A 1ª Leitura nos mostra que durante o exílio na Babilônia, tempo de fome e miséria, o profeta faz uma promessa, hoje assumida por nós nesta terra de cativeiro e sofrimento.
Na 2ª Leitura, depois de ter colocado que a salvação se dá pela graça e pela fé em Jesus Cristo, Paulo conclui a primeira parte da carta aos romanos com esta confiança.
O Evangelho nos mostra que ao tomar conhecimento da morte de João Batista, Jesus foge para o deserto.
O ponto de partida para o milagre da multiplicação é a fome da multidão errante. Vendo o povo sofrendo, Jesus encheu-se de compaixão por aquela multidão, curando os doentes e enfrentando o problema da fome.
Na abundância do pão, manifesta-se, para nós, a compaixão do nosso Deus. E esta a Boa Notícia deste Evangelho. Ao mesmo tempo, o Senhor pede que tenhamos os mesmos sentimentos de misericórdia: “dêem vocês mesmos de comer!” Os discípulos têm a missão de enfrentar a questão da fome.
Mas há sempre o risco de acharmos que tudo fica resolvido com o pão. Então é preciso compreender o significado maior desta partilha, vermos neste jantar a realização do banquete messiânico de que fala Isaias. Esse Evangelho repete para nós um apelo universal à compaixão com todos os seres do universo e nos chama a uma atenção permanente com as pessoas que nos circundam.
Nesta celebração, o Senhor nos convida a sentarmos à sua mesa, a entrarmos na intimidade da sua comunhão, a vivermos a alegria do comer junto como sinal da sua entrega e da nossa consagração ao seu Reino. Nossa celebração é sinal de que tudo isso está acontecendo no hoje de nossas vidas.
Jesus nos convida, hoje, a participarmos deste banquete e comermos com ele, para que possamos penetrar mais profundamente no Mistério de sua vida e de sua entrega.
Lembramos que este evangelho mostra a organização do povo de Deus na partilha e na solidariedade. Portanto, é um povo que se planeja, executa, avalia e celebra.
Atenciosamente,
Francisco Ivan de Sousa
Pároco do Santuário de Fátima
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