Isaías, na primeira
leitura, descreve o amor e a solicitude de Deus com o povo através do cântico
da vinha. Esse cântico apresenta também a denúncia dos governantes, por
produzirem “uvas azedas” de injustiça e exploração dos pobres.
Na segunda leitura, a
prática dos ensinamentos recebidos leva a permanecer na vida nova em Cristo,
testemunhada na busca do que é verdadeiro, justo, puro, amável, virtuoso.
Na Galileia, havia
grandes latifundiários que arrendavam suas terras e recebiam parte dos frutos
produzidos. A parábola da vinha arrendada, contada por Jesus no evangelho deste
domingo, se insere neste contexto. E Jesus a narra para justificar sua opção
pelos excluídos (os pobres, os pagãos). O proprietário dedicado à sua vinha
refere-se a Deus, o cuidador fiel do seu povo. Ele confiou a vinha aos
vinhateiros, isto é, aos líderes do povo. Eles, porém, não entregaram os frutos
no tempo devido, não colocaram suas vidas a serviço do direito e da justiça.
Deus enviou profetas, para mostrar o caminho da aliança. Os vinhateiros, porém,
perseguiram os profetas e não os escutaram. Deus, que não cansa de enviar
defensores, depois de João Batista, o último dos profetas, enviou o próprio
Filho para anunciar a Boa Nova do seu Reino. Jesus foi rejeitado e morto fora
da vinha, fora dos muros de Jerusalém. Então o dono da vinha vai entregá-la a
agricultores que garantam os frutos na colheita.
Revista de Liturgia
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