O profeta, na 1ª
leitura, convida o povo exilado na Babilônia a manter acesa a expectativa de
libertação. A palavra, comparada à chuva na terra que assegura a colheita,
sublinha a fidelidade do Senhor.
A 2ª leitura mostra que
a vida nova de filhos de Deus contribui para a realização do mundo novo, que
toda a criação geme e espera.
No Evangelho, Jesus
sentado, na posição de Mestre, faz conhecer os mistérios do Reino dos Céus
através da parábola do semeador. Tirada da realidade dos lavradores da
Galileia, reflete sobre a missão dos discípulos e as diversas formas de
acolhimento da palavra de Jesus. Como as sementes eram lançadas antes de arar a
terra, algumas caíram à beira do caminho e foram comidas pelos pássaros. O
terreno pedregoso, onde o solo era superficial, impedia as sementes de lançar
raízes profundas. Os espinhos sufocavam os brotos das novas sementes que
desabrochavam. Mas as sementes que caíram em terra boa produziram frutos
abundantes: Cem, sessenta, trinta, conforme a qualidade do solo. Esse
rendimento, acima do normal, aponta para a força grandiosa do Reino de Deus. É
a Boa Nova anunciada por Jesus e acolhida por quem tem os ouvidos bem atentos.
O êxito final da missão fortalece os discípulos a continuar seu projeto,
semeando gestos de bondade e misericórdia, em meio às adversidades. Quem acolhe
a mensagem de Jesus e a faz frutificar recebe em abundância. As palavras duras
do profeta Isaías, lembradas por Cristo, tornam-se apelo à conversão e ao
compromisso com seu reinado de justiça. Felizes são os que têm a possibilidade
de ver, ouvir e testemunhar as maravilhas da salvação, reveladas no Messias que
os profetas e os justos aguardavam com esperança.
Revista de Liturgia
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