Jesus diz isso aos Seus
discípulos que, para se manterem no convívio d’Ele e para seguirem os Seus
passos, é necessário que eles amem uns aos outros. Cristo também diz isso a nós
que somos discípulos d’Ele, que precisamos justamente disso: “amar uns aos
outros”, amar a quem está perto de nós, ao nosso lado, amar a quem faz parte da
nossa família, da nossa casa. Amar a quem faz parte da comunidade em que
vivemos, a qual frequentamos, amar os de nossa igreja, de nossos grupos, e
assim por diante.
Quando o amor entre os
cristãos se esfacela, se acaba, tudo tende a ir à ruína e ao fim. Quando o amor
em uma família já não existe mais, marido e mulher já não conseguem se amar
mais, os filhos não conseguem amar uns aos outros, você percebe que a ruína,
que o mal, começa a entrar naquela casa e é difícil que ela permaneça de pé.
Da mesma forma, se não
existir amor entre aqueles que convivem, habitam no mesmo espaço e compartilham
da mesma vida em uma comunidade, ela tenderá à ruína. O amor é a base, o
alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor!
Aqui não se trata de um amor poético, romântico, sentimental ou afetuoso; é o
amor decisão, o amor respeito, o amor que, acima de tudo, nos leva a ver a
presença de Jesus no outro, apesar dos limites e das fraquezas dele.
É o amor que exige
perdão, superação, reconciliação; não é um amor que nos obriga a gostar e a
“engolir” o outro, porque não há outro jeito; mas é o amor que nos ensina a
conviver em paz com nós mesmos e com o outro, ainda que não estejamos muito a
fim disso, ainda que as nossas ideias, os nossos pensamentos e sentimentos não
caminhem na mesma direção. Amar o outro é uma exigência para se tornar
discípulo de Jesus!
Amar ao próximo não é
uma questão facultativa, subjetiva ou muito menos ainda o amor criterioso em que
eu só amo a quem eu quero e a quem está de acordo com os meus critérios. O amor
ao próximo é, em primeiro lugar, aos que estão mais próximos de nós, aos que
convivem e trabalham conosco e aos que abraçam uma mesma dimensão de vida.
Qualquer realidade humana,
qualquer comunidade paroquial, comunidade de vida em que o amor não existe
mais, a vida, o relacionamento e a própria comunidade estão condenados ao
fracasso.
Se Deus pode reerguer
algo entre nós, Ele pode, deseja e quer fazer isso com a ajuda da via chamada
amor. Que ele seja o vínculo que nos une a Deus, que o amor seja o vínculo que
nos una uns aos outros!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
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