Jesus, o eterno Sacerdote


Ensinando no Templo, Jesus perguntou: “Como os mestres da Lei dizem que Cristo é filho de Davi?”. Jesus apontou para uma questão aparentemente sem resposta, e Ele mesmo a respondeu, citando as palavras do Rei Davi: “O Senhor disse ao meu Senhor: ‘Senta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés’”. Olhemos com cuidado o que Davi está dizendo: O Senhor disse “ao meu Senhor”.

As palavras citadas são do Salmo 110,1. Ao falar sobre a expectativa do Senhor que vem, Davi chama Jesus de “Senhor”, o ungido de Deus. Portanto, Davi está falando do Senhor dele quando se refere ao esperado Cristo.

Com essa pergunta, Jesus leva os mestres da Lei a um impasse: o Messias não poderia ser meramente “filho de Davi”, se este O chamou de “Senhor”. O verdadeiro Cristo (o Messias) deveria ser mais do que somente um descendente de Davi.

A Epístola aos Hebreus nos revela a visão dos apóstolos. O escritor da Epístola nos apresenta Jesus como sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, sacerdócio sem início e sem fim.

Segundo a visão de Hebreus, Jesus, descendente de Davi, representava as duas linhas em uma pessoa só: Filho de Davi e Sacerdote.

O escritor da Carta aos Hebreus começa seu esboço com as palavras: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou nestes últimos dias pelo Filho”.

Os mestres da Lei não aceitaram ouvir Jesus sendo chamado “Filho de Davi”, pois a expressão lhes designava o Cristo. Jesus lhes havia demonstrado que o “Filho de Davi” também era o “Senhor” de Davi e eles não souberam contestá-Lo porque, na verdade, Jesus é Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Ele é o eterno Sacerdote.

Padre Bantu Mendonça

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