Domingo da multiplicação dos pães

A 1ª Leitura nos mostra que durante o exílio na Babilônia, tempo de fome e miséria, o profeta faz uma promessa, hoje assumida por nós nesta terra de cativeiro e sofrimento.

Na 2ª Leitura, depois de ter colocado que a salvação se dá pela graça e pela fé em Jesus Cristo, Paulo conclui a primeira parte da carta aos romanos com esta confiança.

O Evangelho nos mostra que ao tomar conhecimento da morte de João Batista, Jesus foge para o deserto.

O ponto de partida para o milagre da multiplicação é a fome da multidão errante. Vendo o povo sofrendo, Jesus encheu-se de compaixão por aquela multidão, curando os doentes e enfrentando o problema da fome.

Na abundância do pão, manifesta-se, para nós, a compaixão do nosso Deus. E esta a Boa Notícia deste Evangelho. Ao mesmo tempo, o Senhor pede que tenhamos os mesmos sentimentos de misericórdia: “dêem vocês mesmos de comer!” Os discípulos têm a missão de enfrentar a questão da fome.

Mas há sempre o risco de acharmos que tudo fica resolvido com o pão. Então é preciso compreender o significado maior desta partilha, vermos neste jantar a realização do banquete messiânico de que fala Isaias. Esse Evangelho repete para nós um apelo universal à compaixão com todos os seres do universo e nos chama a uma atenção permanente com as pessoas que nos circundam.

Nesta celebração, o Senhor nos convida a sentarmos à sua mesa, a entrarmos na intimidade da sua comunhão, a vivermos a alegria do comer junto como sinal da sua entrega e da nossa consagração ao seu Reino. Nossa celebração é sinal de que tudo isso está acontecendo no hoje de nossas vidas.

Jesus nos convida, hoje, a participarmos deste banquete e comermos com ele, para que possamos penetrar mais profundamente no Mistério de sua vida e de sua entrega.

Lembramos que este evangelho mostra a organização do povo de Deus na partilha e na solidariedade. Portanto, é um povo que se planeja, executa, avalia e celebra.

Atenciosamente,

Francisco Ivan de Sousa
Pároco do Santuário de Fátima

Deus está pronto para derramar o céu em bênção sobre você

Hoje, o Evangelho nos traz mais um série de parábolas. Eis que o Senhor compara o Reino dos Céus a uma rede, que apanha peixes, e depois ela é puxada.

Estamos no tempo em que a rede é lançada sobre nós. O importante é permitir que a rede do Senhor nos apanhe por inteiro. Muitas pessoas têm a chance de ouvir a Palavra de Deus, pois o Brasil é um país privilegiado. Há muitas pessoas que tentam enchê-las "de peixe". Vai chegar a hora em que haverá uma separação dos "peixes bons" daqueles que estão "estragados".

Da mesma forma que existe uma tentativa de Deus para nos levar para perto d'Ele, há uma tentativa do maligno de nos afastar do Senhor. Mas quando nos afastamos de Deus, sentimos frio e começamos a apodrecer. E há muitas pessoas que têm tanto para dar certo, mas estão perdendo a esperança.

Talvez o que esteja faltando para você seja bem pouco, mas Deus precisa desse pouco, de uma brecha para a Palavra d'Ele chegar até você e tocar o seu coração. Às vezes, uma pequena decisão, um pequeno gesto, pode mudar a sua vida. Isso precisa acontecer agora.

Há pessoas que passam a metade da vida fazendo de tudo para estragar a segunda metade.

Meu irmãos, Deus está pronto para derramar o céu em bênção sobre você, basta que você Lhe dê uma brecha. Renuncie a todo instinto de revolta que existe em você.

Você que está lendo agora essa pregação, esta é a ocasião em que Jesus está lhe dizendo: volte para mim! Renuncie a todo instinto de revolta. A felicidade verdadeira não é uma situação da vida, mas um estado interior, por isso ela também é uma decisão interior. Como explicar aquele Homem crucificado, humilhado, abandonado pelos amigos, todo ensanguentado, mas, na cruz, parecia irradiar uma paz profunda. O importante é permitir que a rede do Senhor nos apanhe por inteiro

Deus dá a paz para todo aquele que se deixa conduzir por Sua graça. Renuncie a toda espécie de mau humor. Vou dar duas dicas de docilidade para que você faça parte dos justos:

1 – A gratidão. Muitos de nós desconhece o poder do louvor. Quando você louva, todo abatimento começa a perder força. Agradeça a Deus mesmo diante das dificuldades e doenças. Louve sempre, porque poderia estar pior. Há pessoas em situações piores do que a sua. Mesmo que pareça impossível de resolver um problema, não deixe a dor arrancar a fé existente em seu interior. Traga sempre um sorriso no rosto. Não permita que o reino do mal esvazie tudo de bom que o Senhor colocou em você.

2 – Reze. Transforme as situações da sua vida em oração. Nada melhor do que uma “situaçãozinha” de conflito para colocar tempero na sua vida. Transforme as preocupações em motivação para a oração.

Você que se sente solitário, saiba que a solidão é condição para a oração. Quem quer rezar precisa se retirar, e nosso Pai, que vê o que está escondido, o recompensará.

Não sei qual o seu problema, mas sei qual é a solução: é o Senhor, que está no meio de nós.

“Toque, Senhor, este filho com Suas mãos chagadas. Visite, Senhor, aqueles que se sentem revoltados com as doenças, as desgraças da vida. Toque este filho, envie Seu Espírito para que aconteça o grande momento de encontro. Pai, o Senhor é bom e Sua bondade se revela a nós. Eu O louvo, Senhor, porque Seu Espírito suscita neste momento. Basta que me toque, Senhor, e minha alma se fortalecerá”.

Que o Espírito Santo faça germinar a semente. Mesmo que a noite esteja escura, dê uma chance a si mesmo, porque basta que o Senhor o toque e sua alma será fortalecida.

