Esposa de Zacarias, símbolo da antiga aliança (1,5-23), habitada pelo último dos profetas, louva e agradece pela visita da mãe do Senhor, portadora da plenitude da salvação. Senhor é o título divino atribuído a Jesus ressuscitado (At 2,36; Fl 2,11), pela sua entrega total que realiza a nova aliança (22,20). Maria, a serva do Senhor (1,38), colabora para tornar possível o cumprimento do plano divino: Feliz aquela que acreditou, porque será cumprido o que lhe foi dito da parte do Senhor. O mistério do amor de Deus se manifesta em quem acolhe a Palavra com fé e confiança, como demonstra o Magnificat (1,46-55).

Na leitura de Miquéias, o resto do povo sofrido e dominado pelas nações poderosas (sobretudo a Assíria e a Babilônia), espera a salvação que vem da pequena Belém. O anúncio profético da chegada de alguém para apascentar com a força do Senhor, sendo ele próprio a Paz, será compreendido na perspectiva da vinda do Messias. 

O salmista confia no Senhor, que fará brilhar sua face sobre a vinha devastada.

A leitura aos Hebreus sublinha que Jesus realiza o plano do Pai: Aqui estou para cumprir a tua vontade. Graças à encarnação, pela oferenda do corpo de Jesus Cristo somos santificados. 

A visitação de Maria a Isabel fortalece o nosso caminho de fé e esperança com a certeza que Deus nos visita através do Messias. Acolhendo Jesus assumimos o compromisso de contribuir na realização de seu projeto de paz e fraternidade.

Celebrando a espera do Senhor que vem, preparemos a chegada de Deus neste Natal. Bendito seja o Pai pela manifestação de seu Filho em nossa carne, fazendo que toda a humanidade entre no dinamismo do seu amor e de sua fidelidade. Escutemos a Palavra e demos graças pela realização das promessas de Deus, fazendo de nossa vida uma oferenda viva e espiritual.

Revista de Liturgia

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