27º Domingo do Tempo Comum

Isaías, na primeira leitura, descreve o amor e a solicitude de Deus com o povo através do cântico da vinha. Esse cântico apresenta também a denúncia dos governantes, por produzirem “uvas azedas” de injustiça e exploração dos pobres.

Na segunda leitura, a prática dos ensinamentos recebidos leva a permanecer na vida nova em Cristo, testemunhada na busca do que é verdadeiro, justo, puro, amável, virtuoso.

Na Galileia, havia grandes latifundiários que arrendavam suas terras e recebiam parte dos frutos produzidos. A parábola da vinha arrendada, contada por Jesus no evangelho deste domingo, se insere neste contexto. E Jesus a narra para justificar sua opção pelos excluídos (os pobres, os pagãos). O proprietário dedicado à sua vinha refere-se a Deus, o cuidador fiel do seu povo. Ele confiou a vinha aos vinhateiros, isto é, aos líderes do povo. Eles, porém, não entregaram os frutos no tempo devido, não colocaram suas vidas a serviço do direito e da justiça. Deus enviou profetas, para mostrar o caminho da aliança. Os vinhateiros, porém, perseguiram os profetas e não os escutaram. Deus, que não cansa de enviar defensores, depois de João Batista, o último dos profetas, enviou o próprio Filho para anunciar a Boa Nova do seu Reino. Jesus foi rejeitado e morto fora da vinha, fora dos muros de Jerusalém. Então o dono da vinha vai entregá-la a agricultores que garantam os frutos na colheita.


Revista de Liturgia

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