Na 1ª leitura, a profecia de Amós, no século VIII a.C., exorta à
conversão, a não buscar apenas o próprio bem-estar, tornando-se indiferente ao
sofrimento dos pobres. A desigualdade social favoreceu a conquista da Samaria
pelos assírios e o cativeiro.
A 2ª leitura convida a testemunhar a vida em Deus através das virtudes
da justiça, piedade, fé, caridade, perseverança, mansidão. Convida a ser
vigilante no caminho da fé e amor aos irmãos até a manifestação gloriosa do
Senhor.
O evangelho apresenta uma história exemplar, onde o pobre chama-se
Lázaro, nome que significa Deus socorreu ou ajudou (em hebraico). Lázaro,
faminto e doente, sentado no chão, não tem acesso nem às sobras da mesa do
rico. À margem da vida, proclamada pela Boa Nova de Cristo, necessita ser
ajudado com as obras da justiça, da partilha dos bens. O rico é insensível ao
sofrimento do pobre. O fechamento o impede de escutar a palavra de Deus que,
desde Moisés e os Profetas, ensina a amar e a socorrer os necessitados. O rico
e os cinco irmãos, número que simboliza o Pentateuco, têm o ensinamento da Torá
e dos Profetas para a mudança de vida. A parábola interpela os discípulos de
Cristo a entregar a vida por amor. Por meio da ressurreição do Filho, o Pai
exalta os humildes que confiam em sua misericórdia.
Revista de Liturgia
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