A parábola que Jesus conta para os fariseus coloca em evidencia a distância que existe entre o rico e o pobre. É uma distancia que atravessa de uma extremidade à outra. De um lado, a distância entre a abundância e a fome que impede o rico de enxergar o pobre. De outro, uma mudança radical de situação que mantém a mesma distância: Lázaro no seio de Abraão e o rico no suplício da sede. Finalmente o rico vê o pobre, embora tarde demais.
O evangelho de hoje é boa nova para os pobres e para quem defende a sua causa. Mostra um Deus compadecido pelo sofrimento dos empobrecidos e decidido a inverter os papéis. Cumpre-se a profecia da Virgem Maria: “Os pobres serão saciados e os ricos, despedidos de mãos vazias”. É uma advertência a toda pessoa que está alienada pelo dinheiro para que tome o único caminho da salvação possível: a partilha e a solidariedade.
A nossa reunião já é sinal de que Deus quer eliminar a distância que separa as pessoas umas das outras. Todos somos convidados a sentar à mesa de sua Palavra e do pão que ele reparte. Às vezes o pobre está muito perto de nós e até dentro de nós. E pode ser que só abraçando o pobre que somos nós mesmos, podemos nos abrir à outra pessoa. Que o Senhor nos dê a sua graça para que possamos ter uma conduta de vida conforme a vida e o ensinamento de Jesus.
Retirado da Revista de Liturgia
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