As parábolas do tesouro escondido e da pérola preciosa mostram que o reino de Deus é um mistério que nos encanta e atrai – valor absoluto - e que, por isso mesmo, pede uma consagração total de nossa parte. Já a parábola da rede que apanha todo o tipo de peixe está em relação com o domingo anterior, com a parábola do joio e do trigo: mostra que o mistério do reino está escondido e misturado com outras realidades e que, apenas no final dos tempos, poderá ser desvelado completamente e alcançará sua realização definitiva. Quem compreende esta dinâmica do reino torna-se discípulo e discípula de Jesus e, portanto, pode partilhar com outros esta riqueza da vida evangélica.
O discípulo do Senhor não é simplesmente alguém que detém uma doutrina ou um conhecimento intelectual. Também não é apenas alguém que pratica determinadas regras morais ou apresenta determinados tipos de comportamento. Antes de mais nada, o discípulo é um iniciado no reino de Deus, alguém que faz a experiência deste reino e, exatamente por isso, conhece sua dinâmica, sua tradição e seus caminhos.
A liturgia que celebramos todo o domingo não é apenas nosso culto a Deus, expressão de nosso carinho e dever para com o Cristo. Ela se torna, por excelência, o lugar onde fazemos a experiência do reino, onde somos iniciados nos seus mistérios, onde nos são revelados seus símbolos e sua linguagem.
Salomão, na 1ª leitura, consciente da grandeza de sua missão, pede a Deus um coração sábio para governar o povo com justiça e retidão.
No salmo, o orante encontra na palavra de Deus um tesouro mais precioso que o ouro; um manancial de luz e sabedoria.
A 2ª leitura salienta que Deus conduz todos os acontecimentos.
Retirado da Revista de Liturgia
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