A Igreja ensina que os
primeiros catequistas são os pais. É no colo deles que toda criança deve
aprender a conhecer a Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé;
conhecer os Mandamentos e os Sacramentos.
Os pais são educadores
naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil
levar alguém para Deus se isso não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É
com o pai e a mãe que a criança tem de ouvir em primeiro lugar o nome de Jesus
Cristo, Sua vida, Seus milagres, Seu amor por nós, Sua divindade, Sua doutrina…
Eles são os responsáveis a dar-lhes o batismo, a primeira comunhão, a crisma e
a catequese.Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo
recomenda: “Pais, não exaspereis os vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na
educação e na doutrina do Senhor” (Ef 6, 4). Aqui está uma orientação muito
segura para os pais. Sem a “doutrina do Senhor”, não será possível educar. Dom
Bosco, grande “pai e mestre da juventude”, ensinava que não é possível educar
sem a religião. Seu método seguro de educar estava na trilogia: amor – estudo –
religião.
Nunca esqueci o terço
que aprendi a rezar aos cinco anos de idade, no colo de minha mãe. Pobre filho
que não tiver uma mãe que o ensine a rezar! Passei a vida toda estudando,
cheguei ao doutorado e pós-doutorado em Física e nunca consegui esquecer a fé
que herdei de meus pais; é a melhor herança que deles recebi. Não é verdade que
a ciência e a fé são antagônicas; essa luta só existe no coração do cientista
que não foi educado na fé, desde o berço.
Os pais não devem
apenas mandar os seus filhos à igreja, mas, devem levá-los. É vendo o pai e a
mãe se ajoelharem que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos
sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo. Se os pais
rezam, os filhos aprender a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, os
filhos também vão viver assim, e isso se desdobra em outros exemplos. Os genitores
precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico,
com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso
vai educando os filhos na fé. Alguém disse, um dia, que “quando Deus tem seu
altar no coração da mãe, a casa toda se transforma em um templo.”
Um aspecto importante
da educação religiosa de nossos filhos está ligado à escola. Infelizmente,
hoje, se ensina muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os
pais precisam saber e fiscalizar o que os filhos aprendem ali. Infelizmente,
hoje, o Governo está colocando até máquinas para distribuir “camisinhas” nesses
locais. Os filhos precisam em casa receber uma orientação muito séria sobre a
péssima “educação sexual” que hoje é dada em muitas escolas, a fim de que não
aprendam uma moral anticristã.
Outro cuidado que os
pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os
filhos podem ver, sem violência, sem sexo, sem massificação de consumo, entre
outros. Hoje temos boas emissoras religiosas. A televisão tem o seu lado bom e
o seu lado mau. Cabe a nós saber usá-la. Uma criança pode ficar até cerca de
700 horas por ano na frente de um televisor ligado. Mais uma vez aqui, é a
família que será a única guardiã da liberdade e da boa formação dessa criança.
Os pais precisam saber criar programas alternativos para tirá-las da frente do
televisor, oferecendo-lhes brinquedos, jogos, contando-lhes histórias, etc.. Da
mesma forma, ocorre com a internet: os pais não podem descuidar dela.
Mas, para levar os
filhos para Deus é preciso também saber conquistá-los. O que quer dizer isso?
Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca, o tênis caro?
Não! Você os conquista com aquilo que você é para o seu filho, não com aquilo que
você dá a ele. Você o conquista dando-se a ele; dando o seu tempo, o seu
carinho, a sua atenção, ajudando-o sempre que ele precisa de você.
Saint-Exupéry disse no livro “O Pequeno Príncipe”: “Foi o tempo que você gastou
com sua rosa que a fez ser tão importante para você”.
Diante de um mundo tão
adverso, que quer arrancar os filhos de nossas mãos, temos de conquistá-los por
aquilo que “somos” para eles. É preciso que o filho tenha orgulho dos pais.
Assim será fácil você levá-lo para Deus. Muitos filhos não seguem os pais até a
igreja porque não foram conquistados por estes.
Conquistar o filho é
respeitá-lo; é não o ofender com palavras pesadas e humilhantes quando você o
corrige; é ser amigo dos seus amigos; é saber acolhê-los em sua casa; é fazer
programas com ele, é ser amigo dele. Enfim, antes de dizer a seu filho “Jesus
te ama”, diga-lhe: “eu te amo”.
Prof. Felipe Aquino
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