O
profeta, na 1ª leitura, alimenta a esperança dos exilados na Babilônia, o sonho
de vida nova com o retorno a Jerusalém. O povo sofrido, com sede e fome de
justiça, é chamado a retornar para o Senhor a fim de participar da aliança da
vida.
A
2ª leitura celebra a realização plena do projeto do amor de Deus manifestado em
Cristo. Assim, nenhuma adversidade pode separar os que continuam a missão a
serviço do Reino.
No
Evangelho, a multiplicação dos pães é narrada também pelos outros evangelistas.
Jesus foi de barco para um lugar deserto, afastado, mas as multidões o seguem.
O deserto recorda Deus alimentando o povo de forma maravilhosa, após a libertação
da escravidão no Egito. Jesus é o Messias enviado para oferecer a salvação, a
vida plena: Ao sair do barco, viu uma grande multidão, encheu-se de compaixão e
curou os doentes. Ele compromete os discípulos com o seu projeto a serviço da
vida: Dai-lhes vós mesmos de comer! Ensina que o pouco compartilhado pode
saciar a fome de todos. Cinco pães e dois peixes têm sentido simbólico, pois
5+2=7, número da perfeição, da totalidade. Jesus tomou os cinco pães e os dois
peixes, olhou para o céu, deu graças, partiu os pães e os deu aos discípulos e
eles os distribuíram à multidão. Todos comeram e ficaram saciados e ainda
recolheram doze cestos cheios com as sobras. Na última ceia, ele repetiu esse
gesto como sinal de sua vida entregue por amor. Elizeu, quando levou o servo a
partilhar os vinte pães com cem pessoas, profetizou: Comerão e ainda sobrará. O
número doze recorda as doze tribos de Israel, os doze apóstolos, ou seja, todo
o povo alimentado por Jesus, que oferece a vida em abundância.
Revista
de Liturgia
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