Vocês sabem que o Evangelho começa com Jesus recebendo o Espírito Santo, Ele também recebe a força do Espírito para realizar as boas obras, como resultado da experiência do batismo no Rio Jordão, Ele foi em todos os lugares e a todas as pessoas que se apresentavam a Ele, dava-lhes a Boa Nova, curava os doentes e os que estavam sobre o poder do mal.
Fazer o bem, não é só fazer obras sociais. São Pedro diz que Jesus foi a todos fazendo o bem, e lembra que o bem, era curar os que estavam sobre o poder de satanás. Pedro não esquece do segredo de Jesus, Jesus estava com o Pai sempre repleto do Espírito Santo. Se não somos capazes de fazer o que Jesus fazia é porque Deus não está conosco, não estamos repletos do Espírito Santo, essa é a parte central da Boa Nova do Senhor.
No ministério de cura e libertação orientamos o que cada um precisa para experimentar a cura. É preciso viver a vida em maturidade emocional, para que possamos fechar as portas das emoções que abrimos para satanás. Como reconhecer que o inimigo está trabalhando? Nós vemos o inimigo afetando nossa vida em várias áreas, principalmente na nossa vontade para que ela esteja sob a vontade dele com vícios de álcool e droga. São áreas que podem estar sob poder de satanás.
Jesus foi tentado a fugir dos soldados romanos, mas Ele fez uma oração que devemos fazer sempre: “Pai, se é possível que eu não passe por esse sofrimento, mas que não seja feita a minha vontade, mas a Sua vontade”. É a melhor e mais curta oração que podemos fazer. Assim, Jesus pôde se libertar da tentação de satanás que queria dominar a Sua vontade. Jesus nos ensina isso na oração do Pai-nosso. “Que seja feita a vontade de Deus aqui na terra como no céu”, é a melhor oração que podemos fazer. No início de meu ministério eu fazia só oração de exorcismo, e vinha tanta gente que eu não tinha tempo de fazer as orações de exorcismo, e fazia a Oração do Pai-nosso, a melhor oração.
O inimigo não ataca só a nossa vontade, mas também a nossa mente. Muitas vezes não pensamos como Deus pensa, mas como o inimigo pensa. Pensamos com sentimentos de medo, inveja, e não sentimentos de paz, mas Jesus diz que nos dará a paz. São Paulo diz que Jesus não nos dá somente a paz, mas Ele é a paz.
O inimigo também pode atacar o nosso corpo. Encontro com pessoas com supostas doenças físicas, mas percebo que muitas das doenças não tem origem física. O que o inimigo mais quer atacar nesses tempos é a família, principalmente pelo pai alcoólatra. O inimigo quer atacar as famílias pelo aborto e abuso sexual de menores.
Precisamos ter nossas casas abençoadas, usando sal abençoado. E você não pode esquecer as fontes do mal, elas podem nos atingir até através da nossa árvore genealógica. Podem chegar através das pessoas que estão no mesmo ambiente que nós, até da nossa própria família. Não vamos culpar somente os outros, as vezes buscamos ajuda com o inimigo de Deus, porque estávamos em desespero, é falta nossa. Fazendo assim, nos expomos as forças de satanás.
Como o mal sai do inimigo e chega a mim? Até mesmo com coisa para comer e beber, ou fingindo de bonzinho e nos dando presente, através de imagens compradas em santuário, mas com má intenção. Muitas vezes somos cristãos medíocres, nos comportamos como pagãos, tendo mais fé nas coisas do mundo que nas coisas de Deus.
Nós padres precisamos pedir ao Senhor o dom da fé para que possamos proporcionar paz e cura ao nosso povo. Jesus deu aos discípulos o segredo do ministério: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai” (João 14, 12). Eu fico pensando como Jesus fala uma coisa dessa, que faremos coisas maiores que Ele. Ele não é invejoso, que Salvador maravilhoso nós temos, não tem ninguém como ele.
Antes de rezar pedindo libertação precisamos, acima de tudo, perdoar quem nos feriu, sem isso não acontece a cura, não acontece libertação. E o segundo bloqueio para nossa libertação é quando não arrependemos do mal que fizemos e culpamos outras pessoas. A Bíblia diz que somos todos pecadores e precisamos confessar nossos pecados todos os dias, precisamos pedir perdão a todas as pessoas que ferimos, principalmente os que estão próximo a nós. Arrependimento não é só com Deus, o problema é entre nós, temos que perdoar entre nós.
E o último bloqueio para a libertação é não ter renunciado as seitas ocultas, esse é maior bloqueio para a libertação, e com frequência as pessoas pensam que não precisam renunciar, e isso é da cultura. Esse é um problema do Brasil, acham que não é necessário e não conseguem renunciar a todas as práticas ocultas que participaram, somente quando remove esse bloqueio, podemos rezar pela libertação.
Padre Rufus Pereira
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