A vida é constituída por perdas e conquistas, derrotas e vitórias, por mais e por menos. Muitos são os que querem ganhar, porém, poucos os que sabem perder.
A medida certa para se constatar a maturidade de uma pessoa é a observação de suas reações diante do sofrimento, pois, uma pessoa madura sabe sofrer com dignidade, paciência, sabe dar tempo ao tempo, esperando o tempo de cada coisa.
Querendo ou não, em determinados momentos da vida a gente perde. Perdemos pessoas, amizades, ocupações, cargos, e principalmente, perdemos os sonhos que tínhamos idealizado como sendo o melhor para nós.
Mas nem sempre tais perdas acontecem para nos diminuir, ao contrário, depende do jeito como as encaramos, e é preciso ter a consciência de que as dores também têm muito a nos acrescentar.
Certa vez um grande Homem, que muito fez em sua vida a experiência de perder disse: “Aquele que quiser salvar a sua vida a perderá, mas o que perder a sua vida por amor… a salvará” (cf. Mc 8,35).
O sofrimento nos acrescenta muito quando aprendemos a dar um sentido a ele, quando o alicerçamos em um nobre sentimento, em uma nobre intenção. O diferencial está na frase: “mas, o que perder a sua vida por amor…”. O sentido está em não deixar de amar mesmo perdendo. Mesmo quando todas as certezas caírem por terra, e mais, o sentido também está em aprender com a dor e a desprezar o que é supérfluo e abraçar o que é essencial.
A perda nos leva à reflexão e, conseqüentemente, a descobrir novos ideais e valores. A dor nos faz valorizar pessoas e não somente coisas.
Todos os grandes homens aprenderam com as perdas e cresceram com a dor. Um excelente exemplo disso é o saudoso João Paulo II, homem que perdeu a mãe quando criança, o pai ainda jovem e também, perdeu muitos amigos sob a pena da ocupação nazista da Polônia na II Guerra Mundial.
Homem que soube fazer de todos esses sofrimentos uma ponte, para encontrar no amor e na luta pela paz um sentido nobre e novo para sua existência, sentido este que o levou a empregar toda sua vida na concretização de tão nobre ideal.
Não olhe para sua vida e para suas dores de maneira negativa, ao contrário supere os rancores e ressentimentos e recomece, permitindo que o tempo e as próprias desventuras lhe ensinem que o menos pode ser mais.
Adriano Zandoná
Retirado do Blog da Canção Nova
Retirado do Blog da Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário