15º Domingo do Tempo Comum

O profeta, na 1ª leitura, convida o povo exilado na Babilônia a manter acesa a expectativa de libertação. A palavra, comparada à chuva na terra que assegura a colheita, sublinha a fidelidade do Senhor.

A 2ª leitura mostra que a vida nova de filhos de Deus contribui para a realização do mundo novo, que toda a criação geme e espera.

No Evangelho, Jesus sentado, na posição de Mestre, faz conhecer os mistérios do Reino dos Céus através da parábola do semeador. Tirada da realidade dos lavradores da Galileia, reflete sobre a missão dos discípulos e as diversas formas de acolhimento da palavra de Jesus. Como as sementes eram lançadas antes de arar a terra, algumas caíram à beira do caminho e foram comidas pelos pássaros. O terreno pedregoso, onde o solo era superficial, impedia as sementes de lançar raízes profundas. Os espinhos sufocavam os brotos das novas sementes que desabrochavam. Mas as sementes que caíram em terra boa produziram frutos abundantes: Cem, sessenta, trinta, conforme a qualidade do solo. Esse rendimento, acima do normal, aponta para a força grandiosa do Reino de Deus. É a Boa Nova anunciada por Jesus e acolhida por quem tem os ouvidos bem atentos. O êxito final da missão fortalece os discípulos a continuar seu projeto, semeando gestos de bondade e misericórdia, em meio às adversidades. Quem acolhe a mensagem de Jesus e a faz frutificar recebe em abundância. As palavras duras do profeta Isaías, lembradas por Cristo, tornam-se apelo à conversão e ao compromisso com seu reinado de justiça. Felizes são os que têm a possibilidade de ver, ouvir e testemunhar as maravilhas da salvação, reveladas no Messias que os profetas e os justos aguardavam com esperança.


Revista de Liturgia

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