Sexta-Feira Santa da Paixão do Senhor


Na 1ª leitura, o quarto cântico do Servo é situado no exílio, onde o sofrimento era associado às infidelidades . O servo carrega as dores e os pecados da multidão; terá êxito na missão e será exaltado através da vida doada. Ele se torna figura de Cristo, na perspectiva cristã.

A 2ª leitura acentua o valor salvífico da morte de Jesus, o Filho de Deus, o sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas.

No Evangelho, João narra a paixão e a morte de Cristo à luz da fé pascal, como glorificação de sua obra salvífica. Sua morte é consequência do compromisso com a vida e a verdade: Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. A negação de Pedro enfatiza a dificuldade dos discípulos de testemunhar a fé, num contexto de opressão, violência e perseguição. Pilatos entrega Jesus para ser crucificado, sendo incapaz de acolher sua verdade como Filho de Deus. Ciente da missão concluída, Ele entrega o espírito: Tudo está consumado. Assim, Cristo doa a vida por própria vontade. Do lado aberto jorra sangue, derramado para a salvação e água, sinal do Espírito doado por Jesus glorificado. José de Arimatéia e Nicodemos se preocupam com o corpo de Jesus, providenciando os aromas para a unção, além de envolvê-lo em faixas de linho, para a sepultura, segundo o costume judaico.

Revista de Liturgia

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