Padre Delton Filho
Retirado do Blog da Canção Nova

Batismo no Espírito Santo

"É Ele que vos batizará no Espírito Santo e no fogo" (Mt 3,11)... Esta promessa vai ter seu cumprimento, externo e visível ao mesmo tempo, no dia de Pentecostes: "Então apareceram línguas como de fogo. (...) Todos ficaram repletos do Espírito Santo" (At 2,3-4).

Igualmente a palavra de Jesus: "Eu vim para atear fogo sobre a terra" (Lc 12,49), refere-se ao dom do Espírito, ou ao menos o inclui. Quanto a Paulo, também ele, implicitamente compara o Espírito ao fogo, recomendando que não se deve "apagar" o Espírito (cf. 1Ts 5,19).

Para descobrir o que é que a Revelação quis nos dizer com isto, devemos ver o que o fogo simboliza na Bíblia. Vamos então descobrir que o fogo tem múltiplos significados, alguns positivos, outros negativos. O fogo ilumina (como no caso da coluna de fogo, no Êxodo), aquece, inflama, devora os inimigos, punirá por toda a eternidade os ímpios.

Mas, entre todos esses significados, há um que se destaca e predomina sobre os outros: o fogo purifica. Também a água simboliza muitas vezes a purificação, mas com uma diferença importante que a própria Bíblia enfatiza: "...o ouro, a prata, o ferro, o estanho e o chumbo, tudo o que pode resistir ao fogo, deveis passar pelo fogo para que seja purificado. (...) O que não resistir ao fogo, fareis passar na água lustral" (Nm 31,22-23).

O fogo é o símbolo de uma purificação mais profunda, radical. A água purifica por fora, o fogo também por dentro. Canta o salmista: "Examina-me, Senhor, e submete-me à prova, purifica no fogo meus rins e coração" (Sl 26,2). As coisas preciosas - o ouro, no âmbito material, a fé no espiritual - são provadas no fogo (cf. 1Pd 1,7)...

A esta luz se deve compreender também a definição de Deus como um "fogo devorador". A sua santidade e simplicidade não toleram mistura alguma, e põem a nu todo o mal e o devoram. Somente quem afasta de si o mal "poderá agüentar um fogo devorador" (cf. Is 33,14s). em certo sentido, o título de "fogo" limita-se a explicitar o adjetivo de "Santo" que acompanha o nome "Espírito". O Espírito é fogo porque é Santo...

Em Pentecostes - escreve Cirilo de Jerusalém - os apóstolos receberam "o fogo que queima os espinhos dos pecados e dá esplendor à alma"...

Um antigo responsório que se recitava no Ofício de Pentecostes diz: "Sobreveio um fogo divino, que não queima, mas ilumina, não consome, mas brilha; encontrou os corações dos discípulos como receptáculos puros e distribuiu entre eles os seus dons e carismas"...

Resumindo esta tradição sobre o fogo de Pentecostes, dotado do poder de criar e destruir, um grande poeta moderno escreve: "A pomba desce, fendendo os ares, com chama incandescente de terror, e as línguas declaram que a única esperança (ou desespero) está na escolha entre queimar ou queimar, ser remidos do fogo pelo Fogo".

Nós "escolhemos" passar pelo fogo que redime para não sofrer um dia o fogo do juízo que destrói...

A partir deste momento, o Espírito começa a agir como um fogo, não mais porém como fogo que purifica e refunde, mas como fogo que aquece e inflama... A Liturgia resgata esse ensinamento quando nos faz dizer, na Missa de Pentecostes: "Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor", e ainda, na Seqüência: "Aquece o que está frio"...

Santo Efrém Sírio cantou profunda e poeticamente esta prerrogativa do Espírito de aquecer, fecundar e derreter o gelo do pecado, que faz a alma ficar rígida de frio: "Com o calor, tudo amadurece; / graças ao Espírito, tudo é santificado: / símbolo evidente! / O calor derrete o gelo dos corpos: / o mesmo faz o Espírito com a impureza dos corações. / Ao primeiro calor, saltam os bezerrinhos na primavera; / assim também os discípulos, quando o Espírito desceu sobre eles. / O calor rompe os troncos do inverno que mantêm flores e frutos prisioneiros: graças ao Espírito Santo, / quebra-se o jugo do maligno, / que impede à graça desabrochar. / O calor desperta o seio da terra adormecida: / o mesmo faz o Espírito Santo com a Igreja".

Também para João da Cruz, são dois os efeitos da Chama viva de amor: ela purifica a alma e lhe infunde força, vivacidade e ardor por Deus. Não se contenta em purificar-nos do pecado, mas prolonga a sua ação em nós até nos fazer "fervorosos no Espírito" (Rm 12,11). Comporta-se como o fogo quando se apega à lenha úmida: primeiro o expurga, arrancando-lhe com barulho todas as impurezas, depois o inflama progressivamente, até que se torne toda incandescente e ela mesma se transforme em fogo.

Concretamente, isto quer dizer que o Espírito Santo nos preserva de cair na tibieza e, se por acaso já tivermos caído na tibieza ou estivermos caindo, livra-nos dela. Da tibieza não se pode sair sem uma intervenção do Espírito Santo, intervenção nova, decisiva. Podemos vê-lo na vida dos apóstolos. Antes de Pentecostes, eram pessoas tíbias. Não eram capazes de vigiar uma hora, discutiam sempre quem seria o maior, ficavam espantados diante de qualquer ameaça. Mas, que diferença depois que sobre eles vieram pairar as línguas de fogo. A partir daquele momento, tornaram-se a viva imagem do zelo, do fervor e da coragem. Fervorosos no pregar, no louvar a Deus, no fundar e organizar as Igrejas e, enfim, no sacrificar a vida por Cristo...

Pouco adianta dizer: é preciso aplicar à doença da tibieza o remédio do fervor! É como dizer a um doente que o remédio para o seu mal é a saúde, ignorando que justamente este é o seu problema: a falta de saúde. Não, o remédio para a tibieza não é o fervor, mas é o Espírito Santo. O fervor é o contrário da tibieza, não é o remédio para ela.

