Em algumas comunidades primitivas foi preocupante a questão sobre o lugar de João Batista com referência a Jesus e certamente, na comunidade de Mateus, havia tensão entre os grupos seguidores de João e os cristãos da época em que foi escrito o evangelho. Algo disso se reflete no texto de hoje.
O primeiro a se posicionar a respeito de Jesus foi João Batista. Ele estava preso por ordem de Herodes. Da prisão ouve falar do que Jesus está fazendo e se decepciona. Conforme os profetas, ele tinha anunciado um Messias como juiz escatológico, armado de pá e fogo que viria trazendo ao mundo o julgamento de Deus. Agora, na prisão, os discípulos contam a João notícias de um Jesus benéfico, acolhedor, disposto a perdoar. E João entra em crise de fé e de respeitabilidade por ter anunciado coisas que não se cumprem, como um falso profeta. Por isso João manda seus discípulos perguntarem a Jesus: “és tu o que devia vir, ou devemos esperar outro?”
Jesus não responde diretamente à pergunta de João. Mostra suas ações e manda que João as interprete. Jesus se baseia em outras passagens da escritura, que prometem um Messias manifestação do amor misericordioso de Deus. O cumprimento de profecias messiânicas confirma a missão.
O importante é que João não rompe a sua relação de adesão a Jesus. Mateus mostra a continuidade entre João e Jesus sublinhando que os dois têm a mesma mensagem. O próprio Jesus confirma que João é profeta. Por sua conduta ascética é como o primeiro dos profetas, Elias, que se retirava ao deserto e enfrentava o rei e sua corte.
Neste domingo alegramo-nos com esta boa notícia de que Deus se manifesta em Jesus, não como Juiz, mas como a manifestação amorosa de Deus, acolhendo os fracos, curando os doentes, anunciando a boa notícia aos pobres e pequenos.
Nesta celebração, sentindo a proximidade da festa, reacendemos a lâmpada da nossa espera e deixamos que ecoe em toda a nossa existência o grito insistente e fervoroso: Vem Senhor Jesus! Que ele venha para ativar as mãos enfraquecidas e firmar os joelhos vacilantes e dar esperança a toda pessoa que busca um sentido e luta por tempo novo de justiça e paz.
Retirado da Revista de Liturgia
Um comentário:
3o.Domingo do Advento...Que bom! estamos a caminho de Belem, ao encontro do Menino Deus. E como está o presepio da nossa casa e a manjedoura do nosso coração para acolhê-lo?
E a Alegria que comunica a vida... amor, perdão, reconciliação, fé, esperança e caridade?
"A certeza de que a espera cristã não é vã, torna o Advento um tempo de alegria e de esperança.
O tempo do advento, ao unir o passado(encarnação) com o nosso presente, mostra-nos que a presença de Deus incute alegria e esperança na dinâmica da história humana. Alegrai-vos, pois o Senhor está para chegar!"
Precisamos estar atentos para ler os sinais que o Messias nos apresenta: os cegos vêem, os coxos andam, os surdos ouvem...E nós???...fica a reflexão.
Um Abençoado e Alegre Natal a todos!
Que o Natal de Jesus, não aconteça, só numa noite de confraternização, mas durante os 365 dias do ano que está por vir.
E que a Luz da Família Sagrada, irradie todos os nossos dias de bênçãos e graças.
Jesus, Maria e José a nossa família vossa é, e aumentai a nossa fé. Amém!
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