Domingo da Epifania do Senhor

Realiza-se a profecia de Isaías, que convida o povo a levantar da situação de trevas e escuridão do exílio para ver a luz que ilumina as nações (Lc 2,32).

O salmista sonha com a realização do reinado de Deus, quando as nações de toda a terra hão de adorar e servir o Senhor.

A carta aos Efésios enfatiza que o plano de Deus revelado em Cristo destina-se a todos os povos, que se tornam participantes da mesma herança de salvação.

Os magos, portadores de tradições sapienciais do Oriente, chegam à Jerusalém à procura de Jesus, chamando-o Rei dos Judeus como na cruz (27,37). Eles representam todos os povos, que seguem o caminho de Deus manifestado em Cristo: Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Herodes e o centro do poder, Jerusalém, ficam preocupados com o anúncio profético de Belém, como lugar de nascimento do Messias para apascentar o povo (Mq 5,1-4a). A estrela que por um momento havia desaparecido volta a brilhar e inunda os magos de alegria, como as mulheres na manhã da Páscoa (28,8). Ao chegar em Belém, os magos viram o menino, prostraram-se e o adoraram, oferecendo-lhe presentes que simbolizam sua identidade e missão. Por meio do ouro reconhecem a realeza universal de Jesus; com o incenso o adoram como o Deus conosco e com a mirra reverenciam a sua encarnação até a morte de cruz, trazendo de vida nova para a humanidade. A experiência do encontro com Jesus indica outro caminho aos magos, diferente da proposta de Herodes e seus aliados que tramam a morte do “menino” (2,16). A adesão dos magos a Jesus é profecia da missão evangelizadora da Igreja a “todas as nações” (28,19).

 “Epifania”, que em grego significa manifestação, expressa que salvação de Deus revelada em Cristo se destina a todos os povos. Os sábios do Oriente representam toda pessoa que recebe a iluminação de Deus e dá plena adesão ao seu chamado.

Nesta celebração, em profunda adoração ao Pai, com os magos e todos os adoradores de Deus, oferecemos nossos dons, não somente ouro, incenso e mira, mas o próprio Jesus Cristo, imolado e recebido em comunhão no pão e no vinho transubstanciados pela força amorosa do Espírito.

Revista de Liturgia

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