22º Domingo do Tempo Comum

Jeremias, na 1ª leitura, testemunha a confiança inabalável no Senhor: Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir! Ele é hostilizado e perseguido por causa da ação profética, contra a violência e a opressão!

Na 2ª leitura, Paulo exorta os cristãos a viver a vida nova em Cristo, oferecendo-se como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Esse culto espiritual manifesta-se no serviço do bem comum, na caridade.

O evangelho apresenta o primeiro anúncio da paixão de Jesus e seu ensinamento sobre o caminho do discipulado. Jesus, como nos outros dois anúncios, revela aos discípulos que sua missão culmina na morte e ressurreição gloriosa. As suas ações salvíficas em defesa dos excluídos suscitam a oposição dos poderosos. Anciãos, chefes dos sacerdotes e escribas formam os grupos de lideranças que compõe o sinédrio. Jerusalém é a cidade onde os profetas morrem por causa da justiça. A cruz, segundo o historiador Flávio Josefo, era o “suplício mais cruel e terrível”, usado pelos romanos para matar os escravos e os opositores do império. Pedro representa os discípulos que não compreendem o caminho de sofrimento e morte do Messias servidor, que entrega a vida por amor. Como nas tentações, Jesus rejeita toda forma de poder e dominação, que procura desviá-lo da fidelidade ao projeto de Deus. A condição para ser discípulo é a identificação com o caminho de Cristo: Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. A adesão a Jesus é testemunhada na confiança em Deus e no serviço ao seu Reino. O discípulo, ao assumir a missão até as últimas consequências, por causa de Jesus, encontra a vida plena.


Revista de Liturgia

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