O comportamento humano é algo misterioso que me cativa desde sempre. Lembro-me de que, quando era criança e viajava, gostava de ficar olhando as casas ao longo da estrada e imaginando quem morava nelas e como era a vida daquelas pessoas. Os anos se passaram e mudei até de país, mas isso não mudou. Continuo gostando de observar as pessoas, é com elas que aprendo diariamente muitas lições de vida. Encanta-me o fato de, mesmo tendo chegado aos 7 bilhões de habitantes no planeta, não existir ninguém igual a ninguem. Quanto mais a tecnologia avança nas decobertas científicas, tanto mais fica claro o quanto o ser humano é complexo, misterioso e encantador.
Se ficamos parados em um ponto onde circulam muitas pessoas por exemplo, rapidamente identificamos diversos tipos de comportamento. Vemos pessoas apressadas, sorridentes, pessoas serenas, alegres e também pessoas sérias, tristes e preocupadas. Em qual dos grupos você se encontra hoje?
E como se não bastasse o fato de sermos diferentes uns dos outos, também mudamos constantemente de comportamento e isso nos faz ainda mais misteriosos. Há dias em que tudo paresse colorido ao nosso redor, estamos de bem com a vida e conseguimos superar os desafios com facilidade e leveza. Somos gentis, sorrimos à toa, dizemos palavras doces e somos amáveis até com quem nos tenta ofender. Mas nem sempre é assim, também existem aqueles dias em que tudo parece nublado, cinzento e uma “certa” angústia no fundo da alma vai como que roubando nosso sorriso e o gosto pela vida. É preciso ter calma e lembrar que tudo é passageiro. Os dias coloridos e os dias cinzentos passam, a vida, no entanto, segue seu rumo e entre um compromisso e outro, muitas vezes, sem perceber porque tivemos esta ou aquela reação, vamos nos superando e tentando vencer dia após dia. Falta-nos tempo para nos interessarmos por nós mesmos e mais ainda pelas pessoas, o que, na verdade, creio ser essencial para a nossa felicidade.
É certo que nossa vida corrida nos impede de gastar mais um minuto ouvindo aquele que tanto necessita falar de suas dores, ou olhar nos olhos do porteiro quando dizemos: "bom dia", mas é preciso atenção. A pressa, característica dos nossos tempos modernos, tem nos aproximado de um dos maiores inimigos da felicidade: a superficialidade.
Certamente aí onde você está agora, basta acionar um botão para mudar muitas coisas. A tecnologia está por todos os lados e facilita as coisas, “aproxima distâncias”, podemos ir de um lado a outro do mundo em um "click". Porém, aqui vale o adágio: “Com gente é diferente”, e precisa ser diferente!
Acredito que o interesse pelos semelhantes deva fazer parte dos nossos projetos, já que, de certa forma, estamos todos interligados. Creio também que a indiferença não será jamais a melhor forma de sobrevivência, muito menos o meio para encontrar a felicidade.
Neste mundo cada um tem uma missão e por mais distinta que ela seja, vamos precisar uns dos outros para a realizar. Aliás você se perguntou porque veio a este mundo? Já parou para pensar sobre isso? Se já viveu a experiencia e não encontrou resposta satisfatória eu recordo que como filhos de Deus, fomos criados sua imagem e semelhança por amor e para amar. Logo nossa principal missão enquanto peregrinos aqui na terra, é amar. É por isso que quanto mais nos afastamos desta meta, mais distantes ficamos da verdadeira felicidade.
O isolamento e o medo de amar, males tão característicos dos nossos dias, leva-nos a optar por relações superficiais e interesseiras que não edificam, antes desgastam a pessoa e destroem sua dignidade de filhos de Deus. Como se não bastasse, o isolamento traz também o estresse, a depressão e tantos outros males. A grande pergunta provável diante desta descoberta será: mas, então, o que devo fazer?
Tenho uma ótima notíca, existem saídas! Tomo a liberdade de apontar-lhe duas: a primeira é o cultivo de relações afetivas intensas e profundas que possam ajudá-lo a encontrar forças e sentido para viver. Não tenha medo de amar verdadeiramente, pois você nasceu para isso e sua felicidade está aí. Não espere ser amado, ame! Vá ao encontro de quem precisa de amor. Asseguro-lhe que não vai precisar andar muito. Nos lares, nos orfanatos, nas esquinas e até dentro de nossas casas existem muitos necessitados de amor.
Já a segunda saída, não menos importante, é o reencontro com Deus e consigo mesmo por meio da espiritualidade. As práticas de piedade, a participação dos sacramentos e, é claro, tudo isso, unido à firme decisão de mudar, vai certamente lhe proporcionar uma vida nova e feliz.
Existem coisas que só você pode fazer por você mesmo... Mas se der os passos Deus estará sempre pronto para ajudá-lo. Lembre-se: a felicidade que você procura passa por suas decisões de hoje, por isso mão à obra.
Estou unida e rezo por você!
Dijanira Silva
Retirado do Blog da Canção Nova
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