Neste dia, a branca
Senhora disse:
- Quero que venhais
aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendais
a ler. Depois direi o que quero.
Quando a Lúcia pede
para os levar a todos para o Céu, a Senhora responde:
- Sim, a Jacinta e o
Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer
servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a
Devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a abraçar prometo a Salvação, e serão
queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono.
- Fico cá sozinha?
Perguntei com pena.
- Não filha. E tu
sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será
o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus.
- Foi no momento que
disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda
vez, o reflexo desta luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus.
A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte desta luz que se elevava para o
Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de
Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe
cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos
pecados da humanidade, que queria reparação.
Retirado do Livro
Memórias da Ir. Lúcia
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