Com isto há uma esperança também para nós. Se nos parece diagnosticar em nós os sintomas deste "mal obscuro" da vida espiritual - a tibieza - se descobrimos que estamos apagados, frios, apáticos, insatisfeitos com Deus e com nós mesmos, existe remédio, e é infalível: precisamos de um belo e santo Pentecostes! Com o auxílio da graça, é possível sair da tibieza. Houve grandes santos que, como eles mesmos o admitiram, se tornaram santos depois de um longo período de tibieza. É o que desejamos pedir ao Espírito Santo.

Retirado do Site da Comunidade Shalom

A amizade amadurecida

Uma das características da infância é a incapacidade de dividir coisas. Uma criança não pode dividir porque não se possui, porque ainda não sabe o que ela é. Você começa a identificar a maturidade a partir do momento em que uma criança consegue perceber as regras de um joguinho.

A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.

Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento em que começa a brincar. A maturidade acontece quando tomamos posse do que nós somos, para aí então podermos nos dividir com os outros. Isso faz parte desse processo de amadurecimento.

Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas, já adultas, ainda pensam assim, trata-se da incapacidade de amar devido à falta de maturidade.

Todos os encontros de Jesus Cristo levam à implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantá-lo quem é adulto e já entende que só se começa a amar a partir do momento em que eu não quero mudar quem eu amo.

Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao lado d'Ele.

Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento com relação à nossa maturidade.

A santidade começa na autenticidad, por essa razão Cristo nos pede que sejamos como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para nós mesmos.

Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém o observe, pois você já viu aquilo como um valor.

Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos; ao passo que pessoas maduras deixam que os fatos as modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou.

Muitas vezes, os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não as trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabemos que esses defeitos não serão espelhos para nós; mas seremos instrumentos de Deus para que os superem.

Padre só pode ser padre a partir do momento em que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.

Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer dele uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança!

O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.

Amar alguém é viver o exercício constante de não querer fazer do outro o que nós gostaríamos que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é, acima de tudo, a experiência do respeito.

Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e, por isso, você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades você saberá o quanto é amado.

Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.

O convite da vida cristã é este: que você possa ser mais do que você faz!

Padre Fábio de Melo
Retirado do Blog da Canção Nova

A solução para nossa vida é buscar a Deus

Os Dez Mandamentos, que Moisés recebeu de Deus, no alto do monte, eram os mandamentos básicos para o povo se tornar gente, porque esse profeta não aguentava mais governá-lo. O profeta se colocou na presença do Senhor e expôs a situação: "Deus, eu não aguento mais! O Senhor me envolveu com esse povo, estou no meio dele, só que não aguento mais! Deus, o que é que eu vou fazer?".

Moisés foi buscar a sabedoria do Altíssimo, porque ele estava totalmente envolvido. O Senhor o envolvera com aquele povo. Ele se sentia responsável por todos, sofria por eles e padecia nas mãos daquela gente. Mas em todas as situações ele se dirigia a Deus. Sempre, em tudo, Moisés recorria ao Senhor. Era o intercessor: estava com o povo e estava com Deus.

A atitude do intercessor é a de estar envolvido com o povo, com os irmãos e com a situação destes. Ele está com o coração partido pelas coisas que os irmãos vivem, mas sabe que não vai poder solucionar nada por si mesmo. Moisés já tinha aprendido: quando quis solucionar a questão por conta própria e foi fazer justiça com as próprias mãos, matou um egípcio e estragou tudo (cf. Ex 2,11-15).

O intercessor se põe entre Deus e o povo. Ele permite que o Espírito Santo ore e peça nele e que Ele advogue por eles. Por isso, acaba se tornando íntimo do Todo-poderoso, mesmo sendo fraco e pecador. Deus o faz íntimo. O intercessor está cooperando com Ele e o Senhor lhe fala como servo. Ele anuncia, de antemão, o que vai acontecer. Antes que alguém perceba, o servo de Deus começa a ter a intuição de que alguma coisa está por acontecer e que é preciso pedir, interceder, tomar posição. Deus realmente segreda aos Seus íntimos aquilo que só Ele conhece e julga importante que os Seus servos saibam.

O que podemos constatar é que em todas as situações Moisés buscava a Deus. Justamente por isso o Senhor lhe trazia a solução. Sempre e em tudo recorria a Deus Pai. Buscava d'Ele a solução. Deus se sensibilizava e atendia, nunca faltava a solução. O Altíssimo está precisando de intercessores assim nos grupos, nas comunidades, nas paróquias.

Talvez você tenha se decepcionado, se magoado e se ferido muito com a pessoa com quem você se casou. Mas essa pessoa é carne da sua carne, osso dos seus ossos. Nem foram vocês que se uniram. Foi Deus quem os uniu, e vocês não podem negar: ele(a) é a sua carne. E, se errou, se foi infiel, ainda assim é sua carne. Sei da decepção e da tristeza do seu coração; e da depressão em que você entrou; mas a solução para sua decepção é assumir a posição verdadeira do intercessor.

Monsenhor Jonas Abib
Retirado do livro "Orando com Poder"

A beleza da amizade

No conturbado mundo de hoje a ausência da verdadeira amizade é uma das causas de inúmeros males. É este laço sagrado que une os corações. Quirógrafo das almas nobres é a afeição que fundamenta o lídimo amor, sendo este a própria amizade em maior intensidade. Desde a mais remota antiguidade o homem se interrogou sobre a essência da amizade. Filosofou sobre este aspecto da interação humana.

Podemos dizer que a amizade é uma certa comunidade ou participação solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou bens determinados. É uma disposição ativa e empenhadora da pessoa. O valor da amizade foi revelado pela Bíblia: “O amigo fiel não tem preço” (Sl 6,15), pois “ele ama em todo o tempo” (Pv 17,17). “O amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, deparou um tesouro” (Ecl 6,14). “O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo” (Ec 6,16).

