Jesus, depois de passar
a noite em oração no monte das Oliveiras, retorna ao Templo e ensina ao povo
como de costume (Lc 20,1; 21,1.37; 22,53). Os escribas e os fariseus armam uma
cilada para Jesus, apresentando-lhe uma mulher surpreendida em adultério. A Lei
prescrevia o apedrejamento para a mulher, mas também para o homem (Lv 20,10; Dt
22,22-24), que aqui nem é mencionado. Se Jesus concordasse com a aplicação da
Lei contradiria suaprática misericordiosa de acolhida e perdão; se rejeitasse o
cumprimento da Lei poderia ser acusado de menosprezá-la. Então Jesus, como fez
em outras ocasiões (Mc 12,13- 17), devolve a questão a seus interlocutores. Seu
gesto, ao escrever duas vezes na terra, lembra as tábuas da Lei(Ex 24,12;
31,18; 34,1) e indica a nova aliança centrada no amor e no perdão. O
ensinamento de Jesus chama ao reconhecimento das próprias fragilidades: Aquele
que estiver sem pecado seja o primeiro a lhe atirar uma pedra. Enviado não para
julgar, mas para salvar (Jo 3,17), Jesus não condena a mulher que permanece no
meio, à escuta de sua palavra. Ele a encoraja a trilhar o caminho da vida nova:
Vai e não peques mais. Com ternura e misericórdia leva atransformar as
situações de pecado e morte em vida plena. Sua atuação manifesta o Deus
defensor dos oprimidos como na história de Suzana, acusada injustamente (Dn
13).
O profeta Isaías, na primeira leitura, faz renascer a esperança do povo sofrido.
Ele proclama um anúncio de salvação com sentido messiânico e escatológico, que
vai além da libertação dos exilados na Babilônia.
O salmo convida a celebrar as
maravilhas do Senhor, como o povo ao retornar do exílio.
Paulo, na Carta aos
Filipenses, ensina a partir da própria experiência a conformar-se a Cristo em
sua morte para alcançar com ele a ressurreição.
Quem se conhece a si
próprio, é mais lendo em julgar e condenar. Mas nem sempre é fácil empreender
esta peregrinação em busca de si mesmo. Sofremos a influência de uma cultura
das aparências, que julga com critérios superficiais como aqueles homens do evangelho.
Jesus que conhece profundamente o coração humano, tem outro olhar para além das
aparências e dos critérios da lei.
Escutando esta Palavra
na assembleia litúrgica, acolhemos nela toda a ternura do Pai que nos cura de
nossas enfermidades e nos alegra com o seu perdão. Que esta experiência nos
eduque a a olhar os outros como Deus nos olha.
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