21º Domingo do Tempo Comum

A 1ª leitura salienta que as chaves da casa de Davi, isto é, a administração da família real é confiada a Eliacim. Essa esperança messiânica cumpre-se de forma plena em Cristo, aquele que tem a chave de Davi.

Paulo, na 2ª leitura, contempla o mistério de Deus, seus insondáveis desígnios de salvação. O reconhecimento de sua misericórdia leva a glorificá-lo para sempre, pois tudo é dele, por ele e para ele.

O povo, que acompanhou a atividade de Jesus, considera-o um enviado de Deus, semelhante aos grandes profetas: Elias, Jeremias, João Batista. Em Cristo, o Filho do Homem, expressão que remete a Dn 7,13-14, realiza-se plenamente a esperança profética de salvação. Pedro, representante da comunidade dos discípulos, proclama a identidade de Jesus: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus é reconhecido como o Messias, o Ungido de Deus, mas também como o seu Filho amado. A adesão a Cristo no caminho do discipulado é proporcionada pela ação amorosa do Pai. Felizes os que acolhem a revelação de Deus e se colocam a serviço do seu Reino. Pedro é confirmado no ministério da comunidade, que está se formando ao redor da Palavra e da ação de Jesus Cristo. A profissão de fé no Mestre, que trilhou o caminho do amor até a entrega total, é firme como a rocha e não pode ser abalada pelas forças opostas ao projeto de Deus. A comunidade discípula, como administradora das chaves do Reino, é chamada a multiplicar os gestos solidários de Jesus. A proibição de divulgar que Jesus é o Cristo mostra que o caminho de fé dos discípulos será iluminado pelo mistério pascal. A experiência com o Ressuscitado os transformará em testemunhas do Messias servidor, que permaneceu fiel à vontade do Pai.


Revista de Liturgia

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