Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus

O evangelho das bem-aventuranças resume o programa de Jesus e, por conseqüência, o caminho do discípulo. O cerne do manifesto são as oito bem-aventuranças, entendidas não como mandamentos, mas como bênçãos, isto é, como dons que nos vêm da parte de Deus, por meio de Jesus. Nisto consiste a santidade: participação na vida de Deus por iniciativa dele. Não é fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus com suas forças.

Da nossa parte, porém, a condição é que sejamos pobres, que acompanhemos a testemunha fiel, Jesus Cristo, no seu caminho de amor e entrega a esse reino. A santidade é cada um de nós dar a sua parcela de contribuição neste mundo. Não importa se somos pessoas de muitas qualidades ou não. O importante é que a nossa consagração seja total, que não usemos de medidas estreitas quando se trata da busca de Deus e da missão.

Como aquela multidão na montanha, a assembléia reunida no dia do Senhor recebe esta palavra como bênção que a confirma e pede novas atitudes. O caminho das bem-aventuranças é certamente um programa de vida para a comunidade e a pessoa que segue Jesus. A liturgia tem a função de sempre nos lembrar disso, colocando-nos diante do próprio Jesus, o bem-aventurado de Deus.

Na 1ª leitura, as comunidades cristãs, no final do século I, fortalecidas pelo Senhor ressuscitado, resistem às tribulações.

A 2ª leitura mostra que nossa filiação divina é dom de amor do Pai. O empenho em seguir com fidelidade o projeto de Deus Pai possibilita caminhar na esperança de nos tornarmos semelhantes ao Filho.

Retirado da Revista de Liturgia

Nenhum comentário: