A 1ª Leitura nos mostra que no antigo testamento, os reis e os chefes do povo eram também chamados de pastores do povo. Mas eles nunca cumpriram bem este papel. Ao contrário, muitas vezes destruíam e exploravam o povo. Vejamos, neste contexto, a promessa de Deus proclamada pelo profeta Ezequiel, na esperança de que ela se cumpra hoje para nós.
Na 2ª Leitura a comunidade de Corinto queria uma resposta para a questão da morte. O apóstolo Paulo esclarece este problema e nos ajuda a compreender este dilema da vida humana.
O Evangelho nos mostra que na comunidade de Mateus muitos continuam perguntando: Quando acontecerá a vinda do Senhor? O evangelho de hoje vem dá esta resposta. Nas comunidades de Mateus, em resposta a quem quer saber quando virá o Senhor, há profetas que anunciam dia e hora em que o mundo vai terminar, como muita gente hoje em dia.
Mas segundo o evangelho deste domingo, é inútil alguém esperar o dia final para encontrar o Senhor. O dia do julgamento é hoje. Seremos julgados pelo amor que, a cada dia, dedicamos aos pequeninos.
Escutando esta palavra na Festa de Cristo, Senhor do Universo, somos chamados a perceber que Jesus é rei porque anuncia o Reino de Deus e o mostra presente entre nós.
Um reino muito diferente dos poderes estabelecidos, em nada parecido com a prepotência dos que ergue a sua fama sobre a fome das multidões e o engano dos pobres. Um reino que pede a nossa máxima atenção, porque coincide com as coisas muito pequenas. Como rei ele exerce o julgamento, cujo critério é o encontro banal de cada momento.
Nesta celebração, é importante que nos coloquemos a escuta desta palavra para permitir que ela avalie profundamente a nossa vida. Até mesmo o serviço aos pobres pode estar mascarado por nossas preensões e desejo de projeção.
Que o Senhor nos dê a graça de encontrar no pobre, seja ele o faminto, o prisioneiro ou o doente, a sua presença. E que este encontro transforme a nossa vida. Entender o reinado de Cristo significa entender a expressão máxima do seu amor. Seu reino é a vitória definitiva do amor. A realeza de Cristo é, pois, a realiza de todos nós.
Deus o abençoe,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima
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