Na 1ª leitura, o Servo do Senhor, com a língua e os ouvidos de
discípulo, fortalece a fé e a esperança do povo exilado na Babilônia. Ele sofre
injustamente por causa de sua fidelidade, sendo sustentado diante dos
opressores: O Senhor Deus é o meu aliado, por isso jamais ficarei derrotado.
O hino cristológico, na 2ª leitura, mostra que o Filho de Deus se tornou
Servo, obediente à vontade do Pai até a morte na cruz. Por isso, ele foi exaltado
e proclamado Senhor de todos.
No Evangelho, a entrada messiânica, montado sobre um jumentinho, evoca a
expectativa do povo e as cerimônias de investidura de um novo rei. Jesus revela
um messianismo a serviço da vida, não triunfalista. Ele é o Messias, enviado
por Deus para trazer o dom da paz como plenitude de salvação. O relato da
Paixão começa em torno da mesa da ceia pascal, sinalizando que Jesus é exemplo
de serviço e doação total: Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Os
discípulos dormem, pois precisarão da força da ressurreição do Senhor para
compreender e seguir o caminho da cruz. A palavra do Mestre anima a levantar-se
e orar continuamente, para evitar a tentação e enfrentar os desafios da missão.
Jesus é modelo de homem justo, rejeitado e condenado por oferecer a compaixão e
a misericórdia divina até o fim. A morte na cruz expressa sua entrega plena por
amor: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Torna-se sinal de salvação que
leva à conversão.
Revista de Liturgia
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