Diante de um bem realizado por Jesus, testemunhas oculares questionam:
“Em nome e poder de quem Jesus estaria atuando?” Ele acabara de libertar um
homem endemoniado. Vendo o homem curado e liberto, uma parte da multidão
exclama impávida e pasmada: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele
expulsa os demônios” (Lc 11,15).
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que Ele
fizesse um milagre para mostrar que Seu poder vinha de Deus.
E a atitude de Cristo – como sempre – é aconchegante e oportuna. Ele
sempre age na hora e no momento certo.
“Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: ‘Todo reino
dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra.
Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu
reino? Vós dizeis que é por belzebu que eu expulso os demônios. Se é por meio
de belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem?
Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo dedo de Deus que eu
expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. Quando um homem
forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. Mas, quando
chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual
ele confiava, e reparte o que roubou. Quem não está comigo está contra mim. E
quem não recolhe comigo dispersa’” (Lc 11,17-23).
A prática libertadora de Jesus, restaurando a dignidade e a liberdade
das pessoas suscita, por um lado, a admiração das multidões e, por outro, a repressão
dos chefes religiosos de Israel.
Jesus afirma que veio para libertar todos que estão retidos sob o poder
do encardido, ou seja, em poder daqueles chefes religiosos, pois é preciso que
todos saibam que é em nome e no poder de Deus que Ele veio, tornando presente o
Reino de Deus, Seu Pai, entre nós.
Padre Bantu Mendonça
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