A 1ª leitura salienta que o pecado de Adão é o de toda a humanidade,
pois a palavra hebraica adam significa ser humano. O orgulho em querer ser
igual a Deus desvia do caminho da salvação. Mas Deus, Criador e Pai, vai ao
encontro do pecador e restabelece sua dignidade, prometendo-lhe a vitória sobre
as forças do mal, simbolizadas pela serpente. Surge uma nova descendência que
se plenificará em Jesus, o Messias vencedor.
Na 2ª leitura, a fé impele a proclamar a esperança em Cristo
ressuscitado, não obstante os sofrimentos e oposições, como o apóstolo Paulo.
Renovados dia a dia pelo amor de Deus, possamos transbordar a ação de graças
para a sua glória.
No Evangelho, Jesus anuncia a Boa Nova mediante uma intensa atividade messiânica e
constitui o grupo dos discípulos. O texto de hoje mostra que os seus parentes
e, sobretudo, os dirigentes religiosos do povo, não compreendem seu ministério,
associando-o ao poder do demônio.
Jesus se revela como o mais forte, pois é o
Messias Salvador que age a serviço da vida apressando a vitória definitiva
sobre o mal. A rejeição à ação de Deus em Jesus é um pecado contra o Espírito
Santo. Trata-se do fechamento radical à salvação de Deus, oferecida
gratuitamente pelo Pai, pelo Filho, com a força do Espírito no batismo A
resistência em acolher Jesus impede a experiência do perdão e da misericórdia
do Senhor. Os que se comprometem com o Mestre e suas palavras, como discípulos
e companheiros na prática libertadora, formam a nova família.
Revista de Liturgia
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