A função psicossocial da amizade é, assim, de rara repercussão. Ela é fator de progresso, pois o amigo autêntico aperfeiçoa e educa pela palavra e pelo exemplo; é penhor de segurança, uma vez que o amigo leal é remédio para todas as angústias, dado que a amizade é força espiritual. Entretanto, há condições para que floresça a amizade.

Pode-se dizer que são seus ingredientes: a sinceridade, a confiança, a disponibilidade, a tolerância, a compreensão e a fidelidade.

Saint-Exupéry afirmou: “És eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Na plenitude dos tempos Jesus apresentou-se como legítimo amigo. Ele declarou: “Já não vos chamo servos, mas amigos” ( Jo 15,15) e havia dito: “Ninguém dá maior prova de amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos” (Jo 15,13)..

Rodeou-se de pessoas, às quais se repletaram dos eflúvios de Sua bondade. Felizes os que O conheceram, como Lázaro, Marta, Maria, Seus amigos de Betânia; os Doze apóstolos; Nicodemos; Zaqueu; Dimas, o bom ladrão; e tantos outros. É, porém, preciso levar a amizade a sério.

A Bíblia assegura que “O amigo fiel é medicina da vida e da imortalidade” (Ecl 6,16). Disse, porém, Santo Agostinho: “A suspeita é o veneno da amizade”. Bem pensou, porque a amizade finda onde a desconfiança começa.

O amigo é luz que guia, é âncora em mar revolto, é arrimo a toda hora. Esparge raios de sol de alegria, derramando torrentes de clarões divinos. Dulcifica o pesar. Tudo isso merece ser pensado e repensado. É essencial, todavia, meditar também sobre o ensinamento bíblico: “Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a ele” (Ec 6,17).

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Retirado do Blog da Canção Nova

Domingo do tesouro escondido

As parábolas do tesouro escondido e da pérola preciosa mostram que o reino de Deus é um mistério que nos encanta e atrai – valor absoluto - e que, por isso mesmo, pede uma consagração total de nossa parte. Já a parábola da rede que apanha todo o tipo de peixe está em relação com o domingo anterior, com a parábola do joio e do trigo: mostra que o mistério do reino está escondido e misturado com outras realidades e que, apenas no final dos tempos, poderá ser desvelado completamente e alcançará sua realização definitiva. Quem compreende esta dinâmica do reino torna-se discípulo e discípula de Jesus e, portanto, pode partilhar com outros esta riqueza da vida evangélica.

O discípulo do Senhor não é simplesmente alguém que detém uma doutrina ou um conhecimento intelectual. Também não é apenas alguém que pratica determinadas regras morais ou apresenta determinados tipos de comportamento. Antes de mais nada, o discípulo é um iniciado no reino de Deus, alguém que faz a experiência deste reino e, exatamente por isso, conhece sua dinâmica, sua tradição e seus caminhos.

A liturgia que celebramos todo o domingo não é apenas nosso culto a Deus, expressão de nosso carinho e dever para com o Cristo. Ela se torna, por excelência, o lugar onde fazemos a experiência do reino, onde somos iniciados nos seus mistérios, onde nos são revelados seus símbolos e sua linguagem.

Salomão, na 1ª leitura, consciente da grandeza de sua missão, pede a Deus um coração sábio para governar o povo com justiça e retidão.

No salmo, o orante encontra na palavra de Deus um tesouro mais precioso que o ouro; um manancial de luz e sabedoria.

A 2ª leitura salienta que Deus conduz todos os acontecimentos.

Retirado da Revista de Liturgia

A multiplicação prodigiosa

Entre as mensagens que a prodigiosa multiplicação dos pães oferece não se pode deixar de admirar a imensa munificência de Cristo diante da perplexidade dos Seus discípulos a lhe dizerem num lugar deserto: “Despede as multidões para que possam ir aos povoados comprar comida”. (Mt 14,13-21). Eles tinham apenas cinco pães e dois peixes, mas ali estava o poderoso Filho de Deus, que possuía um coração transbordante de amor e que se compadeceu de quantos tinham vindo a Ele.

O evangelista detalhou que eram mais ou menos cinco mil homens sem contar mulheres e crianças. O pouco que havia não inquietava o Mestre. O que contava a Seus olhos era Sua intenção sincera de realizar um ato de generosidade. Ele ensina, com isso, que se deve fazer o bem ainda que as dificuldades sejam enormes, deixando-nos o recado de que nunca o nosso pão é tão pequenino que não o possamos repartir com o próximo em necessidade. O que conta diante de Deus é a reta intenção de ajudar o irmão em todas as circunstâncias. O amor aos outros é indissociável do amor de Deus, pois os dois mandamentos são o vértice e a chave da Lei.

Dirá São João: "Quem não ama seu irmão a quem vê não poderia amar Deus a quem não vê". São Paulo mostrará aos Gálatas que “toda a lei compendia-se nestas simples palavras: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Gl 5,14). Trata-se da obra única e multiforme de toda fé viva. Portanto, no fundo, só há um só amor. Este, porém, se manifesta na doação. Lembrava, com razão: "O espírito enriquece com o que recebe; o coração, com o que dá”, afirma Victor Hugo. Entretanto, cumpre observar que o amor do próximo é essencialmente religioso, não é uma simples filantropia. Com efeito, o modelo é o próprio amor de Deus. Além disto, sua fonte é a obra divina no interior de cada um.

Não poderemos ser misericordiosos com o Pai celeste se o Senhor não no-lo ensinar, como mostrou São Paulo aos Tessalonicenses: "Quanto à caridade fraterna, não precisais que eu vos escreva, pois vós mesmos aprendestes de Deus a amar-vos uns aos outros" (Tl 4,9).

Foi o que ele frisou também aos Romanos: "O amor de Deus se encontra largamente difundido nos nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado" (Rm 5,5). O fundamento de tudo isso é que o próprio Deus nos toma por filhos, como ensinou São João: "O amor vem de Deus e todo aquele que ama é gerado por Deus e conhece a Deus {...] porque Deus é amor" (I Jo 44, 7-8). Amando os nossos irmãos amamos o próprio Senhor como está no relato do Juízo universal: "Na verdade vos digo que tudo que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40).

