1º Domingo do Advento - Domingo da vigilância

Neste início do advento e do ano litúrgico, Marcos conclui o seu discurso escatológico acentuando a exortação à vigilância, como meio de preparar a vinda do Senhor. O convite a vigiar, repetido ao longo do texto, é um apelo dirigido a todos os cristãos, neste tempo especial da graça de Deus revelada em Cristo, o Messias Salvador. O exemplo do homem que, antes de viajar, delega tarefas a seus servos ressalta a necessidade de continuarmos a missão de Jesus, na fidelidade ao projeto de Deus. A figura do porteiro, que espera vigilante a chegada de seu patrão, nos ensina a permanecer despertados para abrir as portas e acolher o Senhor que vem ao nosso encontro. O Senhor, o Kyrios, chega quando menos se espera, a qualquer hora da noite e manifesta sua presença de salvação nos acontecimentos da vida de cada dia.

Ele inaugura uma nova páscoa, uma noite de vigília até que amanheça o dia da realização plena de seu Reino. Sua presença liberta da escuridão porque Ele é a luz que ilumina e guia no caminho. Por isso, suas palavras despertam uma atitude de esperança, que conduz a um compromisso dinâmico na construção do Reino.

Na 1ª leitura, o povo, numa situação social e política de dependência e desolação, em meio à fragilidade, como um vaso de argila, espera o socorro de Deus, com confiança.

Paulo, na 2ª leitura, ao contemplar a fidelidade dos cristãos de Corinto, rende graças a Deus, motivando-os a crescer na comunhão com Cristo que os torna irrepreensíveis, enquanto aguardam a manifestação plena da salvação.

Retirado da Revista de Liturgia

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