Na primeira leitura, o
episódio da serpente levantada por Moisés no deserto é sinal de salvação e
apelo a voltar para o Senhor, seguindo seus ensinamentos.
A segunda leitura é um
hino que exalta o esvaziamento, a “kénosis” de Cristo até a morte na cruz, que
o fez receber de Deus glória e poder.
O evangelho de hoje faz
parte da narrativa sobre o encontro de Jesus com Nicodemos, um fariseu importante
que o procura à noite. Apresenta o objeto da fé cristã que dá a vida: a
elevação de Jesus na cruz, simbolizada pela serpente. O verbo levantar, com o
sentido de elevar e exaltar, no grego, indica que o acontecimento da cruz é a
glorificação de Jesus. Sua entrega total por amor transforma o escândalo da
cruz em fonte de vida e salvação. O Pai revelou seu plano de amor à humanidade
pela obra do Filho: Ele amou tanto que deu o seu Filho único que se ofereceu em
amor por nós. Ele foi enviado ao mundo para salvar, não para julgar e condenar.
Quem acredita no nome do Filho de Deus encontra a alegria da salvação, a luz da
vida plena que dissipa as trevas. O texto completo termina com o apelo de
Jesus: Quem pratica a verdade se aproxima da luz. Para passar das trevas da
noite à luz do dia é necessário “nascer de novo”, renascer para a vida nova
garantida por aquele que foi exaltado na cruz.
Revista de Liturgia
Nenhum comentário:
Postar um comentário