É de se notar ainda como base do magno ensinamento de Jesus, quando multiplicou os pães, o fato de formarmos o Corpo de Cristo e, por isso, o que se passa com o próximo não pode ser indiferente ao verdadeiro cristão. Aí está a razão pela qual Cristo fez do preceito do amor o Seu sublime testamento: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13,34).

Tão grande dileção não permitiria que Ele despedisse a multidão faminta e, ao mesmo tempo, deixasse de oferecer tão inefável lição. Ele desejava deixar claro que Seu amor continuaria a se exprimir por meio da caridade que os discípulos mostrassem entre si. Amando como Cristo os cristãos viveriam uma realidade divina e eterna.

A fraternidade deveria ser uma comunhão total na qual cada um se engajaria com toda sua capacidade de amor e de fé. Trata-se de um amor exigente e concreto.Tocante o desejo que Jesus expressou ao Pai: "Que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles" (Jo 17,26). A generosidade seria inclusive a carteira de identidade do batizado: "Nisto todos vos reconhecerá como meus discípulos: no amor que tiverdes uns para com os outros" (Jo 13,35).

A essência desta dileção é a doação. Foi o que o apóstolo dos gentios compreendeu e pôde proclamar: "Fiz-me tudo para todos para a todos salvar" (I Cor 9,22).

O coração do cristão deve ser como a Hóstia Consagrada, que é outro Pão multiplicado maravilhosamente por Jesus, no qual cada parcela infinitésima em que fosse dividido seria capaz de conter, vivo e perfeito, o tesouro do amor do Coração d'Aquele que se apiedou da multidão lá no deserto.

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Retirado do Blog da Canção Nova

Dependência afetiva

A dependência afetiva é um estado que faz parte da natureza humana por nascermos dependentes tanto no campo físico (alimentação, cuidados, etc.) quanto no campo afetivo. As experiências que vamos adquirindo em nosso desenvolvimento farão com que tenhamos ou não nossa independência afetiva. É muito importante esclarecer que essa independência não significa individualismo, muito menos com solidão. É, sim, a capacidade de não nos vincularmos excessivamente a alguém, é a possibilidade de tomarmos nossas decisões, escolhas e dar passos na capacidade e na autonomia de cuidar de nós mesmos e assumir o que fizemos de certo ou errado.

Para que você possa perceber se é uma pessoa excessivamente dependente de alguém é importante observar alguns pontos:

• Você precisa de alguém para sentir-se seguro e tranquilo?
• Percebe que, mesmo em situações simples de escolha e decisão, precisa desta pessoa ao seu lado?
• Sente-se dependente para fazer escolhas, precisando da aprovação desta pessoa?
• Sente que sua autonomia é prejudicada, ou seja, é difícil fazer algo sem aquela pessoa?

É claro que muitos de nós gostamos que uma outra pessoa dê uma opinião a nosso respeito (se a roupa está bonita em nós, se devemos comprar algo, se devemos mudar de emprego e tantas outras decisões), o que não significa que sejamos dependentes. A dependência se caracteriza sempre que há algum excesso, aquela dificuldade em sair do lugar sem que o outro nos apoie, como uma muleta, um suporte, que precisamos e fazemos questão de carregar em toda nossa vida.

Quando estamos nessa situação, geralmente temos dificuldade para perceber, negamos essa dificuldade e nos irritamos quando somos apontados como dependentes. E temos também dificuldades com a autoestima e a maturidade emocional, e costumamos fazer outras coisas em excesso, como trabalhar, comer, beber, falar, jogar, entre outros. Podemos ainda viver sentimentos muito extremos (amar demais, odiar demais) bem como sensação de vazio e falta de significado em nossa vida, sem compreender exatamente o que está ocorrendo.

Nem sempre as escolhas afetivas dependentes são conscientes e claras para quem passa por isso. Dependências podem se dar com coisas, objetivos, drogas, jogos, chegando a pessoas e a palavras amigas. A dependência afetiva faz com que procuremos exteriormente o apoio e a proteção para suportarmos os problemas vividos nos relacionamentos e nas situações sociais. Somos humanos e somos efetivamente influenciados o tempo todo. Vale lembrar que, como seres sociais que somos, efetivamente seremos influenciados e influenciaremos o tempo todo e isso faz parte de nossa natureza.

Das relações sadias, por meio das quais os pais estimulam e acreditam no potencial de uma criança, – fazendo com que ela supere desafios e aprenda a ganhar e a perder –, é que nasce uma autoestima positiva e a sensação de segurança pessoal, bem como a capacidade de cuidar de si. No entanto, quando isso não ocorre, muitas vezes, vamos buscar esta dependência a fim de que outra pessoa nos estimule, mas quando entra o excesso, passamos a não viver mais sem a ajuda dela, mesmo em pequenas decisões. É interessante, pois, nessa relação "disfuncional" sempre haverá o outro, ou seja, aquele que é a pessoa mais segura na relação, mas que, de alguma forma, também alimenta essa dependência.

Sendo assim, é muito importante que a pessoa dependente estabeleça limites em seus relacionamentos, reconhecendo sua realidade, que, muitas vezes, passa pela negação dos fatos e a ilusão de viver em situações fantasiosas. Da mesma forma, ela deve assumir a responsabilidade em administrar suas necessidades, reconhecer suas atitudes, emoções e seus comportamentos, sejam eles positivos ou não, percebendo as vivências da raiva, do medo, da vergonha, da culpa e, com isso, reconhecendo estas questões em sua vida e comprometendo-se com a mudança.

Elaine Ribeiro
Retirado do Blog da Canção Nova

Amizade, um dom de amor

A amizade é um dom do amor. Surge sem escolha e, muitas vezes, une pessoas completamente diferentes. Quem ama respeita, compreende e admira o que há de diferente e especial no outro. Amizade verdadeira não sufoca, não oprime, amizade de verdade constrói, potencializa, engrandece.

