A Palavra de Deus,
hoje, fala ao nosso coração que as desgraças, tragédias e tantas situações
inusitadas que acontecem no mundo não são castigo nem iniciativas do coração de
Deus.
Se acontece um acidente
e morre uma pessoa ou duas, mas uma sobrevive, não é que esta seja mais santa
que as outras que morreram naquela situação. Não é porque um avião caiu e você
não estava nele, que você é melhor do que aqueles que morreram naquele
acidente. Na verdade, você teve uma oportunidade a mais para rever sua própria
vida.
É verdade, sim, que a
bênção de Deus, quando nós a invocamos, quando pedimos “Senhor, livrai-nos do
mal!”, o fazemos com fé, para que ela nos acompanhe. Mas aqueles que, de alguma
forma, foram vítimas de uma tragédia ou de algum acontecimento drástico na
humanidade, não são vítimas de um castigo divino. Ao contrário, o olhar que
Deus tem sobre a humanidade é de misericórdia.
Não é Ele quem
determina o que vai nos acontecer. O Senhor deu aos homens a capacidade de
cuidar e direcionar a própria vida. Ele pode nos livrar, pela nossa fé, de
algumas situações, mas a verdade é que, quando situações trágicas chegam, o
coração humano já se acostumou a culpar Deus: “Por que, meu Senhor? Por quê?”.
Ele é quem mais sofre quando os dissabores humanos chegam, quando acontecem
situações que doem, apertam o coração.
Deus não queria que
fosse assim, nós é quem cuidamos da vida para que ela aconteça. Alguém está
construindo um prédio e toda a inteligência, toda a capacidade tem de ser usada
para que desastres e acidentes não aconteçam. Depois que se investiga,
percebe-se que houve tantas falhas humanas, houve essa ou aquela negligência em
toda situação; às vezes, é mais fácil não olhar as falhas humanas e atribuir a
culpa a Deus.
Saibam de uma coisa,
independente do tempo que temos de vida, de tal situação ter ou não acontecido,
aproveitemos bem o tempo.
Para Deus, o tempo bem
vivido, seja três, 30, 50 ou 60 anos de vida, o que vale é a intenção de se converter
a cada dia. O que Deus deseja é que possamos dar muitos frutos, que não sejamos
pessoas de vida estéril na produção dos frutos da vida.
Não adianta viver 60,
80, 90 anos, e vivermos na esterilidade e não produzir frutos de santidade. Dói
demais ver qualquer jovem morrer! Mas muitos deixam um exemplo de vida, e nós,
que muitas vezes vivemos tanto tempo, não sabemos produzir frutos. Eu não sei
quanto tempo de vida nós temos pela frente, pode ser que tenhamos o hoje e o
amanhã, pode ser que tenhamos ainda muito tempo pela frente, mas não percamos
tempo, a hora é agora de produzir frutos e não deixar a vida passar de forma
inútil.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
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