A 1ª leitura é uma reflexão sapiencial, onde a transitoriedade das
coisas leva a viver o desprendimento como caminho de abertura para Deus.
Na 2ª leitura, Cristo tudo em todos proporciona vida nova, para
testemunharmos a comunhão solidária, superando as desigualdades.
No Evangelho, Jesus revela a verdadeira sabedoria a partir do pedido de
alguém do meio da multidão: Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança
comigo. Ensina a relativizar os bens diante do valor absoluto do Reino de Deus
e adverte seus discípulos: Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois a vida
não consiste na abundância de bens. A parábola do rico insensato aponta para o
bom uso dos bens da terra, a fim de que seja assegurada a vida digna para todos
e a difusão da Boa Nova do Reino. O homem rico se preocupa em guardar para si a
grande colheita que a terra produziu: Tens uma boa reserva, descansa, come,
bebe, goza a vida. Assim, ele manifesta sua insensatez, pois é incapaz de
reconhecer Deus como o Senhor da terra e a fonte da vida e de partilhar as
riquezas com os irmãos. A consciência da provisoriedade do tempo leva a
encontrar o sentido da vida: Para quem ficará o que acumulastes? Em meio às
preocupações com o alimento, com as condições dignas para viver, é necessário
buscar o Reino porque tudo será dado por acréscimo.
Revista de Liturgia
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