Os anjos da guarda são
encarregados de velar pelos indivíduos. Esta é uma verdade que pode ser
encontrada em várias passagens da Escritura e da grande Tradição; muitos a
consideram uma “verdade de fé”. A Igreja a aceita e celebra a festa dos anjos
no dia 2 de outubro. Hoje, também os teólogos afirmam que cada indivíduo está
confiado a uma anjo da guarda.
De que maneira o anjo
que Deus ligou à nossa pessoa fica perto de nós? Qual é a missão dele? Que
serviços ele nos presta?
Antes de mais nada, ele
nos faz companhia. Se fizesse só isso, já seria muito. Ter semelhante
companheiro faz com que não nos sintamos sozinhos durante o caminho da vida.
Saber que temos junto de nós, continuamente, um personagem tão importante, que
nos ama e continua a nosso lado, com o qual podemos conversar, já não é um
grande benefício?
Sua tarefa, como o nome
diz, é “guardar-nos”, especialmente contra os ataques do anjo mau, o demônio. O
anjo da guarda se esforça por fazer, para nosso bem, aquilo que o demônio tenta
fazer para nosso mal. Ele nos aconselha o bem e as virtudes, sugere-nos bons
pensamentos, traz à nossa mente lembranças edificantes, tem o cuidado de nos
preparar com bons exemplos e nos oferece ocasiões para atos meritórios. O anjo
da guarda também afasta de nós o perigo, dispõe os acontecimentos de acordo com
suas possibilidades; para o nosso bem, encoraja-nos na prática das virtudes,
estimulando-nos a seguir o caminho da perfeição. Ele nos convida de mil
maneiras a refletir, a meditar a respeito dos motivos para amar Deus e evitar o
pecado.
Nosso anjo não é apenas
um defensor, é também um animador. Faz todo o possível para nos ajudar e põe à
nossa disposição sua inteligência e ciência, sua previdência, seu poder, o
crédito que desfruta diante de Deus. Seu desejo é de empregar tudo isso em
nosso favor. Ele está ao nosso lado, perto de nós, para nosso bem e a nosso
serviço. É um verdadeiro servidor que o Pai nos enviou. Tanta dedicação
inspira-nos total confiança. Nosso anjo quer apenas dar, sem nada receber.
Até o último dos
homens, o mais pobre, o mais humilde, o mais deserdado ou a criança que ainda
não fala têm por servidor um mensageiro do céu. O homem e o anjo juntos: quanta
segurança e quanta dignidade! Sua assistência é contínua, mas, com certeza, ela
fica mais diligente e intensa quando a alma ou o corpo correm algum perigo, na
provação, no sofrimento ou nas dificuldades, sobretudo com a aproximação da
morte, quando a necessidade de socorro é maior.
Monsenhor Jonas Abib
Retirado do livro ‘Anjos
companheiros no dia-a-dia’
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