A 1ª leitura salienta
que as chaves da casa de Davi, isto é, a administração da família real é
confiada a Eliacim. Essa esperança messiânica cumpre-se de forma plena em
Cristo, aquele que tem a chave de Davi.
Paulo, na 2ª leitura,
contempla o mistério de Deus, seus insondáveis desígnios de salvação. O
reconhecimento de sua misericórdia leva a glorificá-lo para sempre, pois tudo é
dele, por ele e para ele.
O povo, que acompanhou
a atividade de Jesus, considera-o um enviado de Deus, semelhante aos grandes
profetas: Elias, Jeremias, João Batista. Em Cristo, o Filho do Homem, expressão
que remete a Dn 7,13-14, realiza-se plenamente a esperança profética de salvação.
Pedro, representante da comunidade dos discípulos, proclama a identidade de
Jesus: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus é reconhecido como o
Messias, o Ungido de Deus, mas também como o seu Filho amado. A adesão a Cristo
no caminho do discipulado é proporcionada pela ação amorosa do Pai. Felizes os
que acolhem a revelação de Deus e se colocam a serviço do seu Reino. Pedro é
confirmado no ministério da comunidade, que está se formando ao redor da
Palavra e da ação de Jesus Cristo. A profissão de fé no Mestre, que trilhou o
caminho do amor até a entrega total, é firme como a rocha e não pode ser
abalada pelas forças opostas ao projeto de Deus. A comunidade discípula, como
administradora das chaves do Reino, é chamada a multiplicar os gestos solidários
de Jesus. A proibição de divulgar que Jesus é o Cristo mostra que o caminho de
fé dos discípulos será iluminado pelo mistério pascal. A experiência com o
Ressuscitado os transformará em testemunhas do Messias servidor, que permaneceu
fiel à vontade do Pai.
Revista de Liturgia
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