Para os filósofos gregos a amizade era sempre expressão da virtude. Pitágoras, que dirigia pessoalmente um grupo filosófico de amigos, chamava a amizade de mãe de todas as virtudes. Por isso só podem firmar uma amizade pessoas que se esforçam para ser virtuosas e nas quais está uma boa semente.

Quem só gira em torno de si é prisioneiro de si mesmo e incapaz de amizade. Platão, um dos mais importantes filósofos gregos, afirma: “Deus faz os amigos; Deus traz o amigo para o amigo.” Na amizade – diz Platão – cintila um pouco o mistério de Deus.

A amizade não pode ser fabricada, portanto, cultive a amizade daqueles que o Senhor colocou em sua vida como canal de bênção, verdadeiros amigos.

Todos nós precisamos de amor puro uns dos outros, os homens precisam receber o amor puro das mulheres, as mulheres precisam receber amor puro dos homens. Fomos criados para amar e receber amor. Precisamos do amor puro dos amigos.

Amigo não é um conhecido. Amigo é amigo. Consegue nos corrigir, dizer as coisas como elas são, as verdades que não queremos ouvir. Até ficamos chateados, nos afastamos deles, mas passam as horas, os dias e… voltamos atrás, nos entendemos, nos humilhamos e tudo muda.

Falando em mudança, amigo tem o poder de nos transformar e faz isso porque nos conhece e nos ama como somos.

O livro “O pequeno príncipe” entrou na minha história quando tinha 8 para 9 anos. Uma riqueza para toda a vida e todas as idades. Confira essa beleza lendo este trecho, um diálogo bem verdadeiro entre o príncipe e a raposa sobre amizade:

O pequeno príncipe vivia só em seu planeta. Como não suportou mais a falta de um amigo, saiu à procura, por todo o Universo, de quem o compreendesse e aceitasse sua amizade. Chegou a Terra e ficou parado, próximo a um trigal, à espera de alguém para conversar.

Obrigada Senhor por me agraciar com essas pessoas em minha vida. Sim, meu Deus eu sou abençoada por cada um desses que o Senhor colocou em minha história. Tu sabes tudo, especialmente as minhas maiores necessidades, e por que sabes e reges a minha vida providenciaste para mim pessoas, gente que como eu sente, chora, ri, tem necessidades, porém por que foram escolhidas por Ti trazem em si a unção, a capacidade de me amar do jeito que sou e me engrandecer por isso. Mais uma vez eu percebo, eu reconheço o amor que tens por mim, meu Deus. Os meus amigos são o sinal de que não me deixas desamparada, estás comigo Senhor através deles. Por cada gesto concreto, cada correção, cada verdade dita, cada lágrima partilhada, cada noite mal dormida (de tanto conversar rsrs ou rezar), as risadas, a paciência, o silêncio, a espera, o perdão… Gratidão, é o que tenho a declarar. Encontrei pedras preciosas, encontrei o maior tesouro, preciso cuidar, zelar, cativar, senão o ladrão vem e rouba, destrói, divide.

Neste dia entrego cada um de meus amigos em Tuas mãos, Senhor. Se não fui ou não sou tudo aquilo que eles precisam ou esperam, completa, Senhor, restaura, cuida…

Precisamos eternizar as pessoas nos nossos corações, assim elas nunca morrerão; continuarão vivas e perto!

Neste Dia do Amigo, a você, meu tesouro, que já é eterno em mim, a gratidão!

Eliana Ribeiro
Retirado do Blog da Canção Nova

Psicólogo, uma ajuda para transpor problemas

Comemoramos, no dia 27 de agosto, o Dia do Psicólogo, profissional especializado em avaliar o comportamento humano, seus processos mentais e os fenômenos psíquicos, problemas emocionais, mentais ou de personalidade.

Mesmo em 2010, com tantas novidades tecnológicas e a quebra de tantos preconceitos, ainda é muito comum pessoas que precisam passar por tratamento psicológico se sentirem complexadas e até deixarem de procurar ajuda especializada por pensarem que psicólogo é "coisa pra louco" ou que é futilidade ou bobeira.

Cabe ao psicólogo "estudar o comportamento dos homens com o objetivo de orientá-los a enfrentar suas dificuldades emocionais e ajudá-los a encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção".

A atuação do psicólogo se dá em diversas áreas, incluindo área clínica, hospitalar, social, escolar, empresarial, esportiva. Esse profissional trabalha na promoção da saúde psicológica de indivíduos e grupos, em hospitais, centros de saúde, clínicas, creches, escolas, empresas, asilos, penitenciárias e órgãos judiciais.

Muitas pessoas podem pensar: "Mas que bobeira! Eu não preciso de psicólogo...". Vale lembrar que cada pessoa reage de forma diferente ao mesmo tipo de situação de vida. Já reparou que algumas pessoas passam tranquilamente por uma perda e outras não? Que algumas sabem lidar facilmente com dificuldades e outras não?

Muitas vezes, por mais que uma pessoa tenha fé e acredite em Deus (fato que é muito importante em qualquer tratamento e situação de vida), ela precisará do apoio de outros profissionais que a ajudem a superar situações difíceis, como perdas, doenças, acidentes e traumas de qualquer natureza, que, por algum motivo, ela não tenha condições emocionais de superá-las.

Esse profissional, ao conversar e ouvir os problemas daquele que o procura, de acordo com o tipo de terapia que realiza, ajudará o paciente a transpor suas dificuldades pessoais. Vale lembrar aqui que psicólogos não receitam medicamentos. Este papel é do médico psiquiatra; este, muitas vezes, trabalha em conjunto com o psicólogo. Um diagnosticando e medicando e o outro dando formas para que a pessoa compreenda suas emoções e comportamentos e possa, então, superar suas questões emocionais.

Lembramos que não apenas do médico ou do psicólogo depende a cura, mas especialmente da colaboração e da determinação do paciente em favor do tratamento, colaborando com aquilo que é solicitado e, é claro, nunca deixando de acreditar, de ter fé!

