2º Domingo do Advento

O evangelho situa a missão de João Batista na história, no tempo do reinado de Tibério e dos sumos-sacerdotes Anás e Caifás. João é chamado a preparar o caminho do Senhor (1,16-17.76). Apresentado como profeta, convocado pela palavra de Deus (Jr 1,4; Os 1,1), ele anuncia o mundo novo que surge longe dos poderosos: No décimo quinto ano do império de Tibério César (...), a palavra do Senhor foi dirigida a João, filho de Zacarias, no deserto. João Batista inaugura o tempo de Jesus pregando o batismo de conversão para o perdão dos pecados. Seu batismo é um rito de imersão que chama à conversão, mudança radical de vida. Jesus, pela sua Páscoa, garante o perdão dos pecados, a vida nova (24,47).  As palavras de Isaías (40,3-5), aplicadas a João, indicam a transformação do coração para acolher o Deus Salvador: Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas... (Lc 3,4-6). Isaías anunciava a restauração de Israel com o regresso dos exilados na Babilônia. A mensagem de João Batista proclama que todos os povos verão a salvação de Deus que será manifestada plenamente em Jesus.

A leitura de Baruc convida a vestir o manto da justiça de Deus, como garantia de paz. A vegetação renascida pelas chuvas no deserto descreve a ação do Senhor, que conduz à libertação com sua justiça e misericórdia.

O salmo canta a alegria e a esperança do povo, ao voltar do exílio, no Deus da aliança que faz desabrochar as sementes do mundo novo.

Paulo, na leitura aos Filipenses, agradece pelo testemunho dessa comunidade, que acolheu o evangelho e colaborou ativamente com o seu anúncio (4,15-20). Ele convida a crescer sempre mais no amor de Deus, a fim de estar preparados para a vinda de Cristo, repletos do fruto da justiça.
                                         
Que caminhos são estes que temos de aplainar em nossas vidas e comunidades? O testemunho de João batista é um chamado a acolher profundamente a Palavra de Deus, que pode nos converter e transformar, discernindo, em meio aos desertos da vida, os caminhos da salvação.

Na celebração acolhemos a Palavra, dando graças a Deus que vem refazer conosco sua aliança de amor. O Espírito nos anima a preparar, no deserto, os caminhos do Senhor; fazendo de nossa vida oferta e pão para a vida dos irmãos e irmãs.

Revista de Liturgia

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