Jesus, após a multiplicação
dos pães, convida os discípulos a entrar no barco, para anunciar a Boa Nova na
outra margem. Enquanto fazem a travessia, ele permanece em comunhão com o Pai.
Como no Getsêmani, a oração precede as provações dos discípulos. As comunidades
eram ameaçadas pelo vento contrário e pela pouca fé que levava a afundar nas
águas. Jesus se aproxima dos discípulos caminhando sobre o mar, na quarta
vigília da noite, entre as três e seis horas da madrugada, no amanhecer que
evoca a ressurreição de Cristo. A presença de Jesus transmite a confiança no
Pai, que liberta do medo: Coragem! Sou eu. Não tenhais medo! A expressão “Sou
eu” remete à revelação do Deus da libertação, cuja ação plenifica-se em Jesus,
o Deus conosco. Pedro caminha sobre as águas, representando a entrega confiante
dos discípulos em meio à fragilidade da fé. A falta de confiança plena no
Senhor e na sua palavra leva a afundar em meio às adversidades. Mas o Senhor
salva e estende a mão; fortalece a fé dos seus seguidores para que realizem a
missão com eficácia. O caminho do discipulado conduz ao reconhecimento da
presença viva do Senhor e a professar a fé com firmeza: Verdadeiramente, tu és
o Filho de Deus! Elias, em meio às dificuldades, volta ao deserto e ao monte
Horeb, onde o povo fez a experiência do Deus que ouve o clamor do oprimido (1ª
leitura). Assim, ele encontra o Deus que se manifesta bem próximo, na brisa
suave.
Na 2ª leitura o plano
de salvação destina-se a todos os povos. Os cristãos são chamados a testemunhar
a fé em Cristo, Deus bendito para sempre!
Revista de Liturgia
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