É essa graça que temos; cada um sendo um, único e diferente em sua forma de ser e reagir. Portanto, ir ao psicólogo deve ser percebido, cada vez mais, como algo natural que faz parte dos cuidados de saúde, comparado da mesma forma quando temos um sintoma físico, por exemplo, uma dor de cabeça e procurar um médico especialista.

Com este artigo, pude apresentar um pouco mais sobre essa profissão [psicologia], especialmente na área clínica e também parabenizar todos os psicólogos pelo seu dia.

Que Deus abençoe a cada um e que possamos seguir firmes em nossa caminhada!

Abraço fraterno!

Elaine Ribeiro
Retirado do Blog da Canção Nova

Uso do Escapulário

O devoto do Escapulário deve sempre rezar alguma oração mariana, como o terço, por exemplo. Deve orar por si e também pelos outros, principalmente pelos que sofrem, pela Igreja e pelas vocações sacerdotais.

O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.


 
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO CARMO

“Ó Senhora do Carmo, revestido de vosso escapulário, eu vos peço que ele seja para mim sinal de vossa maternal proteção, em todas as necessidades, nos perigos e nas aflições da vida. Acompanhai-me com vossa intercessão, para que eu possa crescer na Fé, Esperança e Caridade, seguindo a Jesus e praticando Sua Palavra. Ajudai-me, ó mãe querida, para que, levando com devoção vosso santo Escapulário, mereça a felicidade de morrer piedosamente com ele, na graça de Deus, e assim, alcançar a vida eterna. Amém.”

Retirado do Blog da Canção Nova

Domingo do trigo e do joio

As duas parábolas acentuam que o Reino de Deus acolhe todos os povos. O joio é uma erva daninha semelhante ao trigo até a formação das espigas. Os servos, ao constatarem a presença do joio, querem arrancá-lo. O dono do campo, porém, afirma: Deixai crescer um e outro até a colheita! Na hora da colheita, o critério para distinguir os frutos, o trigo do joio, é a prática do mandamento do amor ao próximo. Apesar das dificuldades, a colheita do trigo é assegurada pela graça do Senhor. O Reino abriga todos os povos, como ilustra a imagem dos pássaros que fazem seus ninhos no arbusto da mostarda. A pequena semente de mostarda, que se transforma numa grande árvore, e o fermento, que leveda uma enorme quantidade de massa, sublinham a força dinâmica de crescimento do Reino. Assim, as pequenas comunidades cristãs são animadas a superar os desafios na difusão do evangelho.

Na 1ª leitura, muitos se perguntavam por que Deus não intervinha para castigar os pecadores. Então, o autor mostra que Deus usa sua força para perdoar e salvar. Sua misericórdia estende-se sobre todos e seu desejo é que mudem de vida. Deus cuida de suas criaturas com amor e espera que o ser humano faça o mesmo.

O salmista reza confiante ao Senhor, Deus de piedade e compaixão, cheio de amor e fidelidade.

A 2ª leitura destaca que o Espírito nos ensina a orar segundo a vontade de Deus. O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis, auxiliando-nos a viver uma relação confiante de ternura com o Pai.

Retirado da Revista de Liturgia

Saudade ...

É assim que o padre Fábio de Melo define o chamado de quem compõe, escreve ou canta: a tentativa de aproximar o coração humano do coração de Deus. Nesses dias, senti muita saudade... Isso me fez dar mais atenção a esse tema, que sempre foi fonte de inspiração para lindas e importantes obras de arte ao longo da história.

Mas o que seria saudade? Será aquele sentimento que chega de mansinho e invade a alma, arrastando-nos, por um instante, a pessoas e lugares, que passaram por nossas vidas, os quais agora estão distantes? Acredito que saudade seja muito mais que isso!

Talvez seja aquela certeza que, lá no fundo da alma, nos garanta: valeu a pena! Quando vivemos com intensidade as oportunidades que Deus nos dá, as pessoas e os fatos não passam como o vento em nossa vida... Eles levam um pouco de nós consigo e deixam um pouco deles conosco. Esse pouco ou, às vezes, muito, do que é deixado em nós, é que desperta em nós, de vez em quando, o sentimento que chamamos de saudade. Padre Fábio ainda afirma: "De todas as certezas que possuo, esta é a mais bela: sou metade incompleto, que só a eternidade poderá preencher, não posso negar: o meu coração tem saudades do céu... deseja voltar". De todas as saudades, acredito que esta seja a mais real e a menos compreendida: Saudade do céu!

Santo Agostinho, a meu ver, é quem melhor consegue explicar esse sentimento, quando diz que o homem nasceu do coração de Deus e permanecerá inquieto enquanto não retornar a Ele. Talvez, seja por isso que saudade traz em si um misto de eternidade. Mas, como lidar com esse sentimento sem sufocá-lo nem deixar que ele nos maltrate quando se trata de algo com o qual precisamos conviver? Primeiro, devo concordar com o diácono Nelsinho, quando diz: "Só se tem saudade do que é bom!"

Portanto, se esse sentimento lhe trouxer alguma sensação ruim, o maltratando e o arrastando para a tristeza, merecerá outro nome. Saudade, cuja essência é um sentimento ligado a algo bom, deverá, portanto, trazer-nos alegria e inspirar-nos coisas boas, trazendo-nos paz, mesmo que seja uma paz inquieta. De maneira simples, lido com a saudade comunicando-me como e quando posso com os entes queridos. Está provado que a comunicação ameniza esse sentimento [saudade].

Quando não posso mais me comunicar com alguém, como é o caso do meu pai, que já está na eternidade, rezo por ele e procuro lembrar dos momentos bons que vivemos juntos, das histórias que ele me contava, dos conselhos que me dava e de tantos outros fatos. Essas boas lembranças me alegram a alma. Só se tem saudade do que é bom! Deus é bom, talvez seja por isso que nosso coração tenha tanta saudade d'Ele.

Dijanira Silva
Retirado do Blog da Canção Nova

O perdão

O perdão começa sempre em nosso coração. Passa depois pela nossa inteligência. É uma decisão! Depois de concebido no coração e gestado no pensamento, ele [perdão] ganha vida por uma decisão irreversível e explícita. Enquanto não perdoamos, perpetuamos a falsa ideia de que a vingança e o ódio podem ser remédios para curar nossa dor, a vingança parece ser mais justa do que o perdão. Mas é só na hora. A longo prazo suas consequências serão terríveis e cruéis.

O perdão afeta o presente e o futuro, mas não pode mexer no passado. Não adianta nada querer sonhar com o passado melhor ou diferente. O passado foi o que foi. Não há o que fazer para mudá-lo. Podemos e devemos assimilá-lo e aprender o que ele tem a nos ensinar. Mais do que isso é impossível.

A esperança por um passado melhor é uma ilusão do encardido [demônio]. Ele é o grande especialista em passado. Jesus, ao contrário, nunca fez nenhuma pergunta sobre o passado de nunhuma pessoa. Ele nunca fez uma regressão ao passado com ninguém. Nem mesmo com aqueles que tinham sérios problemas afetivos e até sexuais. Parece estranho que o Senhor não tenha realizado uma sessão de cura interior das etapas cronológicas com Maria Madalena, Maria de Betânia, a Samaritana, Zaqueu, Pedro, Tiago e João, Judas e tantos outros que, por suas atitudes, demonstraram carregar sérios problemas oriundos da infância e mesmo na gestação.

Cristo não retomava o passado porque sabia que a única coisa que podemos fazer em relação ao passado é enxergá-lo de um jeito novo e aprender com o que ele tem a nos ensinar. Mas isso se faz vivendo intensamente o presente e projetando o futuro. Jesus foi o grande mestre do perdão. Ele nos mostra que o perdão não acontece de uma hora para outra e nem pode ser uma tentativa de abafar ou simplesmente ignorar essa dor. O perdão é um processo profundo, repetido tantas vezes quantas forem necessárias no nosso íntimo. A pressa é inimiga do perdão!

O perdão nos ensina a nos relacionar, de modo maduro, com o passado. Não é um puro esquecimento dos fatos, nem sua condenação. Não é a colocação de panos quentes e muito menos a tentativa de amenizar os acontecimentos. Perdoar é ser realista o suficiente para começar a ver o passado com os olhos do presente, voltados para o futuro.

Quem não perdoa não consegue se libertar das garras, interiores e exteriores, daquele que o machucou. Mesmo que seja necessário se afastar, temporária ou definitivamente, dessa pessoa, só podemos fazê-lo num clima de perdão.

Antes de colocar para fora do nosso coração alguém que nos machucou é preciso perdoá-lo. Sem perdão, essa pessoa vai permanecer ocupando um espaço precioso de nossa vida e continuará tendo um poder terrível sobre nós.

Retirado do livro Gotas de cura interior
Padre Leo

13 de Julho - 3° Aparição de Nossa Senhora

Rodeados por três a quatro mil pessoas, Nossa Senhora, disse:

“Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.

- Queria pedir-Lhes para nos dizer quem é, para fazer um milagre para que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.

- Continuem a vir aqui todos os meses. Em Outubro direi quem eu sou, o que quero e farei um milagre que todos hão-de ver, para acreditar.

Pouco depois acrescentou:

- Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.

A Senhora abriu as mãos, das quais saiu um farol de luz que pareceu penetrar pela terra dentro. Diante dos olhos aterrados dos Pastorinhos espraia-se (espalha-se) um imenso mar de fogo em que estão mergulhados os demónios em figuras horríveis e asquerosas, e as almas dos condenados, em forma humana, flutuando sem peso, nem equilíbrio, no turbilhão de labaredas e nuvens de fumo, soltando gritos de dor e desespero.

- Assustados e como que a pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora, que nos disse, com bondade e tristeza:

Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. E ensina-lhes esta súplica humilde para intercalarem nos mistérios do terço:

Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno: levai as alminhas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem”.

Na primeira parte deste segredo distingue-se a visão do inferno, onde os Pastorinhos aterrorizados com aquela visão, vêem mergulhados em um mar de fogo muitos demônios mas, também as almas dos condenados. Nisto implica, o castigo pelo pecado neste mundo de guerras, erros e fome que espalhados pela Rússia, tornam-se um grande inimigo da Paz.

Em sequência desta visão Nossa Senhora afirmou:

“Para Salvar as almas, Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz. A Guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofenderem a Deus… Começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e da perseguição à Igreja e ao Santo Padre.

Para impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão a paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da Fé, etc. Isto não o digais a ninguém.

Ao Francisco, sim, podeis dizê-lo”.

Portanto, neste trecho está contida a segunda parte do Segredo, que traduz em uma intervenção de Deus como um remédio espiritual, onde, por meio da devoção ao Imaculado Coração de Maria e da Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados, poderá evitar todos estes males das guerras.

Até então, a segunda parte do segredo ficou guardada na memória dos Pastorinhos durante alguns anos. Só em Dezembro de 1925, em Pontevedra – Espanha, é que Nossa Senhora autoriza Lúcia já a se preparar para a vida religiosa, a torná-la pública. Quanto à terceira parte do segredo, manteve-se em segredo por mais alguns anos, a pedido da própria Nossa Senhora. Veremos mais detalhadamente sobre a terceira parte do Segredo na IV parte, porém o mais importante aqui, é percebermos que na segunda parte do Segredo, Nossa Senhora fala, não de forma conclusiva mas, ainda a lapidar a respeito das duas devoções; a Devoção ao Imaculado Coração de Maria e a Devoção Reparadora dos Primeiros Sábados.

Podemos dizer que, a primeira etapa da segunda parte do Segredo já foi cumprida, quando a Devoção ao Imaculado Coração de Maria correspondia em si à Consagração da Rússia e do Mundo ao Seu Imaculado Coração, concluída no dia 25 de Março de 1984, pelo Papa João Paulo II, em Roma. Porém a segunda etapa está ainda em plena revelação, quando diz respeito à Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados, que só foi então esclarecida mais tarde, numa terceira sequência das aparições, na Espanha.

Retirado do Livro Memórias da Ir. Lúcia